Criada em 17/03/2017 às 21h42 | Mercado

Insegurança no mercado: Após ação da PF, órgãos de controle sanitário dos EUA e Europa cobram explicações do Brasil

Órgãos de controle sanitário dos Estados Unidos e União Europeia fizeram contato com o Brasil para questionar as fraudes. Ao todo, 33 servidores públicos do Mapa foram afastados.

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O secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, fala à imprensa: "Com uma notícia assim vindo a público é claro que fica um receio, e são postas também em debate questões econômicas" (foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Após deflagração da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, órgãos de controle sanitário dos Estados Unidos e União Europeia fizeram contato com o Brasil para questionar as fraudes. A ação que apura esquema de venda de carne podre para o mercado interno e até do exterior gera insegurança no mercado.

“Nos preocupa essa ação porque somos grandes players no mercado internacional e nossos produtos chegam com qualidade e bons preços a esses mercados. Com uma notícia assim vindo a público é claro que fica um receio, e são postas também em debate questões econômicas”, disse o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, referindo-se a um possível fechamento dos mercados para as carnes brasileiras.

De acordo com Novacki, a informação que o Ministério tem é de que os produtos com problemas chegaram apenas ao mercado interno.

AS PROVIDÊNCIAS

Em entrevista coletiva transmitida pelo Facebook do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Novacki prestou esclarecimentos sobre a Operação Carne Fraca, que investiga irregularidades na inspeção de frigoríficos. De acordo com ele, 33 servidores públicos do Ministério já foram afastados de suas atividades por suposto desvio de conduta.

Segundo Novacki, 21 selos SIF, do Serviço de Inspeção Federal, vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), estão sob suspeita. Até o momento, outras três plantas frigoríficas foram interditadas após confirmação de irregularidades. Uma delas, da BRF, fica em Mineiros, GO, e as outras duas, da Peccin Industrial, ficam em Jaraguá do Sul, SC, e Curitiba, PR. “Foram identificados problemas nessas unidades com mortadela, salsicha e carne de aves. Suspeita de irregularidades com carne bovina ainda não foram confirmadas”, disse Novacki. Ele não citou o nome, mas disse que quatro grupos econômicos estão envolvidos nas fraudes.

Afirmando que o ministério conta com 11 mil servidores e que os estabelecimentos com SIF são 4.837, ele disse que os casos que estão sendo apurados não podem  ser tidos como exemplo da conduta de toda a cadeia produtiva. “Nosso sistema é robusto e transparente, e é graças a isso que conseguimos apurar denúncias como essas”, afirmou.

RECOMENDAÇÃO AOS CONSUMIDORES

Para os consumidores brasileiros, Novacki recomendou atenção aos produtos na prateleira do supermercado. “A população deve observar se os produtos têm algum aspecto que não está de acordo. Como aparência, cheiro. E, em caso de problemas, deve acionar o sistema de vigilância sanitária do Ministério, que tomará providências de forma enérgica”, disse. (Da Redação do Norte Agropecuário, com informações do portal DBO)

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