Criada em 14/03/2022 às 08h29 | Agronegócio

Especialista afirma que Tocantins pode desenvolver alternativas para minerar solo

Corombert de Oliveira detalha capacidade do agro do Estado de encontrar soluções também para combater pragas na soja; ele prevê mais independência no processo de produção em curto prazo.

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Corombert de Oliveira detalha capacidade do agro do Estado de encontrar soluções; ele prevê mais independência no processo de produção em curto prazo. (Foto: Divulgação)

Daniel Machado
De Brasília (DF)

Distante dos grandes centros de tecnologia, o Tocantins, assim como o Brasil, tem uma alta capacidade de alterar ou modificar o seu ambiente em relação às dependências do agro. A avaliação é do professor e engenheiro agrônomo Corombert Leão de Oliveira.

Segundo ele, no Estado já há empresas mineradoras nas cidades de Taipas, Porto Nacional, Araguaína, entre outras, trabalhando ou estudando o uso de pó-de-rocha para mineralizar o solo. Isso seria uma das formas de começar a substituir os adubos convencionais, hoje 85% importados no Brasil.

Corobert destaca que quando a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou uma nova lei para produção de Bioinsumos que cria oportunidades para diversos produtos, inclusive abrindo a opção para referendar outros tipos de fertilizantes, o Brasil passa a ter o referencial para alternativas de adubagem.

“Ainda não sabemos o tamanho desse novo negócio, mas a gente pode ter certeza que em um Estado como o nosso, distante de todos os centros fornecedores de tecnologia, esses princípios de utilização, ou princípio máximo de relação de dependência e independência, vai entrar nas propriedades”, frisa.

Corombert Oliveira afirma que é o momento da rochagem, assim como de laboratórios em fazendas para produção de biodefensivos, se tornarem realidade no Estado. “Isso não é novo, não estamos inventando a roda, mas estamos reinventando o processo de produção, dando mais independência para o nosso agronegócio”, pondera, ao explicar que o Tocantins já conta com algumas fazendas de soja que possuem laboratórios para produzir inimigos naturais de pragas (como fungos, bactérias ou mesmo insetos) de várias culturas como cana de açúcar, milho, eucalipto, a própria soja e outras leguminosas.

Pó-de-rocha já vem sendo estudado pela Embrapa

Em dezembro de 2021, o Norte Agropecuário mostrou que o uso de pó-de-rocha para a produção de Adubo já estava sendo estudado pela Embrapa (empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em uma parceria com a Aprosoja-TO (Associação de Produtores de Soja e Milho do Tocantins) . Conforme as informações preliminares, a pesquisa tem resultados iniciais bastante satisfatórios.

Clique aqui e ouça Coromber Leão de Oliveira em reportagem sobre o tema.

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