Criada em 11/10/2024 às 16h17 | Mercado

Primavera: Produtores de flores reforçam investimentos em tecnologia

Ultimamente, o Brasil tem exportado cada vez mais mudas e bulbos, enquanto o embarque de flores cortadas vem retraindo. Esse movimento deve-se ao aumento significativo nos custos de produção, incluindo insumos como substratos, defensivos, fertilizantes.

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Produtores de flores reforçam investimentos em tecnologia. (foto: Divulgação)

A palavra primavera tem origem no latim – primo vere, que significa primeiro verão e, no hemisfério sul, acontece de 22 de setembro a 21 de dezembro. Nesse período, o setor da floricultura e das plantas ornamentais no Brasil movimenta não só os corações das pessoas, mas também a economia.

Ultimamente, o Brasil tem exportado cada vez mais mudas e bulbos, enquanto o embarque de flores cortadas vem retraindo. Esse movimento deve-se ao aumento significativo nos custos de produção, incluindo insumos como substratos, defensivos, fertilizantes e, principalmente, ao mercado nacional aquecido. Apesar da valorização cambial, a exportação se mantém em níveis baixos neste setor, no que se refere ao produto final, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA).

Exportação

Ainda segundo o IEA, as exportações de produtos da floricultura brasileira tiveram 59 países como destino, no ano passado. As parcerias comerciais dominantes foram com a Holanda (34,6%), Estados Unidos (20,8%), Uruguai (15,2%), Itália (5,4%) e Bélgica (5,2%), que, juntos, registraram 81,2% do total do valor exportado desse setor.

Dentre os 14 estados exportadores dos produtos da floricultura brasileira em 2023, os destaques foram: São Paulo, com US$9,27 milhões “Free on Board” (FOB), representando 64,3% do total e registrando um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Já o Rio Grande do Sul, atingiu a marca de US$1,84 milhão FOB (12,7% do total), Minas Gerais, com US$1,59 milhão FOB (11,1% do total), e Ceará, com US$1,42 milhão FOB. Esses quatro estados totalizaram 98,1% das exportações.

São Paulo

São Paulo detém o protagonismo na produção e exportação de flores no Brasil. Em 2023, a produção do produto no estado chegou a cerca de 2,2 mil toneladas; 18% a mais que no ano anterior.

Holambra

Em Holambra, interior de São Paulo, a principal atividade econômica é a floricultura. O município é o maior centro de produção e exportação de flores e plantas ornamentais da América Latina, responsável por 80% da exportação e por 40% da produção do setor florícola brasileiro.

A produção conta com tecnologias para melhorar a qualidade e a diversidade das flores e plantas produzidas, como o uso de estufas climatizadas, sistemas de irrigação automatizados, técnicas de cultivo hidropônico e orgânico, controle biológico de pragas e melhoramento genético, além de softwares de gestão agrícola.

Rio de Janeiro

Mesmo sem estar entre as primeiras produtoras de flores, o estado do Rio de Janeiro apresenta um grande potencial de crescimento. O ponto alto da produção fluminense fica na região Serrana, onde as temperaturas são mais amenas e as condições climáticas mais favoráveis para esta atividade.

No estado, o município líder na floricultura é Nova Friburgo. Lá, as flores de corte como rosas, crisântemos, lírios, gérberas e astromélias são o carro-chefe. Por iniciativa dos produtores, a atividade tem ganhado impulso na região com investimentos em novas tecnologias e estruturas modernas como estufas e sistemas inovadores de irrigação.

Segundo a Emater-RJ, o estado do Rio de Janeiro conta com 906 produtores de flores, que cultivam uma área total de 1.595 hectares.

Emprego

O setor de produção e a comercialização de flores e plantas geram mais de 263.000 empregos diretos (1,17% dos empregos do agronegócio brasileiro, segundo o CEPEA/ESALQ/USP), e outros 800.000 indiretos, sendo o setor agropecuário que mais emprega mulheres, correspondendo a 56,2% da força de trabalho total. Em algumas localidades, esse número chega a 63%. (Da SNA)

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