Criada em 15/04/2022 às 08h35 | Negócios

Após 3 anos de impasse com gestão Carlesse, frigoríficos do Tocantins conseguem, com Wanderlei, recuperar pacto de incentivos fiscais

Governo do Tocantins sanciona lei que restabelece incentivo fiscal para indústrias do setor frigorífico. Medida foi publicada no Diário Oficial do Estado nº 6069. Até o momento, o benefício era assegurado através da medida provisória publicada em dezembro de 2021

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Depois de três anos de impasses e disputas judiciais na gestão do ex-governador Mauro Carlesse, que renunciou recentemente ao cargo após pressão por impeachment, o setor da indústria de carnes do Estado do Tocantins conseguiu retomar os incentivos fiscais firmados anteriormente. A garantia da manutenção do acordo firmado com os frigoríficos está na lei nº 3.922, de 13 de abril de 2022, sancionada pelo governador Wanderlei Barbosa, que regulamenta a concessão de benefícios fiscais do Programa de Industrialização Direcionada, Proindústria, para o setor frigorífico e de produção de carne bovina. A medida foi publicada no diário oficial número 6069.

Os frigoríficos possuíam pactos formalizados com o Executivo tocantinense os chamados TAREs (Termos de Acordos de Regime Especiais) que possibilitavam investimentos em troca de incentivos fiscais. Entretanto, Carlesse cancelou os acordos e propôs cobrança aos frigoríficos. O setor industrial questionou a ruptura de acordos e foi à Justiça. Sob liminares, algumas plantas frigoríficas conquistaram o direito de não serem afetados pelo aumento de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Houve aumento de 1% para até 4% do imposto para a indústria da carne. O Sindicarnes-TO criticou veementemente a suspensão de incentivos por parte governo. A entidade apontava que 40 mil empregos estavam em risco, já que, com a cobrança, sem condições, algumas unidades poderiam até fechar as portas.

Em recente evento com representantes do setor da agropecuária, Wanderlei Barbosa declarou: "Questão tributária vai ser repensada e feita para não 'matar' o empresário. O empresário tem que sobreviver e o governo precisa ser um parceiro".

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Proindústria

A nova regulamentação altera a Lei no 1.385, de 9 de julho de 2003, que institui o Programa de Industrialização Direcionada - Proindústria, e adota outras providências. Em seu artigo 4º, a nova lei estabelece: “É facultado ao estabelecimento industrial com Classificação Nacional de Atividade Econômicas - CNAE 1011-2/01, frigorífico - abate de bovinos, optar pelo crédito fiscal presumido, nas saídas de produtos industrializados, de forma que a carga tributária efetiva do ICMS resulte da aplicação dos percentuais de: I - 2% para os estabelecimentos que geram de 50 a 150 empregos; II - 1% para os estabelecimentos que geram acima de 150 empregos”.

Em outro trecho da publicação, é determinado que “o estabelecimento de que trata o art. 4º-A desta Lei, para fins de comprovação do total de empregados, deve encaminhar mensalmente à Secretaria da Fazenda o extrato da movimentação processada, conforme informações do Sistema de Escrituração Digital das Operações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial)”.

De 2004

O benefício fiscal concedido em 2014 por meio de Termo de Acordo de Regime Especial (TARE), que estabelecia o valor da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), para frigoríficos e produtores de carne no Tocantins, havia sido suspenso em 2019 em portaria publicada pela Secretaria da Fazenda. Em dezembro de 2021, o Governo do Tocantins publicou uma medida provisória que restituiu o benefício restabelecendo os percentuais de 2% de ICMS para os estabelecimentos que geram de 50 a 150 empregos e 1% para empreendimentos que geram acima de 150 empregos.

Após análise do texto pela casa de leis do Estado do Tocantins, Assembleia Legislativa, foi decretada a alteração da lei nº 1.385, de 9 de julho de 2003, que institui o programa Proindústria, passando a valer as novas determinações já previstas na medida provisória publicada em dezembro de 2021.

O secretário da Indústria, Comércio e Serviços e presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Tocantins (CDE-TO), Carlos Humberto Lima, comemora a atualização da lei que visa beneficiar o setor empresarial do Estado. “Além de proporcionar melhores condições de trabalho e negócios para o setor frigorífico do Tocantins, a segurança também permite que os empreendimentos atuem com maior competitividade e possam investir na sua expansão, contribuindo para o desenvolvimento econômico do Estado e criação de mais postos de trabalho para a população”, frisou o gestor. (Com informações da SecomTO)

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