Criada em 07/12/2021 às 13h35 | Negócios

Dia da Silvicultura: Setor florestal cresce e gera renda para o país

A silvicultura tem grande importância para a economia brasileira. De janeiro a outubro de 2021, os produtores florestais foram responsáveis por 11% das exportações, totalizando uma receita cambial de US$ 11,3 bilhões.

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De janeiro a outubro de 2021, os produtores florestais foram responsáveis por 11% das exportações, totalizando uma receita cambial de US$ 11,3 bilhões. (Foto: Divulgação)

O Brasil possui 9,8 milhões de hectares de florestas plantadas, o que corresponde a 1% do território nacional, com grande estoque de 1,88 bilhão de toneladas de gás carbônico (CO2) equivalente.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 76% da produção total de florestas no país é destinada ao eucalipto e 20% ao pinus, garantindo as maiores taxas de produtividade de florestas plantadas do mundo, sendo 39 metros cúbicos de hectare para eucalipto e 31 m3/ha para pinus.

O Dia Nacional da Silvicultura é celebrado nesta terça (7) e o Sistema CNA/Senar parabeniza os silvicultores e toda a cadeia que se dedicam à produção de produtos florestais.

A silvicultura tem grande importância para a economia brasileira. De janeiro a outubro de 2021, os produtores florestais foram responsáveis por 11% das exportações, totalizando uma receita cambial de US$ 11,3 bilhões.

Veja o depoimento de silvicultores:

AMADOR REIS DE MATOS
Lamim – Minas Gerais

O silvicultor Amador Reis, da Zona da Mata de Minas, planta eucalipto em 30 hectares para produzir carvão vegetal. “Na propriedade eu planto, cuido, colho e produzo meu carvão nos fornos de barranco e fornalha”.

Segundo o produtor, apesar de criar algumas vacas leiteiras e produzir silagem, o carvão vegetal é a sua principal fonte de renda. “Antes, eu plantava as mudas de sacolinha, feitas em casa mesmo. Hoje, faço uso do eucalipto clonado, que cresce muito mais rápido”.

Amador contou que já fez diversos cursos do Senar Minas e todo aprendizado foi colocado em prática. “Participei de cursos de como fazer mudas de eucalipto, como produzir carvão e também como operar uma motosserra”.

A propriedade de Reis é um exemplo de produção sustentável. Além de ter florestas plantadas e área de preservação de mata nativa, a fazenda de 60 hectares é sede de uma unidade demonstrativa de produção de carvão vegetal utilizando uma tecnologia desenvolvida pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).

A unidade foi construída pelo Projeto Siderurgia Sustentável, executado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com coordenação técnica do Ministério do Meio Ambiente. Na propriedade de Amador foi instalado um sistema de forno-fornalha. Na prática, o eucalipto é colocado nos fornos de tijolo que estão ligados a uma fornalha, onde gases poluentes são queimados.
A Unidade Demonstrativa da Zona da Mata mineira também recebe instrutores e técnicos da Emater-MG e do Senar Minas para treinamentos e capacitações.

JOÃO FAVERO NETO
Aparecida do Taboado – Mato Grosso do Sul

Em 2007, João Favero Neto adquiriu uma propriedade rural no município de Aparecida do Taboado, a 450 quilômetros de Campo Grande (MS), para investimento pessoal. No mesmo ano João dividiu igualmente a propriedade e iniciou o plantio de seringueira e eucalipto.

“Atualmente são 58 mil seringueiras, sendo 32 mil em produção (extração de látex) e o restante em formação. O eucalipto, para lenha e celulose, já está na fase de ciclo de corte”, explicou Favero.

Segundo o heveicultor, é necessário ter paciência para iniciar na atividade. “A produção da seringueira começou no 7º e 8º ano e no início são extraídos apenas 3 quilos de látex, até alcançar os 9 quilos”.

João Favero tem o Senar/MS como um grande parceiro. Os cursos de Formação Profissional Rural e a Assistência Técnica e Gerencial da entidade auxiliaram na gestão da propriedade, aumentando a produtividade de látex.

“O Senar já era nosso parceiro antes de tratar o látex. A heveicultura não é uma atividade tradicional na região, então nos aproximamos do Senar e recebemos orientação desde a época de formação das árvores, até hoje no desenvolvimento”, destacou Neto. (Do Senar)

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