Criada em 26/10/2022 às 08h39 | Gado

Governo do Tocantins têm apoio de entidades representativas para suspensão da vacinação antiaftosa em 2023

Equipe gestora da retirada da vacinação declara apoio formal à suspensão da vacinação para o ano que vem. A concordância das entidades foi unânime no apoio à suspensão da vacinação para evolução sanitária do Estado.

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Entidades declararam apoio à retirada da vacinação. (Foto: Keven Lopes / Governo do Tocantins)

Dinalva Martins
De Palmas (TO)

A última campanha de vacinação contra a febre aftosa será realizada em novembro de 2022. A partir de 2023, a vacinação será suspensa, conforme autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para ter o apoio oficializado das instituições que fazem parte da Equipe Gestora estadual do Plano estratégico 2017-2026 para a retirada da vacinação contra febre, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) promoveu uma reunião nessa segunda-feira, 24, para reforçar a medida.

A concordância das entidades foi unânime no apoio à suspensão da vacinação para evolução sanitária do Estado. “A Equipe, formada por instituições públicas e privadas, tem a responsabilidade de coordenar e gerir ações previstas no Plano Estratégico 2017-2026 da retirada da vacinação antiaftosa. Os membros têm o papel crucial de discutir e colaborar com a execução de medidas que resultam no avanço da condição sanitária e esse apoio reforça nossas atividades em prol de benefícios a toda a sociedade”, disse o diretor de defesa, inspeção e sanidade animal da Agência, Márcio Rezende.

O presidente-executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e derivados do Estado do Tocantins (Sindicarnes), Gilson Ney Bueno Cabral, afirmou que vem acompanhando há anos todo o processo e concorda com os avanços que a retirada da vacina vai propiciar aos empresários, além de confiar no trabalho executado pela Adapec. “Nossa classe concorda com a suspensão e daremos apoio para o reconhecimento de livre da doença sem vacinação”, ressaltou.

O presidente do Fundo Privado de Defesa Agropecuária (Fundeagro), Saddin Bucar, acrescentou que considera a medida um grande avanço para o Estado. “Os produtores rurais terão custos reduzidos com a retirada da vacina, o manejo de animais, bem como, terão menos perdas no frigorífico já que a vacina causa alguns abcessos”, relatou.

A secretária-geral do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV/TO), Joseanne Cademartori Lins disse que reconhece que foi um longo processo, de trabalho duro e investimentos, para chegar nesse ponto da evolução sanitária. “O produtor tem consciência da importância e não tem nada a temer. O Conselho acredita indiscutivelmente que é chegada a hora”, pontuou.

Participaram ainda da reunião os representantes da Superintendência Federal da Agricultura (SFA/TO) e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins). O Grupo é composto ainda pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro) e Federação da Agricultura e Pecuária (FAET). Ambas manifestaram apoio, por meio de ofício.

Campanha

A última etapa da campanha contra a enfermidade vai ocorrer entre os dias 1º e 30 de novembro, para todos os bovinos e bubalinos, independente da faixa etária, ou seja, de mamando a caducando. Mais de 10,5 milhões de animais pertencentes a 55,1 mil produtores rurais, estarão envolvidos. A declaração da vacinação é obrigatória e deverá ser realizada na Adapec.

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