Criada em 07/07/2017 às 22h33 | Agricultura

Com investimento de R$ 1 milhão, cerca de 500 produtores rurais de Palmas receberão calcário para corrigir acidez do solo

O produtor selecionado deverá apresentar os documentos pessoais e da terra, Dape (Declaração de Aptidão do Produtor), CAR (Cadastros Ambiental Rural da Propriedade), além do Projeto Produtivo, que especifica qual a cultura será desenvolvida na propriedade.

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Programa é voltado para os produtores de baixa renda que recebem até dois salários mínimos e meio (foto: Embrapa)

Wédila Jácome
DE PALMAS

A Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) Sedes distribuirá calcário a cerca de 500 produtores rurais para corrigir acidez do solo. O anúncio foi feito pelo secretário Roberto Sahium durante reunião com os presidentes de Associações de Produtores Rurais de Palmas manhã desta quinta-feira, 06, na sede da secretaria. Eles puderam tirar as dúvidas de como receber o benefício e ajudaram a construir um cronograma de atendimento a comunidade rural.

Os técnicos da Seder irão a partir da próxima semana até as associações para fazer o pré-cadastro dos produtores ao Programa Chão Produtivo, tirar dúvidas e levar orientações sobre as medidas a serem adotadas em cada propriedade.
O produtor selecionado deverá apresentar os documentos pessoais e da terra, Dape (Declaração de Aptidão do Produtor), CAR (Cadastros Ambiental Rural da Propriedade), além do Projeto Produtivo, que especifica qual a cultura será desenvolvida na propriedade.

O secretário Sahium lembrou que o Projeto Produtivo deve ser feito por um órgão de assistência técnica de extensão rural oficial, como a Seder ou o Ruraltins. “Para a elaboração do projeto é feita a coleta do solo para análise e, com base no resultado, os técnicos fazem as recomendações de adubações e a quantidade necessária de calcário a ser utilizado na cultura pretendida pelo produtor”, explicou.

CHÃO PRODUTIVO

A correção do solo é uma ação do Programa Chão Produtivo, viabilizado por meio de um convênio com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que destinará mais de R$ 1 milhão para a aquisição e transporte do calcário até os agricultores familiares, sendo R$ 562 mil do MAPA e outros R$ 562 mil do próprio Município.

Segundo Roberto Sahium, o bioma do Cerrado tem a predominância de solos ácidos e para colocá-los em modo produtivo é preciso fazer a correção dessa acidez com a aplicação do calcário, que tem em sua formulação cálcio e magnésio. Esses componentes, além de ajudar nas necessidades químicas da planta, atuam como neutralizador do ferro e do alumínio excedente, elementos que, segundo o secretário, dão características ácidas ao solo.

“O Chão Produtivo não é um gasto, é um investimento para o solo. É cidadania para o produtor e contribui para abastecer a mesa do brasileiro, pois sem a devida correção do solo não conseguimos ter uma boa produtividade”, explicou Sahium, que é engenheiro agrônomo.

O agrônomo e diretor de assistência técnica da Sedes, Bonfim dos Reis, explicou que o programa é voltado para os produtores rurais de baixa renda, que recebem até dois salários mínimos e meio. “O interessado deve comprovar que faz parte da agricultura familiar, ou seja, deve morar na propriedade e produzir para sua subsistência e de sua familiar.”

Já a produtora Glória Cerqueira, presidente da Associação de Produtores do Projeto de Assentamento Rural Veredão, explica as dificuldades enfrentadas pela falta da devida correção do solo. “Tem área que a gente planta a mandioca e ela não presta, outra vez a gente planta milho e ele não cresce, outra vez plantamos arroz e fica bom de mais e em outro lugar não dá”, explica. Para ela, a análise do solo e o calcário vão ajudá-los, pois agora terão uma base sobre onde plantar, o que plantar e a quantidade a ser plantada. (Da Secom da Prefeitura de Palmas)

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