Dólar elevado favorece competitividade do milho no mercado externo; demanda por óleo de soja volta a crescer no Brasil
Compradores de milho, por sua vez, adquirem volumes apenas para repor estoques, sem interesse em grandes lotes, à espera de preços menores. Sobre o óleo de soja, indústrias processadores, no entanto, tem estoque reduzido de óleo, devido a dificuldades na aquisição da soja em grão.
O elevado patamar do dólar tem favorecido a competitividade do milho no mercado externo, cenário que tem elevado os valores do cereal nas regiões dos portos. Diante disso, desde o dia 19, a cotação do milho disponível na região do porto de Paranaguá está acima da observada no mercado disponível da praça de Campinas (SP), o que não era observado desde meados de agosto de 2019. Esse contexto tem feito com que vendedores priorizem ofertas para exportação.
Assim, mesmo com a colheita da segunda safra avançando, os preços do milho seguem em alta na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Compradores, por sua vez, adquirem volumes apenas para repor estoques, sem interesse em grandes lotes, à espera de preços menores, fundamentados na intensificação das atividades de campo e no consequente aumento da oferta. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa voltou a avançar – 2,1% em sete dias –, fechando a R$ 48,15/sc no dia 26.
ÓLEO DE SOJA
A demanda por óleo de soja voltou a crescer, especialmente para a produção de biodiesel, de acordo com pesquisas do Cepea. Vale lembrar que, nos últimos meses, indústrias de biodiesel vinham enfrentando dificuldades nas vendas, cenário que limitou o consumo de óleo de soja. Agora, muitas unidades estão com estoques baixos e, portanto, ativas nas compras do derivado.
Indústrias processadores, no entanto, tem estoque reduzido de óleo, devido a dificuldades na aquisição da soja em grão. Esse cenário impulsionou os preços internos e o prêmio de exportação do derivado, que estão em patamares recorde. Quanto ao farelo de soja, uma parcela de compradores consultados pelo Cepea está abastecida para o consumo de 15 dias, aproximadamente, sem necessidade, portanto, de aquisição no curto prazo.
Ainda assim, os preços reagiram em algumas regiões, diante da retração das indústrias em comercializar grandes volumes. (Do Cepea)
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