O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, disse nesta quarta-feira que não há mais espaço no Brasil para o retorno de um candidato à Presidência que já foi preso e processado, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A fala aconteceu durante evento da CNA que reuniu o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, outros políticos, como a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, e diversos integrantes do setor, como o atual ministro Marcos Montes.
O seminário foi marcado para a CNA --principal entidade de associações de produtores e lideranças agrícolas do Brasil-- apresentar propostas do agronegócio aos candidatos à Presidência, mas teve ares de palanque eleitoral, com direito a discurso de Bolsonaro e ataques ao petista.
O evento se tornou uma demonstração de força de Bolsonaro ao acontecer um dia antes de a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e de a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) participarem de uma manifestação em São Paulo em defesa da democracia e com críticas aos ataques que o presidente tem feito, sem provas, ao sistema eleitoral.
Na abertura de seminário da CNA, ao lado de Bolsonaro, João Martins não citou o nome de Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições de outubro, mas deixou claro sobre quem falava. "Os senhores sinalizaram bem claro que não tem mais espaço neste país para uma equipe corrupta e incompetente. E muito menos o retorno de candidato que foi processado e preso como ladrão", afirmou ele, sendo aplaudido por uma plateia, em Brasília.
Lula foi processado e preso no âmbito da operação Lava Jato. Posteriormente, o petista teve as condenações anuladas pela Justiça.
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