O serviço sanitário russo confirmou que 59 frigoríficos brasileiros são afetados pela decisão do país de suspender a compra de carnes suína e bovina do país. Em seu site, constam as suspensões de 59 plantas frigoríficas de bovinos e 32 de suínos. Desse total, quatro unidades são do Tocantins: Minerva, do município de Araguaína; Plena, de Paraíso do Tocantins; Cooperfrigu, de Gurupi; e Boi Brasil, de Alvorada.
As quatro unidades vendem, em média, 20 mil toneladas por ano, o que representa R$ 260.000.000 em volume financeiro. Isso representa hoje 60% da exportação de carne do Tocantins, conforme informações apuradas pelo Norte Agropecuário junto ao Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados do Estado do Tocantins (Sindicarnes).
CARNE SUÍNA
No caso da carne de porco, os russos alegam ter encontrado o promotor de crescimento ractopamina, que é banido na Rússia, mas permitido por vários países importadores de carne.
Em meio aos embargos, a Rússia também pressiona para que o Brasil libere suas exportações de trigo, pescado e carne bovina.
USO DE RACTOPAMINA
O presidente do Sindicarnes do Tocantins, Oswaldo Stival Júnior, comemorou a aprovação, na Assembleia Legislativa do Tocantins, do projeto de lei do governo que proíbe o uso da ractopamina no Estado. “É um grande avanço pois tanto a Rússia quanto a União Europeia proíbem a importação de produtos que se detecta o uso desta substância, exemplo que Brasil está temporariamente suspenso por encontrar este produto na carne suína”, disse.
ABIEC NEGA
O uso da ractopamina foi o motivo alegado pela Rússia por suspender a compra de carne brasileira. Após a suspensão temporária de importações de carne brasileira pela Rússia, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) afirmou, em nota, que seus associados realizam controle de resíduos químicos de ractopamina com o objetivo de cumprir os critérios do mercado russo.
A entidade lembra que a comercialização da ractopamina e de outros betabloqueadores para bovinos está suspensa desde o fim de 2012 pelo governo brasileiro. "Portanto, esta substância tem o seu uso proibido para bovinos, não existindo a necessidade de segregação da produção para atendimento ao mercado russo".
A Abiec também reforça no comunicado que desde 2013 não há histórico de qualquer tipo de notificação pelas autoridades russas referentes ao uso de ractopamina em bovinos, "Caso necessário, a indústria está pronta para atender a novos critérios. A Rússia é um grande parceiro do Brasil no setor de carne bovina, um tradicional comprador com o qual estabelecemos excelente interlocução técnica". (Da Redação do Norte Agropecuário, com informações da Abiec, Portal DBO e Pecuaria.com.br)
Stival, do Sindicarnes, comemora aprovação na Assembleia da proibição do uso de ractopamina no Tocantins: “É um grande avanço pois tanto a Rússia quanto a União Europeia proíbem a importação de produtos que se detecta seu uso"
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