Criada em 23/09/2021 às 13h15 | Agronegócio

Safra agrícola registra valor de produção recorde de R$ 470.5 bilhões em 2020

O IBGE destacou que o aumento do valor produção agrícola, o incremento da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas e o aumento de área foram as três variáveis que garantiram os recordes da série histórica que analisa a produção agrícola em todos os municípios do País desde 1974.

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Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2020, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Foto: Divulgação)

O valor de produção da safra agrícola brasileira atingiu o recorde de R$ 470.5 bilhões em 2020, com crescimento de 30,4% em comparação ao desempenho registrado no ano anterior. Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2020, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Com a valorização do dólar frente ao real, houve também um crescimento na demanda externa desses produtos, o que impactou diretamente nos preços das principais commodities, que apresentaram significativo aumento ao longo do ano”, indicou o IBGE em nota.

“Como resultado, os dez principais produtos agrícolas apresentaram, em 2020, um expressivo crescimento no valor de produção, na comparação com o ano anterior.”

O instituto destacou que o aumento do valor produção agrícola, o incremento da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas e o aumento de área foram as três variáveis que garantiram os recordes da série histórica que analisa a produção agrícola em todos os municípios do País desde 1974.

Ampliação

Segundo o IBGE, os bons resultados alcançados nas últimas safras, aliados aos preços compensadores das principais commodities, em virtude da elevada demanda do mercado internacional e do câmbio favorável, colaboraram para que houvesse ampliação das áreas plantadas de soja, milho e algodão, mandioca e feijão, além de maiores investimentos nos cultivos agrícolas.

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas alcançou o recorde de 255.4 milhões de toneladas no ano passado, (5,0% maior que a de 2019). Já a área plantada atingiu 83,4 milhões de hectares, 2,7% superior à de 2019.

Clima

Somado a isso, o IBGE informou também que os fatores climáticos positivos colaboraram para o bom desenvolvimento dos grãos. No entanto, o instituto reconheceu que “os resultados alcançados poderiam ter sido ainda melhores, não fosse o registro de período de estiagem severa no início do ano em boa parte do Estado do Rio Grande do Sul, derrubando a produtividade das lavouras de soja e milho, entre outras, nessa região.”

Soja, milho e cana

Liderando o ranking do valor da produção agrícola nacional, a soja, com 121,8 milhões de toneladas, totalizou R$ 169.1 bilhões em 2020. A expansão foi de 35,0% em relação ao desempenho de 2019. Já o milho, com 104 milhões de toneladas produzidas, registrou R$ 73.9 bilhões, o que significa um aumento considerável de 55,4% em relação ao ano anterior. A safra de cana-de-açúcar, de 757 milhões de toneladas, gerou R$ 60.8 bilhões, com alta de 11,3% em relação a 2019.

Café, algodão e outros

A produção de café, uma das principais culturas agrícolas nacionais, rendeu 3,7 milhões de toneladas em ano de bienalidade positiva, o que somou R$ 27.3 bilhões em valor da produção, com crescimento de 54,4%. O algodão herbáceo (em caroço) teve produção de 7 milhões de toneladas, que somaram R$ 19.1 bilhões, com alta de 19,5% no valor da produção.

O ranking de valor de produção também destacou o arroz em casca (R$ 11.6 bilhões, com aumento de 32,7% em comparação a 2019), laranja (R$ 10.9 bilhões, com alta de 14,3%), mandioca (R$ 10.9 bilhões, com crescimento de 23,0%), feijão em grão (R$ 10.8 bilhões, com aumento de de 44,2%) e banana em cacho (R$ 8.6 bilhões, alta de 14,5%).

Destaques nacionais

O Estado de Mato Grosso foi destaque nacional na produção de soja, milho e algodão, mantendo a liderança no ranking de valor da produção total, com 16,8% da participação nacional. São Paulo, destaque no cultivo da cana-de-açúcar, ocupou a segunda posição, com 14,5% de participação, seguido por Paraná (12,7%) e Minas Gerais (10,1%). (Da SNA)

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