A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou nesta quarta-feira (31) que “traz brilho aos olhos dos produtores” a concessão dos tramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul. Ao lado do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a ministra participou da cerimônia de assinatura do contrato de concessão, em Anápolis (GO).
Após a cerimônia, a ministra destacou que a concessão irá resolver um dos principais gargalos do setor agropecuário: a logística. Segundo Tereza Cristina, 40% do custo do produtor são com o escoamento e transporte da produção.
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“Primeiro, traz brilho nos olhos dos produtores. Nosso grande gargalo sempre foi a logística. E agora o produtor sonha, e não só sonha, ele está vendo a esperança dele mais perto de pôr mais dinheiro no bolso. Ele produz muito, produz bem da porteira para dentro, mas o grande gargalo era a logística”, disse a ministra.
O trecho concedido está situado entre Porto Nacional/TO e Estrela D’Oeste/SP (1.537 km) e está dividido em dois tramos: central, compreendido entre Porto Nacional/TO e Anápolis/GO, com extensão de 855 km; e sul, abrangendo o trecho Ouro Verde de Goiás/GO e Estrela D’Oeste/SP, com extensão de 682 km. A expectativa é que o início da operação do tramo central ocorra até o fim de 2019. O trecho foi arrematado pelo Rumo S.A por R$ 2,7 bilhões. “A [Ferrovia Norte-Sul] é a espinha dorsal de transporte no Brasil. [Com a entrada em operação] vai baratear o frete e como consequência a mercadoria na ponta da linha chega na ponta mais barata para o consumidor, a gente vai consumir menos óleo diesel, menos acidente nas estradas”, disse o presidente Jair Bolsonaro durante a cerimônia de assinatura do contrato, em Anápolis (GO).
Também participaram do evento o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Mario Rodrigues Júnior; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado; o prefeito de Anápolis, Roberto Naves e Siqueira.
A NORTE-SUL
A assinatura do contrato de concessão da Ferrovia Norte-Sul ocorreu no pátio do Porto Seco Centro-Oeste, no setor agroindustrial do município de Anápolis. Antes da assinatura, Bolsonaro vestiu um colete dos operários que trabalham na ferrovia e passou ao redor dos trilhos. O presidente subiu ainda em uma locomotiva estacionada na Ferrovia Norte-Sul.
A concessão da ferrovia foi arrematada pela empresa Rumo S.A, em leilão realizado em março. A empresa, que atua em serviços de logística de transporte ferroviário, ganhou o certame ao oferecer um lance de pouco mais de R$ 2,719 bilhões um ágio de 100,92% ao lance mínimo pedido pelo governo, de R$ 1,3 bilhão. O contrato tem duração e 30 anos e prevê a administração dos dois trechos da Norte-Sul, de um total de 1.537 quilômetros.
Na avaliação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a Norte-Sul vai potencializar o transporte ferroviário no país, duplicando a sua participação no transporte de mercadorias em oito anos.
“Nós vamos criar competição e a participação do modo ferroviário vai sair dos atuais 15% pra quase 30%, em oito anos. Nós vamos começar a ver o trem passar com contêiner empilhado saindo de Goiás e indo para são Paulo, e no sentido oposto”, disse. No futuro, nós vamos sair da Zona Franca de Manaus e entregar a carga em Porto Alegre. Vamos ligar o Brasil por trilhos”, acrescentou. (Do Mapa e Agência Brasil)
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