Criada em 03/05/2017 às 12h11 | Política brasileira

Mais de 120 produtores rurais do Estado do Tocantins estão em Brasília mobilizados contra cobrança de dívida do Funrural

Aprosoja levou 60 produtores. Já sindicatos rurais liderados por Araguaína levaram aproximadamente mais 70 criadores de gado. Agricultores de todo o Brasil estão na Capital federal. Governo irá apresentar formalmente proposta durante reunião.

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Integrantes da Aprosoja se preparam para audiência pública sobre cobrança de dívida do Funrural (foto: Aprosoja/Divulgação)

Grupos que totalizam mais de 120 produtores rurais e criadores de gado do Tocantins estão mobilizados nesta quarta-feira, 3, em Brasília em protesto nacional contra a cobrança de dívida do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Eles participam de audiência pública no Congresso para discutir o tema.

São, aproximadamente, 60 agricultores membros da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins (Aprosoja-TO) e mais 70 pecuaristas e demais membros da cadeia produtiva do agronegócio liderados pelo Sindicato Rural de Araguaína (SRA).

A COBRANÇA

A polêmica começou quando o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou constitucional a cobrança do Funrural. Com isso, todos os produtores rurais e empresas do agronegócio independente de estarem baseados em decisões temporárias (ajuizadas ou não) terão de recolher o imposto de 2,3% sobre a receita (2,0 % seguridade social; 0,1 % acidentes do trabalho; 0,2% SENAR).

AUDIÊNCIA PÚBLICA

A audiência ocorre no auditório Petrônio Portela do Senado Federal e é promovida pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). Mais de mil produtores rurais saíram em caravana dos principais estados produtores com destino à capital federal e ocupam todo o auditório e os espaços em frente ao prédio. Há produtores acampados desde a noite desta terça (2) no local.

PROPOSTA DO GOVERNO

Durante a audiência, o governo apresentará uma proposta discutida com entidades nacionais do agronegócio. O governo propõe abate de 90% do valor para quem se dispuser a pagar o passivo à vista, ou de 80% para pagamentos diluídos em 10 anos.

Já a cobrança das contribuições que serão feitas a partir da publicação do acórdao do STF (prevista para acontecer dentro de 3 meses) dará a possibilidade de escolha por parte de produtores e empresas: pagar a contribuição pela folha de pagamento dos empregados (23%) ou pelo montante produzido (2,3%). Além disso, através de MP específica (Medida Provisória 766), o Governo pretende incluir a proposta dentro da Reforma da Previdência, que está sendo negociada com o Congresso.

Produtores rurais do Tocantins em Brasília: mobilização contra cobrança do Funrural

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