A banca organizadora do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que mobilizou milhões de jovens em todo o país neste final de semana em busca do disputado acesso ao Ensino Superior, escreveu uma das mais tristes páginas da educação brasileira contemporânea.
Questões elaboradas para a prova deste domingo distorceram informações e reforçaram preconceitos sobre o agronegócio junto ao público juvenil, uma forma covarde e desleal de propagar a desinformação e a má formação dos nossos estudantes. Um desserviço à Nação.
A soja, um dos expoentes do principal setor da economia do Brasil, não é vetor de desmatamento. Graças ao Código Florestal, os produtores rurais são obrigados por Lei a reservar parte das áreas das propriedades rurais para fins de preservação ambiental, sob pena de pesadas sanções econômicas e fiscais em caso de descumprimento.
Um dos resultados dessa política pública garante que 84% do bioma Amazônico estejam preservados. Conforme dados públicos, a soja é planatada em apenas 1,5% da área daquele bioma.
Não existe uma expansão desenfreada e nem desordenada da área plantada de soja como a questão quer transparecer.
Além disso, a questão elaborada pela banca ignora que o produtor rural brasileiro que produz dentro do bioma é o único no mundo que preserva 80% da propriedade na forma de vegetação nativa. Adicionalmente, a soja vem sendo cultivada em áreas de pastagens que antes eram usadas pela pecuária, e não em áreas que foram recentemente abertas.
As questões colocadas aos estudantes não levam em consideração que o agro brasileiro é mundialmente reconhecido por suas boas práticas agrícolas e pelo menor uso de insumos comparado com os demais países produtores de alimentos.
A banca do Enem também desconsidera a importância socioeconômica da cultura da soja, que gera empregos diretos, indiretos e induzidos no campo e nas cidades, melhorando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nas regiões produtoras.
Portanto, a banca novamente comete um desserviço e uma agressão aos produtores de soja ao espalhar desinformação e, de forma ideológica, tentar macular a cultura mais importante do agronegócio brasileiro. (Da Assessoria)
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