Criada em 23/09/2022 às 15h27 | Pecuária

Projetos da Agrojem são citados como 'excelentes exemplos' de integração lavoura-pecuária e de melhoramento genético no Confina Brasil

O projeto final da AGROJEM é para ter a capacidade estática de 38.000 animais em Miranorte (TO) e 32.000 animais em Caseara (TO), totalizando 70.000 animais estáticos por giro.

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Classificados como excelentes exemplos de Integração Lavoura-Pecuária e melhoramento genético de bovinos, projetos da AGROJEM, no Tocantins, foram visitados recentemente pelo projeto Confina Brasil 2022. A penúltima rota de visitas em propriedades pecuárias com sistemas intensivos aconteceu de 12 a 16 de setembro, no Maranhão e no Tocantins.

O confinamento AGROJEM, na fazenda Bacaba, localizada em Miranorte (TO), finalizou esta etapa do trabalho. A operação é o segundo confinamento do grupo, já existindo uma unidade em Caseara (TO), com capacidade estática de 32.000 animais.

A atividade está em fase de construção e os primeiros animais entraram para a engorda em agosto. Atualmente a operação consegue acomodar 6.800 animais, usando sua capacidade total o ano todo. “Cada curral que conseguimos deixar pronto com condições de alocar os animais, em seguida são preenchidos para engordar os bois” citou o gestor do confinamento Helio Noleto.

O projeto final da AGROJEM é para ter a capacidade estática de 38.000 animais em Miranorte (TO) e 32.000 animais em Caseara (TO), totalizando 70.000 animais estáticos por giro. A previsão da conclusão total da obra é para o ano de 2023, tornando-se assim, os dois maiores confinamentos do Tocantins.
As duas operações devem trabalhar durante todo o ano e com isso terá possibilidade de terminar mais de 175.000 animais em um ano.

A ROTA

A Scot Consultoria concluiu a quarta das cinco rotas do Confina Brasil 2022. Foram realizadas 16 visitas em propriedades de confinamentos e semiconfinamentos. Ao todo, as duas equipes compostas por engenheiros agrônomos, médicos-veterinários e zootecnistas conheceram novos trabalhos de pecuaristas em 11 cidades (duas do Tocantins e nove do Maranhão).

A fazenda Reunidas Bola Branca, de Açailândia (MA), chama atenção na série de visitas no período. A propriedade investe em Integração Lavoura-Pecuária (ILP) em 15% da área agricultável. Na integração, há plantio de soja e depois de milho. Após a colheita, os animais são colocados no capim que foi plantado junto ao milho na área de integração. Os gestores estão atentos à sustentabilidade e um exemplo disso é a reutilização dos bags de adubo utilizado na lavoura para sombra dos animais nos currais de engorda do confinamento – impactando diretamente no bem-estar animal.

A Agromantova, em Vila Batavo (MA), trabalha com a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) em áreas onde é realizada a recria dos bezerros na pastagem. Com a proximidade do início da semeadura de soja na região, os garrotes são realocados no confinamento, fazendo a suplementação nutricional para o sequestro dos animais, até que a área exclusiva de pastagens, com sistema rotacionado, se recupere com o início do período de chuvas.

A estratégia de sequestro para aliviar a pressão de pastejo, na época seca do ano, também ocorre na fazenda Caiçara, localizada em Estreito (MA), com o intuito de ofertar a quantidade necessária de alimento para o desenvolvimento e ganho de peso dos animais.

Outra propriedade que aplica a ILP é a fazenda Reunidas Monte Castelo, de Senador La Rocque (MA). Para realizar a integração, os gestores cultivam apenas uma cultura. “Eles realizam o plantio do milho e junto semeiam o capim na área para os animais. Dessa forma, há intenso reaproveitamento do solo, produzindo mais em menor espaço e reformando a área”, destaca Hugo Mello, engenheiro agrônomo da Scot Consultoria. A fazenda Reunidas Monte Castelo também se destaca pelo foco no melhoramento genético dos animais. A propriedade trabalha com gado Nelore e Senepol.

Sediada em Imperatriz (MA), a fazenda Chaparral também trabalha com algumas raças, em busca de ter uma boa genética dos animais. Os gestores escolheram Nelore, F1 Angus e Caracu para a composição do rebanho. Para a seleção do plantel, o criatório utiliza inseminação artificial em tempo fixo (IATF). “As fêmeas Nelore são inseminadas com o protocolo IATF, com sêmen de Angus ou Caracu. Após o nascimento das fêmeas F1, as outras progênies pela frente serão todas inseminadas com sêmen de Nelore, até que as crias sejam consideradas puras por cruzamento”, explica Hugo. A estratégia envolve a produção de fêmeas com habilidade materna superior ao Nelore tradicional, com o intuito de ter bezerros de maior qualidade para atender à demanda dos frigoríficos e buscar a precocidade ao abate.

A última visita da rota no Maranhão foi à fazenda São João, do frigorífico Fribal, em Campestre (MA). Os animais são preparados para a terminação e enviados ao frigorífico para serem abatidos. O frigorífico distribui carne para boutiques próprias e abastece o varejo dos estados de Piauí e Ceará.

A EXPEDIÇÃO

O Confina Brasil tem apoio de importantes empresas. Na categoria “montadora”, a expedição tem parceria com a Mitsubishi. São patrocinadores "Ouro": Casale, Coimma, Elanco, FS Bioenergia, iRancho, Nutron e UPL. No patrocínio "Prata" estão Associação Brasileira de Angus, Reenergisa e Zinpro. Embrapa, Hospital de Amor e Associação Nacional da Pecuária Intensiva (ASSOCON) são parceiros institucionais. (Com informações da Texto Comunicação)


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