Criada em 09/07/2024 às 07h26 | Exportações

Após superar EUA e obter recorde mundial, Brasil deve colher 3,7 milhões de toneladas de algodão na safra 2024/25

A meta do setor de algodão era superar os EUA em volume de exportação apenas em 2030; contudo o Brasil atingiu esta marca antes mesmo do encerramento do ano comercial de 2023/24.

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O Brasil tornou-se o maior exportador de algodão do mundo com a safra 2023/24, ultrapassando os Estados Unidos. De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o Brasil deve colher em torno de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) na safra atual e as exportações devem alcançar 2,6 milhões de toneladas.

Aproximadamente 60% da produção já foi comercializada.

Ainda segundo a Abrapa, a meta do setor de algodão era superar os EUA em volume de exportação apenas em 2030; contudo o Brasil atingiu esta marca antes mesmo do encerramento do ano comercial de 2023/24.

Para Miguel Faus, presidente da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (ANEA), essa liderança é o resultado de muitos anos de investimentos de toda a cadeia algodoeira no aumento da produção, na qualidade, na sustentabilidade, rastreabilidade e promoção de algodão em outros países.

“Os Estados Unidos sempre foram o maior exportador. Nesse momento, nós os superamos, mas daqui para frente a briga vai ser acirrada. Pode ser que eles nos superem algum ano, depois a gente volte a ultrapassá-los, mas acreditamos que, a médio prazo, o Brasil deve se consolidar nessa posição”, disse o pres. da ANEA.

Expectativas

“A cada ano, o Brasil tem aumentado a produção de algodão e esse ano será do mesmo jeito. A qualidade deve ser melhor e, até agora, o clima tem ajudado. Esperamos para a safra 2024/25 que exportação atinja 2,8 milhões de toneladas, talvez um pouco mais, o que também será um novo recorde. Dependendo do que os Estados Unidos fizerem, nós vamos ficar em primeiro ou em segundo lugar na exportação mundial. O ano está só começando”.

Promoção global do produto

Em junho deste ano, a ANEA, juntamente com a Associação Americana de Exportadores de Algodão (ACSA) e com a Associação Australiana de Exportadores de Algodão (ACSA), assinaram um acordo que visa contribuições positivas para toda a cadeia produtiva e de abastecimento da fibra e o seu desenvolvimento econômico global.

“O objetivo deste acordo é promover o consumo do algodão mundo afora, independente da origem. O algodão tem perdido muita participação de mercado para as fibras sintéticas, especificamente para o poliéster, nos últimos 30 anos. Queremos, de alguma forma, recuperar uma parte desse mercado perdido”, explicou Miguel Faus.

Em sua fala, o representante da ANEA afirmou que se o consumo no mundo aumenta, beneficia todos os países, incluindo o Brasil. “Isso deve ser importante. O Brasil está aumentando sua produção ano a ano. Já somos o terceiro maior produtor e esse ano passou a ser o primeiro maior exportador de algodão, então a gente precisa ter mercado para colocar nossa fibra. Uma vez nosso objetivo sendo alcançado vai beneficiar, diretamente, os produtores brasileiros”, finalizou. (Da SNA)

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