Criada em 27/09/2018 às 17h25 | Pesquisa

Brasil fechou o ano passado com 214,9 milhões de cabeças de bovinos; redução é de 1,5% em relação a 2016, aponta IBGE

Entre os municípios, São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS) tiveram as maiores participações. Resultados fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgada pelo IBGE. Outros segmentos do agronegócio constam no estudo.

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O rebanho bovino continuou apresentando crescimento na região Norte do País, que possui o segundo maior efetivo (foto: Mapa\Divulgação)

Em 2017, o efetivo de bovinos no país foi de 214,9 milhões de cabeças, redução de 1,5% em relação a 2016. O Centro-Oeste permaneceu na liderança entre as regiões, com 34,5% do total nacional. Mato Grosso teve uma maior participação entre as unidades da federação (13,8% do efetivo nacional). Entre os municípios, São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS) tiveram as maiores participações.

A produção de leite em 2017 totalizou 33,5 bilhões de litros, com recuo de 0,5% em relação a 2016. Minas Gerais liderou, com 26,6% da produção nacional. Entre os municípios, Castro (PR) foi o maior produtor. A produtividade, o número médio de litros de leite por ano, foi de 1.963 litros no país em 2017. O Sul (3,284 litros) registrou a melhor média. Entre os municípios, Araras (SP), Carambeí (PR) e Castro (PR) registraram maior produtividade.

O total de galináceos foi de 1,4 bilhões de cabeças. Paraná (25,3%), São Paulo (14,0%) e Rio Grande do Sul (11,0%) tiveram as maiores participações. A produção nacional de ovos de galinha totalizou 4,2 bilhões de dúzias em 2017, 11,6% superior ao obtido em 2016. São Paulo (26,4%) e Paraná (9,6%) foram os maiores produtores. Já o efetivo de codornas foi de 15,5 milhões de cabeças, acréscimo de 12,0% frente a 2016.

O efetivo de 2015 foi de 41,1 milhões, expansão de 3,0% em comparação com 2016. Santa Catarina (19,7%), Paraná (17,2%) e Rio Grande do Sul (14,6%). ) foram as UFs com maiores participações. Toledo (PR), Rio Verde (GO) e Uberlândia (MG) foram os municípios com os maiores efetivos.

PRODUÇÃO DE PEIXE

A produção de peixes totalizou 485,2 mil toneladas em 2017, resultado 2,6% menor ao obtido em 2016. Paraná (20,2%), São Paulo (9,8%) e Rondônia (8,2%) tiveram as maiores participações. Entre os municípios, Nova Aurora (PR) liderou a produção nacional. A principal espécie produzida no país foi a tilápia, com 283,2 mil toneladas, representando 58,4% da piscicultura.

CAMARÃO E OUTROS

A produção de camarão foi de 41,0 mil toneladas, recuo de 21,4% frente a 2016. Rio Grande do Norte (37,7%) e Ceará (28,9%) foram os maiores produtores. Aracati (CE), foi o município com maior participação.

A produção de ostras, vieiras e mexilhões foi de 20,9 mil toneladas em 2017, aumento de 0,5% em relação a 2016. Santa Catarina (98,1% da produção nacional) foi o principal estado produtor e Palhoça (SC), Florianópolis (SC) e Bombinhas (SC) foram os municípios com maiores participações.

OS CAPRINOS

A região Nordeste abrigou 93,2% do rebanho de caprinos e 64,2% do rebanho de ovinos em 2017, com destaque para Bahia. A atividade de produção de lã foi quase toda concentrada na região Sul, com destaque para o Rio Grande do Sul, que respondeu por 94,1% do total nacional.

MEL NO BRASIL

A produção de mel em 2017 foi de 41,6 mil toneladas de mel, aumento de 5,0% em comparação com 2016.

Os resultados fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2017. A publicação e os materiais de apoio da pesquisa estão nesta página.

REGIÃO CENTRO-OESTE

Em 2017 o efetivo de bovinos no Brasil foi de 214,9 milhões de cabeças, queda de 1,5% com relação a 2016, que foi ano recorde da série histórica, iniciada em 1974. O ano foi marcado por aumento no abate de matrizes, influenciado por baixos preços do bezerro e da arroba.

A região Centro-Oeste apresentou 74,1 milhões de cabeças, respondendo por 34,5% do total nacional em 2017, seguida por Norte (22,6%), Sudeste (17,5%), Nordeste (12,9%) e Sul (12,6%). O Mato Grosso permaneceu como maior produtor entre as UFs (13,8% do total nacional). Entre os municípios, São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS) tiveram as maiores participações.

REGIÃO NORTE

O rebanho bovino continuou apresentando crescimento na região Norte do País, que possui o segundo maior efetivo, sendo a única a apresentar crescimento em 2017, com variação de 1,0% em relação a 2016. De 2007 a 2017, o rebanho bovino cresceu 28,0%, a maior variação entre as regiões no período.

Dentre os dez municípios que mais expandiram seus rebanhos em números absolutos nos últimos dez anos, sete encontravam-se no Pará. E dos 20 com os maiores efetivos de bovinos em 2017, 11 estavam no Centro-Oeste e nove no Norte. São Félix do Xingu (PA), líder no efetivo nacional em 2017, teve crescimento do rebanho de 23,6% nos últimos dez anos. Em 2010, o município ultrapassou Corumbá (MS) no ranking municipal.

REBANHO SUÍNO

O rebanho nacional de suínos cresceu 3,0% em 2017 frente a 2016, somando 41,1 milhões de cabeças, o maior resultado da série histórica da pesquisa, iniciada em 1974. A região Sul concentrou o maior efetivo, respondendo por 51,0% do total nacional, seguida por Sudeste (16,8), Centro-Oeste (15,1%), Nordeste (13,2%) e Norte (3,8%).

Do rebanho nacional de suínos, 11,5% eram matrizes (fêmeas destinadas à reprodução). Desse total, 41,5% estava concentrado na região Sul com a seguinte distribuição: Santa Catarina (16,1%), Paraná (13,4%) e Rio Grande do Sul (12,0%). Já entre os municípios, Toledo (PR), Rio Verde (GO) e Uberlândia (MG), lideraram os contingentes tanto de suínos quanto de matrizes de suínos.

PRODUÇÃO DE AVES

O efetivo de galináceos foi de 1,4 bilhões de cabeças em 2017, o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 1974, aumento de 6,0% em relação a 2016. A região Sul foi responsável por 47,1%, seguida do Sudeste, com 26,1%. Somente o Paraná abrigou 25,3% do efetivo nacional. Entre os demais destacaram-se: São Paulo (14,0%), Rio Grande do Sul (11,0%), Santa Catarina (10,8%). Esses dois últimos inverteram as posições, na passagem de 2016 para 2017.

Já o efetivo de galinhas totalizou 242,8 milhões de cabeças, aumento de 11,4% em relação a 2016. Sudeste (38,7%) e Sul (26,0%), com aumentos de mais de 10% em relação a 2016, registraram as maiores participações no total nacional. Entre as UFs, São Paulo liderou, respondendo por 21,9%, seguido por Paraná (10,1%), Rio Grande do Sul (8,8%), Minas Gerais (8,7%) e Espírito Santo (7,9%).

Santa Maria de Jetibá (ES) foi o município que apresentou o maior efetivo de galináceos e também, pela primeira vez, de galinhas. Bastos (SP), ficou em segundo lugar em, também, ambos os efetivos. O terceiro maior efetivo municipal de galináceos foi observado em Nova Mutum (MT), enquanto que o de galinhas foi em Itanhandu (MG).

CAPRINOS NO NORDESTE

A região Nordeste abrigou 93,2% do rebanho de caprinos e 64,2% do rebanho de ovinos em 2017. A criação dessas espécies possui grande importância econômica e social no Nordeste, onde foi possível observar aumento do efetivo nos últimos anos. Este contingente apareceu em maior número na Bahia, que concentrou 30,9% do efetivo de caprinos e 20,9% do rebanho de ovinos nacional. Casa Nova (BA) ficou com a primeira posição no ranking municipal com os maiores efetivos das duas espécies.

A atividade de tosquia de ovinos, por sua vez, permaneceu predominante na região Sul, responsável por 99,0% da produção de lã no país em 2017. O Rio Grande do Sul continuou sendo o estado com maior participação nacional, representando 94,1% do total. Os municípios de Santana do Livramento, Alegrete e Quaraí, todos do Rio Grande do Sul, lideraram a atividade.

PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE

A produção nacional de leite foi de 33,5 bilhões de litros em 2017, recuo de 0,5% frente a 2016. As regiões Sul (35,7%) e Sudeste (34,2%) tiveram as maiores participações. Minas Gerais, com 26,6% da participação nacional, foi o principal produtor entre os estados, liderando também o efetivo de vacas ordenhadas (20,0%). Entre os municípios, Castro (PR) liderou, com 264,0 milhões de litros produzidos, uma diferença de mais de 70 milhões de litros para o segundo colocado, Patos de Minas, que produziu 191,3 milhões.

A comparação entre os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) e da Pesquisa Trimestral do Leite mostrou que 72,7% do leite produzido no país passaram por inspeção sanitária.

Em relação ao número de vacas ordenhadas, a região Sudeste liderou com 30,4% de participação nacional, no entanto, o Sul, com 21,4% da participação, obteve a maior produtividade, ou seja, o número médio de litros de leite obtido no ano por cabeça. No Sudeste a média foi de 2.209 litros enquanto que o Sul registrou 3.284 litros. A média nacional foi de 1.963 litros em 2017, expansão de 14,7% frente a 2016. Entre os municípios, Araras (SP), Carambeí (PR) e Castro (PR) registraram maior produtividade.

O preço médio nacional do leite em 2017 ficou em R$ 1,1/litro, uma queda de 5,6% em relação a 2016, ano que registrou o maior valor da série histórica ocasionado principalmente pela queda na produção e competição pelo produto por parte da indústria. O valor de produção no ano gerado na atividade foi de R$ 37,1 bilhões.

OVOS DE GALINHA

A produção nacional de ovos de galinha em 2017 foi de 4,2 bilhões de dúzias, 11,6% superior ao obtido em 2016, gerando um rendimento de R$ 13,5 bilhões. Destaca-se que com as operações do Censo Agropecuário realizado em 2017 foram encontradas novas granjas com grande capacidade de alojamento e de produção de ovos, levando ao aumento da estimativa pelo IBGE.

A região Sudeste (44,8% do total nacional) foi a maior produtora, seguida pelo Sul (24,1%). Entre as UFS, São Paulo liderou, com 26,4% da produção, seguido pelo Paraná (9,6%). Entre os municípios, Santa Maria de Jetibá (ES) se tornou o principal município produtor, posição ocupada por Bastos (SP) até o ano de 2016. Bastos (SP) ocupou agora a segunda posição, seguido por Primavera do Leste (MT).

PRODUÇÃO DE MEL

Em 2017 foram produzidas 41,6 mil toneladas de mel de abelha em 3.879 municípios no país, um aumento de 5,0% na produção nacional em relação ao ano anterior, registrando o segundo maior valor da série histórica, iniciada em 1974 (em 2011 o total foi de 41,8 mil toneladas). A produção ocorreu em 3.879 municípios e foi estimada em R$ 513,9 milhões.

A região Sul foi a principal produtora de mel, respondendo por 39,7% do total nacional. A região Nordeste, favorecida pelo aumento da ocorrência de chuvas, após seis anos consecutivos de estiagem, também se destacou, subindo sua participação para 30,7% da produção nacional de mel em 2017, contra 26,2% em 2016.

Entre as UFs com maior participação na produção nacional em 2017 destacaram-se: Rio Grande do Sul (15,2%), Paraná (14,3%), Minas Gerais (10,9%), Piauí (10,6%) e Santa Catarina (10,2%). Já entre os municípios, Ortigueira (PR), Itatinga (SP) e Campo Alegre de Lourdes (BA) lideraram o ranking.

VALOR DE PRODUÇÃO

Dentre os produtos analisados pela pesquisa (com exceção da produção da aquicultura) ovos de galinha e leite de vaca tiveram destaque em valor de produção em 2017. Santa Maria de Jetibá (ES) apresentou o maior valor de produção entre todos os municípios, com R$ 931,3 milhões. Desse total, 95,3% foi proveniente da venda de ovos de galinha. Bastos (SP) ficou em segundo lugar, com R$ 841,8 milhões, sendo 96,2% correspondente também à venda de ovos de galinha. Em terceiro lugar ficou Castro (PR), que alcançou R$ 322,9 milhões, sendo 98,1% do total originado da venda de leite de vaca.

PISCICULTURA CRESCE

A produção da piscicultura no país totalizou 485,2 mil toneladas em 2017, queda de 2,6% em relação a 2016. A produção cresceu nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste e caiu na Região Norte, líder no ranking até ano passado.

O Paraná assumiu a liderança entre as UFS, após aumento considerável na despesca, sobretudo no Oeste do estado, onde a atividade vem sendo estimulada por fatores estruturais. Em seguida, apareceram São Paulo, Rondônia e Mato Grosso. Nova Aurora (PR) foi o principal município produtor, seguido de Aparecida do Taboado (MS), Glória (BA) e Morada Nova de Minas (MG).

TILÁPIA NO PAÍS

A tilápia permaneceu como a espécie mais criada no Brasil em 2017, representando agora mais da metade do total da piscicultura: 58,4%. A região Sul continuou sendo a maior produtora de tilápia, com 42,0% da criação nacional, seguida por Sudeste e Nordeste. Paraná, São Paulo e Minas Gerais foram os maiores estados produtores. Entre os municípios, lideraram: Nova Aurora (PR), Aparecida do Taboado (MS) e Glória (BA)

O tambaqui, com 18,2%, se manteve como a segunda espécie mais criada. Mesmo com queda, a região Norte permaneceu como a maior produtora da espécie. Entre as UFs com maior participação na produção nacional destacaram-se Rondônia, Maranhão e Roraima. Amajari (RR) foi o município com a maior produção, seguido por Almas (TO) e Ariquemes (RO).

RISCO AO CAMARÃO

A produção de camarão foi de 41,0 mil toneladas em 2017, recuo de 21,4% em relação a 2016. A região Nordeste respondeu por quase toda a produção do país, com 98,8% do total. Entre as UFS destacaram-se: Rio Grande do Norte (37,7%), que passou a liderar o ranking após a produção do Ceará passar de 48,8% em 2016 para 28,9% em 2017.

A criação de títulos como a UFS vem sendo afetada por uma nova geração de Símbolos da Mancha Branca, cujo desenvolvimento envolve a produção de uma imagem e o retorno econômico da atividade. Sem classificação municipal, mesmo com queda, Aracati (CE) se manteve como maior produtor, seguido de Canguaretama (RN) e Arês (RN).

OSTRAS, VIEIRAS E MEXILHÕES

A produção de ostras, vieiras e mexilhões foi de 20,9 milhões em 2017, um aumento de 0,5% em relação a 2016. Santa Catarina foi o principal estado produtor, responsável por 98,1% da produção nacional. Palhoça (SC), Florianópolis (SC) e Bombinhas (SC) lideraram o ranking dos municípios. ( Comunicação do IBGE)

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