Criada em 23/06/2020 às 17h19 | Mercado

Com assistência técnica e investimentos, piscicultor pretende passar a produzir 96 toneladas de tilápia e tambaqui por ano

Morador do município de Wanderlândia, na região norte do Estado do Tocantins, Virney Costa, da Fazenda Maranata, aproveita água da piscicultura para utilizar no sistema de irrigação de maracujá. Ele pretende também abastecer mercado de polpa da fruta em Araguaína e região.

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Vantagens da produção de peixes junto com o cultivo agrícola vão além do reaproveitamento da água, incentiva a diversificação produtiva e, ainda, por meio da fertirrigação, reduz gastos com adubação (foto: Ruraltins/Divulgação)

Edvânia Peregrini 
DE PALMAS (TO)

A cadeia produtiva da piscicultura está presente em praticamente todos os municípios do Tocantins. Conforme aponta o Censo da Piscicultura, realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) em parceria com o Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDE) do Tocantins, são 117 municípios realizando a atividade, e o empenho do Governo do Tocantins é fortalecer cada vez mais esta cadeia produtiva, por meio da assistência técnica e extensão rural, bem como de incentivos fiscais.

Em Wanderlândia, o proprietário da Fazenda Maranata, Virney Costa, recebe a assistência técnica do Ruraltins de Araguaína, por meio do Convênio de Assistência Técnica para o Médio Produtor (Ater/Médio), e investe na produção de tilápia e tambaqui em tanque elevado. Com a água dos tanques, a família de Virney aproveita para realizar a fertirrigação na cultura de maracujá, desenvolvendo assim, o sistema de integração piscicultura e fruticultura.

Acompanhado há cerca de um ano pelo extensionista e engenheiro de pesca, Renan de Sousa e Silva, Virney já produziu e comercializou, no ano passado, 2,5 mil kg dessas espécies, em seis meses de cultivo.

Segundo o produtor, a expectativa, a partir de agora, é produzir 3,5 mil kg de tilápia e para o segundo semestre chegar a 48 toneladas por ciclo. “Estou fazendo investimentos em bombas e em novos Sistemas de Oxigenação para chegar a 6 mil Kg de peixes. A partir do segundo semestre, iremos dobrar a construção dos tanques para otimizar a produção para 48 toneladas por ciclo, ou seja, 96 toneladas anual”, relata.

No momento, são cinco tanques suspensos de lona geomembrana com capacidade de 110 mil litros de água em cada. “Inicialmente trabalhamos com capacidade de 2, 5 mil Kg de peixes em cada tanque por ciclo que se encerra a cada seis meses. Colocamos alevinos com cinco gramas e em seis meses tiramos as tilápias com peso acima de 800 gramas, que é o peso ideal pra essa espécie de peixe. Com um custo de produção estimado em R$ 4,20, esse pescado é comercializado em Araguaína, nos supermercados e na feira do município”, explica o produtor, acrescentando que a expectativa de lucro em torno de 35% em cada ciclo.

Já na área de plantio, são 600 pés de maracujá melhorados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). No chão há quatro meses, as plantas são irrigadas por aspersão com a reutilização das águas provenientes da produção dos peixes, que é bombeada para uma caixa de mil litros, onde é feita irrigação.

Para o engenheiro de Pesca, Renan de Sousa e Silva, as vantagens da produção de peixes junto com o cultivo agrícola vão além do reaproveitamento da água, incentiva a diversificação produtiva e, ainda, por meio da fertirrigação, reduz gastos com adubação, substituindo a adubação química pela adubação natural formada pela ração e das fezes do peixe.

Ainda na primeira safra, a expectativa do produtor é colher 6 kg da fruta em cada pé para atender o mercado de polpas de frutas de Araguaína e região. “Nas próximas safras, acreditamos que essa carga de maracujá possa chegar entre 30 e 40 kg por pé, entre a segunda e a quarta safra”, afirma Virney, acrescentando que os custos estimados nessa primeira safra sejam em torno de R$ 10 por pé, fora a mão-de-obra de funcionário.

Ainda na propriedade, de 100 hectares, a família trabalha com gado de leite na produção de queijos, aproximadamente 200 kg, por mês, também comercializado em Araguaína. Essa diversificação produtiva é que garante renda e alternativa de investimento ao produtor.
Incentivos

Para o fortalecimento da cadeia da piscicultura e o crescimento econômico-social do Tocantins, o Governo do Estado vem promovendo uma série de ações, dentre elas a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercado e Serviços (ICMS) do pescado de cultivo, até 31 de dezembro deste ano; a elaboração do Censo da Piscicultura no Tocantins, como informações que vão nortear as ações para o desenvolvimento do setor; a resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) que dispõe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura no Estado com a inclusão do cultivo da tilápia em tanques-rede em reservatórios; inserção do Tocantins na Rota do Peixe e Sistematização da Câmara Setorial da Piscicultura do Estado, formada por representantes de instituições de governos, pesquisa, educação e iniciativa privada, bem como o primeiro evento que debateu a produção de tilápias no Tocantins – o Tilapiatins.

ATER PARA MÉDIO

Desenvolvido pelo Governo do Tocantins, por meio do Ruraltins, e em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Ater para Médio foi firmado em 2017 com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento econômico e social dos médios produtores rurais do Tocantins.

Com recursos na ordem de R$ 861.639,32, o convênio foi aditivado e segue até 30 de dezembro de 2020, contemplando três categorias, sendo pecuarista de corte e misto, de culturas anuais e de fruticultura. Para o início dos trabalhos no Estado, foram capacitados 84 extensionistas na plataforma digital Mais Ater, visando atender os 44 municípios contemplados pelo projeto. (Do Ruraltins)

 

 

 


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