CRISTIANO MACHADO
DE PALMAS
A abertura de mercado e a atuação das indústrias locais que conquistaram a habilitação para novos mercados exteriores foram responsáveis pelo resultado positivo das exportações de frango do Tocantins em 2016. A avaliação é do presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados do Estado do Tocantins (Sindicarnes), Oswaldo Stival Júnior.
“A exportação do frango teve esse aumento devido à abertura de novos mercados no Brasil e a competência da indústria tocantinense em buscar as habilitações, se inserir no mercado exportador, e o resultado é esse: de alcançar uma exportação cinco vezes maior em relação aos resultados do ano anterior”, declarou.
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Como revelou o Norte Agropecuário com exclusividade, levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que em 2015 o Tocantins exportou 936.752 quilos de frango in natura. Já no ano passado o número foi de 5.207.630 quilos, aumento de 455,9%. “[Esse é] Mais um motivo para incentivarmos a indústria exportadora da carne do frango, do peixe e do boi para gerar, a cada dia, mais riquezas ao Estado do Tocantins”, complementou.
ABATES DE BOVINOS
Stival também comentou a queda no abate de bovinos, também relevada pelo Norte Agropecuário com base na apuração junto ao estudo do IBGE. O recuo foi de 6,8% no ano passado. Conforme o levantamento, em 2015 o Estado registrou abate de 1.097.704 cabeças de gado. Já, em 2016, o número de animais abatidos foi de 1.022.512, ou seja, retração de 6,8%.
“Dos 100% dos abates de bovinos do Estado do Tocantins, somente 20% é exportado, os outros 80% é mercado brasileiro, ou seja, importação. Com o advento dessa crise econômica e política, todos os setores tiveram que se ajustar, tanto que nós saímos de uma per capita de carne em torno de 40 quilos de consumo, por pessoa, e caímos para uma estimativa de 33/34 quilos por pessoa no Brasil”, disse.
Para ele, o problema foi a redução da demanda do mercado interno. “O que configura 80% dessa venda. Nesse sentido, todas as indústrias tiveram que se adequar a realidade do momento de crise havendo uma diminuição no que diz respeito ao abate de bovinos não só no Tocantins, mas a nível nacional, proporcionando uma queda de 22%”, finalizou.
Em todo o país, em 2016, o resultado também foi negativo: houve abate de 982,83 mil cabeças de bovinos a menos, no comparativo 2016/2015, impulsionado por reduções em 20 das 27 Unidades da Federação.
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