Criada em 15/07/2020 às 10h44 | Meio Ambiente

Ministério Público vai à Justiça contra 12 multinacionais, tradings e empresas de 4 Estados por danos ambientais no Tocantins

Conforme a petição, “as ações oportunizam às empresas conhecer eventual origem ilícita de produtos de áreas desmatadas, irrigadas ou plantadas sem licença ambiental e se afastar da responsabilização nos casos de danos ambientais, antes de atuação judicial mais severa”.

Imagem
MPTO aciona multinacionais e empresas que podem ser responsabilizadas por danos ambientais na Bacia do Rio Araguaia (foto: Divulgação/MPE)

O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da Promotoria de Justiça Regional Ambiental da Bacia do Alto e Médio Araguaia, ingressou, na última semana, com Ações em desfavor de doze multinacionais e empresas que possam manter relações de mercado com atividades produtivas potencialmente poluidoras na Bacia do Rio Araguaia.

O Norte Agropecuário apurou a lista dos alvos da ação. Confira no final da página.

As Ações de Notificação Judicial têm caráter preventivo e permitem dar ciência e conscientizar as empresas de que podem estar mantendo relação comercial com empreendimentos que desenvolvem atividades econômicas irregulares, principalmente comercializando e lucrando através de produtos extraídos de áreas desmatadas ilicitamente na Bacia.

De acordo com a Política Nacional do Meio Ambiente, as empresas que se beneficiam, mesmo que indiretamente, de atividades que promovam a degradação do meio ambiente também podem ser responsabilizadas por danos ambientais. Nesse sentido, o promotor de Justiça Francisco Brandes Júnior esclarece que “as ações oportunizam às empresas conhecer eventual origem ilícita de produtos de áreas desmatadas, irrigadas ou plantadas sem licença ambiental e se afastar da responsabilização nos casos de danos ambientais, antes de atuação judicial mais severa”.

Na investigação em trâmite na Promotoria Regional Ambiental do Alto e Médio Araguaia também foi determinada a instauração de procedimento para notificar, judicialmente, as instituições financeiras e demais agentes de mercado sobre o possível relacionamento comercial desses entes privados com atividades ambientalmente ilícitas.

O promotor de Justiça Juan Rodrigo Carneiro Aguirre, que atua em conjunto nas investigações, informa que novas ações serão propostas, desta vez contra os possíveis financiadores (bancos) dessa produção. Ele ressalta que as ações fazem parte da estratégia de atuação nacional do Ministério Público na proteção do meio ambiente.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, procurador de Justiça José Maria da Silva Júnior, destaca que esses grupos empresariais multinacionais já adotam uma política que exige a observância de padrões internacionais de sustentabilidade ambiental em  sua cadeia de negócios,  e essa atuação tem como objetivo não só assegurar um meio ambiente equilibrado, mas dar ciência dessas atividades potencialmente poluidoras e zelar pela igualdade concorrencial dos produtores e empresas do Estado que produzem de forma sustentável e conquistaram, ao longo dos anos, respeitabilidade ambiental.

As ações estão acompanhadas de informações sobre os processos judiciais em curso, indicando as possíveis áreas desmatadas, Área de Reserva Legal e Área de Preservação Permanente, bem como os respectivos supostos responsáveis pelos desmatamentos e irregularidades ambientais, permitindo ao mercado a ciência da situação ambiental e jurídica dos produtos oriundos dessas áreas, para fins de afastamento da corresponsabilidade civil por danos dessa natureza.

OS ALVOS DESTA AÇÃO SÃO:

Bom Gosto (cereais) - Gurupi

ADM do Brasil LTDA - São Paulo

Uniggel - Palmas (TO)

SLC Alimentos - Paraíso do Tocantins

JJ Samara Agronegócio - Pastos Bons (MA)

Multigrain S/A - Porto Nacional (TO)

CDA Lagoa da Confusão -

Louis Dreyfus Company Brasil S/A - Bebedouro (SP)

CGG Trading S/A - Porto Nacional (TO)

Diamante Agrícola S/A - Goiânia (GO)

Bunge Alimentos S/A - São Paulo (SP)

Cargill Agrícola S/A -Porto Nacional (TO)

OUTRA DECISÃO

Atendendo ao pedido do Ministério Público do Tocantins (MPTO), a Justiça Estadual determinou a suspensão das outorgas de captação de recursos hídricos de grandes empreendimentos agroindustriais localizados na Bacia Hidrográfica do Rio Formoso. A decisão foi publicada no último domingo, 12, e atinge, pelo menos, 18 propriedades rurais.

Na mesma decisão, o Poder Judiciário determinou que o Governo do Estado do Tocantins e o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) providenciem as informações, documentos e pagamentos necessários para repactuação do Projeto de Gestão de Alto Nível dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Formoso, criado para realizar a revisão das outorgas e das regras de operação dos empreendimentos agroindustriais nesta Bacia. Segundo consta no processo, o Naturatins atrasou, em oito meses, o fornecimento de informações e o pagamento previsto ao Instituto de Atenção às Cidades da UFT para realização do Projeto.

O Naturatins também deve comprovar, em 10 dias, que exerceu seu poder de polícia ambiental, de autuação e aplicação de multas perante os empreendimentos agroindustriais que estariam promovendo danos ao meio ambiente por meio de captação irregular de recursos hídricos e supressão de vegetação nativa. Além disso, o órgão ambiental deverá providenciar fiscalizações para coibir a captação irregular de recursos hídricos fora do prazo previsto, ou seja, no período compreendido entre os meses de julho, agosto, setembro e outubro.

ATUAÇÃO DO MPTO

A decisão da Justiça Estadual atende em parte a uma Ação Cautelar Ambiental proposta pelo promotor de Justiça Francisco Brandes Júnior, que na época, em 2016, respondia pela Promotoria de Justiça de Cristalândia. O MPTO tem empreendido diversas ações e procedimentos que visam combater a captação irregular de recursos hídricos e a supressão da vegetação nativa de propriedades agroindustriais instaladas na Bacia do Rio Formoso.

Relatórios técnicos do Centro de Apoio Operacional de Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente (Caoma) indicam que, juntos, os empreendimentos agroindustriais produziram danos ambientais em aproximadamente 9.040 hectares, área equivalente a cerca de 12.660 campos de futebol.

Outros procedimentos do MPTO em defesa da preservação ambiental da Bacia do Rio Formoso estão sendo amparados pelos relatórios técnicos produzidos pelo procurador de Justiça e coordenador do Caoma, José Maria da Silva Júnior, e propostos pelo promotor de Justiça Regional Ambiental do Alto e Médio Araguaia, Francisco Brandes Júnior, bem como pelo promotor de Justiça de Cristalândia, Juan Rodrigo Carneiro Aguirre. (Do MPE)

 

 


Clique no ícone acima e assista ao programa

VEJA TAMBÉM 

Praga de gafanhotos se dispersou naturalmente no Tocantins, informa Adapec, que orienta produtor a procurar agrônomos particulares

Prejuízos causados por gafanhotos afetam outros produtores rurais de Ananás; agricultor filmou destruição de lavouras

Em vídeo, produtor rural de Ananás, município do norte do Tocantins, mostra prejuízos causados por gafanhotos

Clique aqui e veja outras notícias relacionadas a gafanhotos 

 

 

 
 

 

 


Clique no ícone acima e ouça a entrevista

 


 

 

  

 

Somadas, riquezas produzidas pelo campo tocantinense devem alcançar montante de R$ 9,8 bilhões neste ano de 2020

CLIQUE AQUI E VEJA OS NÚMEROS DETALHADOS DO VBP DO TOCANTINS 

Diferente da tendência nacional, que prevê queda, estimativa da safra de grãos do Tocantins é ainda maior, aponta Conab

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

Clique aqui e veja o que foi publicado sobre números do VBP do Tocantins e do Brasil

Ação solidária e balanço de exportação de carne são destaques do Norte Agropecuário no Rádio

União de produtores, segmentos da sociedade e iniciativa de empresa do agro abre leitos hospitalares no Tocantins

CLIQUE AQUI E OUÇA TODAS AS EDIÇÕES DO NORTE AGROPECUÁRIO NO RÁDIO

VEJA TAMBÉM 

Plataforma digital com dados espaciais da região do Matopiba será útil nas ações de extensão rural e assistência técnica

LEIA MAIS NOTÍCIAS SOBRE A FRONTEIRA AGRÍCOLA DO MATOPIBA

CLIQUE AQUI E CONFIRA TODAS AS EDIÇÕES DO NORTE AGROPECUÁRIO NO RÁDIO  

 

 

CLIQUE AQUI E LEIA O QUE FOI PUBLICADO SOBRE O CORONAVÍRUS 



 

 

“Apesar dos esforços, comunicação do agro não conseguiu chegar na população e mostrar a importância do segmento”, diz ministra

Agro deve tratar comunicação como 'insumo' e mostrar à sociedade sua importância, dizem produtor e profissionais

Agricultor brasileiro é um dos que menos desmata no mundo

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

Valor bruto da produção agropecuária do Estado do Tocantins neste ano deve ser de mais de R$ 9,7 bilhões

 

 

Norte Agropecuário no Rádio aborda queda no abate de gado e balanços econômicos de culturas agrícolas

“Não há políticas públicas de retenção dos bovinos; frigoríficos poderiam estar trabalhando na plenitude da capacidade”, diz Sindicarnes-TO

César Halum dá detalhes sobre realização da Agrotins 2020 de forma virtual 

CLIQUE AQUI E CONFIRA TODAS AS EDIÇÕES DO NORTE AGROPECUÁRIO NO RÁDIO  

Após retração de 3,2% em 2019, Tocantins registra queda de 15% no abate de bovinos no primeiro trimestre deste ano de 2020

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

IBGE aponta queda de 3,2% no abate de bovinos no Estado do Tocantins no ano passado

Em três anos, mais de 2 milhões de cabeças de gado “somem” do Tocantins; Estado deixa de arrecadar meio bilhão de reais

Frigoríficos brasileiros abateram 1,019 milhão de bovinos em março; queda é de 47%, aponta Mapa

Recorde de exportações e análise do mercado do boi no Tocantins são destaques do Norte Agropecuário no Rádio na Jovem FM

“Sumiço” de 2 milhões de bovinos, produtividade do milho e técnica para plantio de mandioca são destaques no rádio

Técnica desenvolvida para piscicultura e reabertura do comércio da carne para EUA são destaques do Norte Agropecuário no Rádio

 

 




Reajuste do ICMS dos frigoríficos vai estourar no produtor e no consumidor, diz presidente do Sindicato Rural de Araguaína

AGROVERDADES: CLIQUE AQUI E ASSISTA O FÓRUM DO AGRONEGÓCIO DO TOCANTINS, EM ARAGUAÍNA

Aumento da alíquota do ICMS para frigoríficos transformará carne do Tocantins na mais cara do Brasil, aponta especialista

Cadeia produtiva da carne gera mais de 315 mil empregos e faz circular R$ 7 bilhões por ano em todos segmentos do comércio

Pecuaristas pedem adiamento por 150 dias do início da vigência do reajuste de alíquota do ICMS dos frigoríficos do Tocantins

Reajuste do ICMS para frigoríficos do Estado do Tocantins vai impactar o produtor, afirma pecuarista da região de Araguaína

“Cadeia da carne não se nega a pagar imposto, mas governo não pode virar monstro devorador de indústria”, afirma diretor do SRA

Revogação de benefícios a frigoríficos gera “alto custo” ao setor, impacta no abastecimento e formação de preço, diz juiz

Sem acordo: Governo propõe alíquota de 4,5%, mas frigoríficos querem 1,8%; comissão será criada para estudar o tema 

 








 CLIQUE NOS LINKS ABAIXO E SAIBA MAIS SOBRE O TEMA 

Fator coronavírus: SRA reforça pedido de diálogo com governo e defende redução de impostos para baratear preço da carne

Fieto pede ao governo do Estado suspensão de aumento de ICMS para frigoríficos do Tocantins

Reajuste do ICMS dos frigoríficos pode gerar “fantasma do desemprego”, alta do preço da carne e desabastecimento, diz SRA

CLIQUE AQUI E VEJA A CÓPIA DO COMUNICADO ENVIADO PELO SRA À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

VEJA NESTE LINK A CÓPIA DA SOLICITAÇÃO DA FAET AO GOVERNO DO TOCANTINS

Produtor pagará a conta, afirma vice-presidente do Sindicato Rural de Araguaína sobre aumento do ICMS para frigoríficos

Pecuaristas pedem adiamento por 120 dias do início da vigência do reajuste de alíquota do ICMS dos frigoríficos do Tocantins

Tags:

Comentários


Deixe um comentário

Redes Sociais
2024 Norte Agropecuário