Criada em 07/10/2019 às 21h12 | Mercado

“Organização é fundamental para comércio internacional aberto, justo e transparente”, diz ministra Tereza Cristina na OMC

A ministra Tereza Cristina participou de evento na Organização Mundial do Comércio, em Genebra (Suíça), onde defendeu que é preciso buscar novos resultados para o comércio internacional que deve ser pautado no fortalecimento da organização, de forma a contemplar um mercado justo.

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A ministra Tereza Cristina discursou na sessão plenária do World Cotton Day, na OMC. (Foto Divulgação Mapa)

Em evento na Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou nesta segunda-feira (7) que a entidade “segue como o mais importante fórum para que se alcancem soluções equitativas e para que se construa uma economia global saudável no século XXI”.

Como exemplo, Tereza Cristina citou os resultados da 10ª Conferência Ministerial, realizada em 2015 em Nairóbi, quando os países-membros concordaram em eliminar os subsídios à exportação de produtos agrícolas. “A decisão foi um marco para o comércio internacional e reafirmou o papel central da OMC na governança do comércio internacional", disse.

No entanto, ministra defende que é preciso buscar novos resultados. "A reforma da OMC reveste-se de grande prioridade. As disciplinas da organização devem ser fortalecidas, de forma a contemplar questões essenciais para a busca de um mercado aberto, justo e transparente”.

Além do evento, a ministra reuniu-se com o diretor-geral da organização, Roberto Azevêdo. Ela também participou de encontros com representantes dos Estados Unidos, embaixador Dennis Shea, e do setor de algodão do Brasil.

Dia Mundial do Algodão

Pela manhã, Tereza Cristina participou da sessão plenária do World Cotton Day (Dia Mundial do Algodão), na sede da OMC, e destacou a importância da cultura do algodão para a economia e o desenvolvimento social no Brasil.

“O PIB da cadeia produtiva do algodão do Brasil é de cerca de US$ 74,11 bilhões, considerando as vendas de produtos de confecção. A cadeia gera emprego e renda para 1,2 milhão de trabalhadores”, disse.

A ministra ressaltou que o "bom funcionamento do comércio internacional, sem distorções, é fundamental para o desenvolvimento de setores produtivos agrícolas, como o do algodão. Por essa razão, o Brasil tem sido um membro ativo na OMC, sempre buscando fortalecer o papel conciliador da organização, pautado por isenção e equidade”.

Ela reafirmou o comprometimento do setor produtivo brasileiro com a sustentabilidade ambiental, lembrando que o Brasil é líder mundial na certificação socioambiental de algodão, com mais de 80% da produção certificada.

A ministra lembrou que, em 20 anos, a produção nacional de algodão cresceu 226% e, na safra 2017/18, o Brasil colheu 2,2 milhões de toneladas de pluma, 11% da produção mundial.

O país é o terceiro maior exportador de algodão, com participação de 10% das exportações mundiais, totalizadas no último ano em US$ 15 bilhões. “Confirmadas as projeções de crescimento de 20,5% na próxima década, o Brasil deverá expandir sua fatia para 15% do mercado exportador”, disse a ministra.

Evento

O World Cotton Day é resultado de um pedido do Cotton-4 (Benim, Burkina Faso, Chade e Mali), conjunto de países africanos produtores de algodão, às Nações Unidas para o estabelecimento do Dia Mundial do Algodão. O objetivo é marcar uma reflexão sobre a importância do algodão como mercadoria global. A ministra foi recebida pelo embaixador do Brasil na OMC, Alexandre Parola.

Neste fim de semana, a ministra também participou da Anuga, a maior feira mundial de alimentos e bebidas, em Colônia, na Alemanha, que contou com a participação de mais de 100 empresas brasileiras. Ela também se reuniu com a ministra Federal da Alimentação e Agricultura da Alemanha, Julia Klöeckner, para falar sobre a relação comercial entre Brasil e Alemanha e cooperação em bioeconomia. (Do Mapa)

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