Criada em 03/05/2018 às 15h04 | Agricultura

Brasil adota política de segurança alimentar e nutricional; documento tem participação de pesquisadora da Embrapa

Denominado como “Estratégia intersetorial para a redução de perdas e desperdício de alimentos no Brasil”, o documento elaborado pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) contou com a participação da pesquisadora da Embrapa Hortaliças, Milza Moreira Lana.

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Segundo a pesquisadora parte da perda na residência ocorre por problemas anteriores como hortaliças parcialmente danificadas na colheita e na comercialização. (Créditos Shutterstock)

Paula Rodrigues
DE BRASÍLIA (DF)

A Embrapa Hortaliças, representada pela pesquisadora Milza Moreira Lana, contribuiu com as discussões que resultaram no documento “Estratégia intersetorial para a redução de perdas e desperdício de alimentos no Brasil”, elaborado pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan). As estratégias foram reunidas na Resolução nº 1/2018 da Caisan, publicada no último dia 19 de abril no Diário Oficial da União.

O texto versa sobre a coordenação de ações direcionadas a prevenir e reduzir as perdas e desperdício de alimentos no Brasil, por meio da gestão mais integrada e intersetorial de iniciativas do governo e da própria sociedade. Convidada pela Câmara Interministerial para compor o grupo de especialistas como consultora técnica para hortaliças, Milza destaca a importância de reunir as estratégias em um documento oficial do governo brasileiro que estabelece como o país vai alinhar as questões sobre perda e desperdício à política nacional de segurança alimentar e nutricional.

Acesse o documento

“Minha participação está relacionada às informações sobre como a perda e o desperdício acontecem na cadeia produtiva de hortaliças”, assinala a pesquisadora, que também trouxe à discussão a contextualização dos problemas a partir de exemplos práticos sobre pós-colheita de hortaliças no Brasil.

Segundo Milza, mais do que conscientizar os consumidores, é preciso compreender que parte da perda na residência ocorre por problemas anteriores como hortaliças parcialmente danificadas na colheita e na comercialização. “É preciso entregar produtos de melhor qualidade para os consumidores para, então, ensiná-los como manter essa qualidade na hora do armazenamento e do consumo”, ressalta.

Um ponto fundamental levantado pela pesquisadora é que há necessidade de entender as inter-relações entre os diferentes elos da cadeia produtiva para que ações planejadas para o varejo ou para o produtor, por exemplo, surtam efeito por considerar a integração entre esses setores. “Uma estratégia para redução de perdas e desperdício de alimentos deve passar por melhoria das etapas de produção e de comercialização, mas também por investimentos em infraestrutura e logística, com o apoio do governo”, sublinha.

Com o documento publicado, a Câmara Interministerial deve, em breve, compor o Comitê Gestor da Estratégia, que irá buscar a articulação necessária para estabelecer ações, processos e estruturas para efetivar a estratégia. Além de Milza, o documento também contou com a colaboração de pesquisadores e analistas de outras Unidades da Embrapa: Murillo Freire Júnior, Antonio Gomes Soares, Gilmar Henz e Gustavo Porpino de Araújo. (Da Embrapa Hortaliças)

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