Sicredi vai distribuir sobras na conta capital dos associados

O resultado do ano de 2021 para os associados da Sicredi Rio Paraná PR/SP foi muito positivo. Foram R$ 33,5 milhões, sendo que R$ 10 milhões serão distribuídos aos associados.

Este valor é referente às “sobras”, termo já conhecido por quem é associado a uma cooperativa de crédito. Ele faz parte do terceiro princípio cooperativista, a participação econômica dos sócios. As “sobras” são os resultados positivos que são destinados aos donos do negócio, ou seja, os associados. Quem faz um investimento financeiro na cooperativa, que administra os recursos de forma a trazer resultados e benefícios para seus associados e para a comunidade onde está inserida, participa das decisões e recebe as sobras.

De acordo com o presidente da Sicredi Rio Paraná PR/SP, Jorge Guedes, o crescimento do resultado refere-se à 82,3% em comparação a 2020. “Isso mostra nossa expansão e mais associados que acreditam no cooperativismo de crédito. E além de entregar o valor da participação aos associados, a cooperativa auxilia na construção de uma sociedade mais próspera”, esclarece.

Houve também uma evolução em 18% dos ativos administrados e a rentabilidade anual do patrimônio líquido chegou a 22%, se comparado ao ano anterior.

A cooperativa encerrou 2021 com R$ 716 milhões em operações de crédito, R$ 272 milhões em poupança, R$ 1,3 bilhões em recursos totais administrados, R$ 664 milhões em depósitos (à vista, à prazo, Fundos e LCA), R$ 150 milhões em patrimônio líquido e aumentou o quadro social em mais de 8,9% mil associados, comemorando um resultado histórico de R$ 33,5 milhões, crescimento de 82,3% superior ao ano anterior.

“Quanto mais a gente contribui para a economia local, para o empreendedorismo, para a gestão financeira eficiente das famílias, e para a educação e formação de crianças e jovens, mais relevante é o resultado dos associados, independentemente do valor”, afirma o presidente.

O diretor executivo da Sicredi Rio Paraná PR/SP, Vanderlei Oliveira, ressalta que através da distribuição dos resultados, é possível apresentar a diferença do modelo de negócio, onde o cooperativismo desenvolve as comunidades e faz com que os recursos captados permaneçam na região. “A partir do conhecimento do nosso diferencial e ao ter a principalidade dos negócios em nossa cooperativa, o associado auxilia diretamente em todas as ações realizadas, aumentando assim a sua participação nos resultados e ainda fazendo a diferença na vida das pessoas”, esclarece Oliveira.

Valor agregado

A comparação entre as taxas e tarifas do Sicredi e os custos médios praticados por bancos tradicionais gera o valor agregado, ou seja, o quanto o associado teve de economia utilizando a cooperativa de crédito. São comparados os valores disponibilizados pelo Bacen (Banco Central do Brasil) e os do Sicredi nos produtos Cheque Especial/ Empresarial, Cestas de Relacionamento, Crédito Comercial e Consórcio. Somente no ano de 2021 esta quantia chegou a R$ 27 milhões. Ele é a soma do valor agregado de R$ 17 milhões, juros ao capital de R$ 2,6 milhões e R$ 6,8 milhões de sobras, que resultam nos R$ 27 milhões.

Ao pagar taxas e tarifas menores, os associados deixam de gastar valores significativos durante o ano, dinheiro que fica na economia local e se transforma, por exemplo, em consumo na própria localidade.

Somando os três resultados (distribuição de resultado, os juros ao capital e a valor agregado), os associados da Sicredi Rio Paraná PR/SP economizaram cerca de R$ 27 milhões apenas por ser dono da cooperativa.

“Uma cooperativa só vai ser bem desenvolvida se ela estiver inserida numa sociedade bem desenvolvida. Quanto mais a gente contribui para a economia local, para o empreendedorismo local, para a gestão financeira eficiente das famílias, mais relevante é o nosso resultado, independentemente do número”, ressalta o diretor executivo.

Impacto do cooperativismo

O Sicredi em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apresentaram a pesquisa os “Benefícios Econômicos do Cooperativismo de Crédito na Economia Brasileira”. O estudo, que avaliou dados econômicos de todas as cidades brasileiras com e sem cooperativas de crédito entre 1994 e 2017 e cruzou informações do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), chegou à conclusão que o cooperativismo incrementa o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, estimulando, portanto, o empreendedorismo local.

Os resultados estimados pelo Sicredi a partir do estudo, consideraram o bom desempenho econômico de 1,4 mil municípios que passaram a contar com uma ou mais cooperativas durante o período de pesquisa. Os cálculos do Sicredi, com base no estudo da Fipe, mostram um impacto agregado nestas cidades de mais de R$ 48 bilhões em um ano. Ainda, as cooperativas de crédito foram responsáveis pela criação de 79 mil novas empresas e pela geração de 278 mil empregos.

Cada R$ 1,00 concedido em crédito gera R$ 2,45 no PIB da economia

A pesquisa da Fipe também calculou o Multiplicador do Crédito Cooperativo, um coeficiente que indica o impacto do crédito concedido pelas cooperativas no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – cada R$ 1,00 concedido em crédito gera R$ 2,45 no PIB da economia e a cada R$ 35,8 mil concedidos pelas cooperativas, uma nova vaga de emprego é criada no país.

De acordo com a Fipe, a inclusão financeira de famílias, pequenos produtores e empresas forma um ciclo virtuoso que fomenta o empreendedorismo local, reduz desigualdades econômicas e aumenta a competitividade e a eficiência no sistema financeiro nacional. A Fipe concluiu ainda que os princípios e a disseminação das cooperativas de crédito se mostram convergentes com objetivos maiores no campo das políticas públicas, tendo em vista o seu potencial impacto na redução das desigualdades econômicas e inter-regionais, bem como no aumento da concorrência e da eficiência no âmbito do Sistema Financeiro Nacional.

Fundo Social

O cooperativismo por si só já desenvolve a comunidade, porém, visando fomentar ainda mais a participação social, parte deste resultado foi destinado a entidades assistenciais das cidades em que a cooperativa possui agências.

As entidades interessadas em receber parte desta quantia precisa inscrever um projeto junto à agência de sua cidade. Podem participar entidades sem fins lucrativos nas áreas educacional, cultural, esportiva, assistencial e social. A triagem e seleção dos projetos será feita pela cooperativa conforme regulamento.

“Esses recursos são ainda mais importantes em um momento em que as entidades não conseguiram realizar eventos e atividades de arrecadação para manterem suas estruturas”, destaca o presidente Jorge Guedes.

Os interessados em saber mais sobre a distribuição das sobras podem acessar o APP, Internet Banking ou ir até uma agência Sicredi. (Da Assessoria)