O rebanho bovino nacional voltou a se recuperar após dois anos consecutivos de queda. Com leve alta (0,4%) em 2019, o número de reses no país chegou a 214,7 milhões. Mato Grosso segue na liderança, com 31,7 milhões de cabeças de gado, respondendo por 14,8% do rebanho nacional, mas o município com a maior quantidade de bovinos foi São Félix do Xingu (2,2 milhões), no Pará.
O valor de produção dos principais produtos pecuários cresceu 9,0% em 2019, chegando a R$ 59,3 bilhões. A produção de leite concentrou 72,8% deste valor, seguida pela produção de ovos de galinha (25,6%), mel (0,8%), ovos de codorna (0,6%), lã (0,1%) e casulos de bicho da seda (0,1%). Considerando esses produtos, o maior valor de produção foi observado na região Sudeste, que concentrou 35,8% do total nacional, seguida pela região Sul, com 30,9% (R$ 18,3 bilhões). Em todas as grandes regiões, houve aumento em relação a 2018. Minas Gerais foi o estado com maior valor de produção: R$ 13,0 bilhões.
O volume de leite produzido em 2019 (34,8 bilhões de litros) foi o segundo maior da série iniciada em 1974, inferior apenas ao de 2014 (35,1 bilhões de litros). Frente a 2018, a produção nacional de leite cresceu 2,7%, enquanto o efetivo de vacas ordenhadas (16,3 milhões) caiu 0,5%, resultando numa produtividade de 2.141 litros de leite/vaca/ano. O Sudeste voltou a ser o maior produtor, com alta de 4,4% no volume de leite e participação de 34,3% na produção nacional. Minas Gerais, com maior efetivo de vacas ordenhadas (3,1 milhões), teve, no ano, redução de 0,3% no total de animais.
O total de galináceos (1,5 bilhão de cabeças) ficou praticamente estável em relação a 2018, com variação de 0,1% (ou 940 mil animais). Entre os estados, os líderes foram Paraná (26,5% do total nacional), São Paulo (14,0%) e Rio Grande do Sul (10,5%); entre os municípios, Santa Maria de Jetibá (ES), Cascavel (PR) e Bastos (SP).
Já a produção nacional de ovos de galinha bateu novo recorde: 4,6 bilhões de dúzias em 2019, com alta de 4,2% frente a 2018. O Sudeste foi responsável por 43,4% daquele total e o estado de São Paulo foi o maior produtor (25,4%).
O rebanho suíno caiu 1,6%, totalizando 40,6 milhões de animais, mas o número de matrizes de suínos (4,8 milhões) teve leve alta (0,5%), crescendo pelo terceiro ano consecutivo. A região Sul detém o maior rebanho suíno e concentra 49,5% do total, apesar da queda de 2,4%, no ano. Santa Catarina é líder com 7,6 milhões de suínos, e o maior rebanho municipal foi o de Toledo, no Paraná (1,2 milhão).
A piscicultura cresceu 1,7%, chegando a 529,6 mil toneladas. Com alta de 4,8% na produção, a região Sul seguiu na liderança, respondendo por 32,9% da piscicultura nacional. A tilápia continua sendo a principal espécie produzida, com 323,7 mil toneladas, ou 61,1% do total.
Esses resultados fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2019, que traz ainda dados sobre bubalinos (1,4 milhões), equinos (5,9 milhões), caprinos (11,3 milhões), ovinos (19,7 milhões), codornas (17,4 milhões), ovos de codorna (315,6 milhões de dúzias), mel (46,0 mil toneladas), casulos do bicho-da-seda (3,1 mil toneladas), lã (8,3 mil toneladas) e ovinos tosqueados (2,7 milhões), ostras, vieiras e mexilhões (15,2 mil toneladas) e camarão de cativeiro (54,3 mil toneladas).
Mato Grosso e Nordeste puxam crescimento do rebanho bovino
Com uma leve alta de 0,4% em 2019, o rebanho bovino nacional voltou a se recuperar após dois anos consecutivos de queda, chegando a 214,7 milhões de cabeças de gado. Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais mantiveram os postos de maiores rebanhos brasileiros e juntos foram responsáveis por 35,7% do total.
Mato Grosso teve um aumento de 5,1% em relação a 2018, totalizando 31,7 milhões de animais, sendo responsável por 14,8% do total do efetivo nacional. Já Goiás manteve o efetivo estável e fechou o ano com 22,8 milhões de cabeça de gado. Minas Gerais teve alta de 1,0% e atingiu a marca de 22,0 milhões de bovinos.
Com 74,0 milhões de cabeças de gado, o Centro-Oeste continuou na liderança, participando com 34,5% de todo o rebanho bovino nacional. O Nordeste, com 28,6 milhões de bovinos, apresentou o maior crescimento em números absolutos: 756,3 mil cabeças de gado, ou mais 2,7%. Já as regiões Sul e Sudeste tiveram decréscimos de 2,8% e 0,2%, respectivamente.
Paraná e Rio Grande do Sul foram os responsáveis pela queda do rebanho sulista. Com 12,0 milhões de animais, o Rio Grande do Sul teve queda de 4,6% no rebanho. No Paraná, a queda foi de 3,3%, totalizando 9,0 milhões de cabeças de gado. Já na região Sudeste, as quedas vieram dos estados de São Paulo (-2,6%) e Rio de Janeiro (-0,8%).
Entre os municípios, São Félix do Xingu (PA) continuou líder em efetivo de bovinos, com 2,2 milhões de cabeças de gado. Corumbá (MS) seguiu em segundo lugar, com 1,8 milhão de animais. Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) se deslocou da sétima para terceira posição, após alta de 14,0% do seu rebanho, chegando a 1,2 milhão de animais.
Valor de produção dos principais produtos pecuários cresce 9,0% em 2019
O valor de produção dos principais produtos pecuários cresceu 9,0% em 2019, chegando a R$ 59,3 bilhões. A produção de leite concentrou 72,8% deste valor, seguida pela produção de ovos de galinha (25,6%), mel (0,8%), ovos de codorna (0,6%), lã (0,1%) e casulos de bicho da seda (0,1%).
Considerando esses produtos, o maior valor de produção foi observado na região Sudeste, que concentrou 35,8% do total nacional, totalizando R$ 21,2 bilhões. Em seguida, com 30,9% do total, vem a região Sul, com R$ 18,3 bilhões. O Nordeste ficou com 16,4% do valor total (R$ 9,7 bilhões), o Centro-Oeste com 11,7% (R$ 6,9 bilhões) e o Norte com 5,2% (R$ 3,1 bilhões).
Todas as regiões do Brasil apresentaram aumento nos seus valores de produção de 2018 para 2019. A Região responsável pela maior parte desse valor de produção foi a Sudeste, seguida pela Sul e depois pela Nordeste.
Já os cinco estados com os maiores valores foram: Minas Gerais (R$ 13,0 bilhões), Paraná (R$ 7,2 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 6,3 bilhões), São Paulo (R$ 5,9 bilhões) e Goiás (R$ 4,8 bilhões), todos com aumento em relação 2018. Das 27 Unidades da Federação, apenas cinco tiveram redução no seu valor de produção: Rondônia, Maranhão, Piauí, Acre e Roraima.
Com 34,8 bilhões de litros, produção de leite é a segunda maior desde 1974
A produção nacional de leite em 2019 foi de 34,8 bilhões de litros, um aumento de 2,7%, atingindo o segundo maior volume da série histórica, iniciada em 1974, atrás apenas do ano de 2014 (35,1 bilhões de litros).
Com um aumento de 4,4%, o Sudeste voltou a ser o maior produtor de leite, com 34,3% de participação, posição que estava com a região Sul desde 2014. Esta, por sua vez, respondeu por 33,4% da produção. O Nordeste também foi destaque, com crescimento de 8,4%, maior aumento proporcional em nível regional. Minas Gerais seguiu como maior produtor, com 27,1% do total e aumento de 5,7%.
O efetivo de vacas ordenhadas em 2019 foi de 16,3 milhões de animais, 0,5% menor em relação ao ano anterior. Os três maiores estados em efetivos de vacas ordenhadas apresentaram decréscimos: Minas Gerais (-0,3%), Goiás (-2,3%) e Paraná (-3,7). Minas Gerais continuou com o maior rebanho leiteiro, com 3,1 milhões de cabeças de animais, equivalente a 19,3% do rebanho nacional. Goiás seguiu em segundo lugar, com 1,9 milhão de animais, e o Paraná ficou em terceiro lugar, com 1,3 milhão de vacas ordenhadas.
Com aumento na produção e decréscimo no número de animais, 2019 foi mais um ano com ganho de produtividade do rebanho leiteiro, atingindo a marca de 2.141 litros de leite/vaca/ano. A região Sul apresentou as maiores produtividades, liderada por Santa Catarina (3.816 litros de leite/vaca/ano).
O preço médio nacional pago pelo litro do leite subiu 6,7% em 2019, chegando a R$ 1,24 por litro. O valor da produção do leite apresentou acréscimo de 9,6%, resultado da combinação de aumentos na produção e no preço, atingindo R$ 43,1 bilhões.
O número de municípios produtores de leite chegou a 5.513. Dos dez maiores produtores, sete são mineiros. O primeiro lugar, porém, ficou no Paraná, no município de Castro, com 280 milhões de litros, apesar da redução de 4,2%. Em segundo lugar, Patos de Minas (MG) teve acréscimo de 1,5% e atingiu 195,8 milhões de litros de leite. Em terceiro lugar, ficou Carambeí (PR), com produção de 180,0 milhões de litros de leite.
Regiões Sul e Sudeste compartilham liderança na avicultura
Em 2019, o total de galináceos – galos, galinhas, frangos, frangas, pintos e pintainhas– no país foi de 1,5 bilhão de cabeças, com pequena variação (0,1%, ou mais 940 mil animais) frente a 2018.
A região Sul, que desde 1983 é líder nesse efetivo, teve 46,0% dos galináceos do país. Em segundo lugar veio o Sudeste, com 25,4%. Entre os estados, Paraná ocupa a liderança, com 26,5%, seguido por São Paulo (14,0%), Rio Grande do Sul (10,5%), Santa Catarina (8,9%) e Minas Gerais (8,2%).
Considerando apenas as estimativas de galinhas, a situação se inverte. O Sudeste, com um aumento de 1,7% e 94,9 milhões de animais, ficou em primeiro lugar, representando 38,1% do total nacional de 249,1 milhões. A região Sul vem em segundo, com 24,4%. Os estados com as maiores participações foram: São Paulo (22,1%), Paraná (10,2%), Minas Gerais (8,3%), Rio Grande do Sul (7,7%) e Espírito Santo (7,5%).
Entre os municípios, Santa Maria de Jetibá (ES) seguiu com o maior efetivo de galinhas e de galináceos. Para galinhas, em seguida vieram Bastos (SP), Primavera do Leste (MT), São Bento do Una (PE) e Itanhandu (MG). Para galináceos, seguiram Cascavel (PR), Bastos (SP), Itaberaí (GO) e Rio Verde (GO).
Produção de ovos chega a 4,6 bilhões de dúzias e bate novo recorde
A produção nacional de ovos de galinha cresceu 4,2% frente a 2018 e bateu novo recorde: 4,6 bilhões de dúzias em 2019, com valor de R$ 15,1 bilhões. A região Sudeste foi responsável por 43,4% do total produzido em 2019, e o estado de São Paulo foi o maior produtor nacional (25,4%).
Entre os 5 439 municípios com produção de ovos de galinha em 2019, os cinco principais são os mesmos do ranking de efetivos de galinha: Santa Maria de Jetibá (ES), Bastos (SP), Primavera do Leste (MT), São Bento do Una (PE) e Itanhandu (MG).
Cresce a participação do Espírito Santo na produção de codornas e ovos de codorna
Em 2019, tanto o efetivo quanto a produção de ovos de codorna tiveram aumentos (3,4% e 5,9% respectivamente). Foram 17,4 milhões de aves e 315,6 milhões de dúzias de ovos.
O Sudeste responde pela maior parte de ambos: 64% das codornas e 67,3% da produção de ovos, tendo destaque São Paulo (23,8% das codornas e 23,6% dos ovos), Espírito Santo (22,4% das aves e 25,9% da produção de ovos) e Minas Gerais (16,1% das aves e 16,6% dos ovos). Em 2018, São Paulo liderava ambas as séries, porém, nas últimas edições da pesquisa, apresentou estabilidade da quantidade de animais e queda do volume de ovos. Em contrapartida, o Espírito Santo mostrou aumento em ambos os itens (10,0% em aves e 14,9% em ovos), resultado de investimentos na atividade na região, levando-o a se destacar cada vez mais nesse segmento, ultrapassando São Paulo e liderando a produção de ovos de codorna em 2019.
No ranking municipal, Santa Maria de Jetibá (ES) ocupa a primeira posição tanto na quantidade de animais, quanto na produção de ovos, seguido de Bastos (SP).
Bahia lidera criações de caprinos e ovinos
As criações tanto de caprinos (cabras e bodes) quanto de ovinos (ovelhas e carneiros) seguiram com aumento em 2019: respectivamente, 5,3% e 4,1%, totalizando 11,3 milhões de caprinos e 19,7 milhões de ovinos. O Nordeste foi responsável por 94,6% do total de caprinos e 68,5% do total de ovinos. Bahia é o principal estado para ambas as criações, com 31,0% do rebanho caprino e 22,8% do rebanho ovino.
Os três municípios com maior efetivo de caprinos foram Casa Nova, Juazeiro e Curaçá – todos baianos. Para os ovinos, Casa Nova (BA) também apresentou o maior efetivo, seguido por Santana do Livramento (RS), Remanso (BA) e Juazeiro (BA).
Rebanho suíno cai 1,6% em 2019
Em 2019, foram contabilizados 40,6 milhões de suínos, uma retração de 1,6%. Em contrapartida, o número de matrizes de suíno apresentou leve acréscimo pelo terceiro ano consecutivo e atingiu a marca de 4,8 milhões, alta de 0,5%.
Mesmo com a queda de 2,4%, a região Sul ainda detém o maior rebanho suíno, concentrando 49,5% do total, com 20,0 milhões de suínos. Apenas o Nordeste teve alta (2,1%) no efetivo suíno, chegando a 5,9 milhões de animais.
Santa Catarina mantém a liderança com 7,6 milhões de suínos, seguida por Paraná (6,8 milhões) e Rio Grande do Sul (5,6 milhões). Dos dez maiores estados produtores, seis apresentaram decréscimo: Santa Catarina (-4,8%), Paraná (-0,8), Rio Grande do Sul (-1,0%), Minas Gerais (-1,3%), Mato Grosso (-5,6%) e Goiás (-4,6%).
Entre os municípios, os maiores rebanhos foram observados em Toledo (PR), com 1,2 milhão, Rio Verde (GO), com 700,0 mil, e Uberlândia (MG), com 624,5 mil animais.
Produção de mel cresce 8,5% e chega a 46,0 mil toneladas
Em 2019 a produção nacional de mel atingiu 46,0 mil toneladas, um aumento de 8,5% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, devido à queda no preço médio do mel pelo segundo ano consecutivo, houve queda de 1,8% no seu valor de produção, que totalizou R$ 493,7 milhões.
A região Sul continua sendo a principal produtora, com 38,2% do total, seguida região Nordeste, que, com o aumento de 10,7% (1,5 mil toneladas a mais), chegou a 34,3% da produção nacional. O Sudeste (21,4%) veio a seguir.
O Paraná teve a maior produção (15,7%), seguido por Rio Grande do Sul (13,6%), Piauí (10,9%), São Paulo (9,8%) e Minas Gerais (9,2%). Em nível municipal, Ortigueira (PR), Botucatu (SP) e Arapoti (PR) foram os principais produtores.
Produção de peixes cresce 1,7%, com destaque para criação de Tilápia
A piscicultura brasileira produziu 529,6 mil toneladas em 2019, com alta de 1,7% frente a 2018. A região Sul seguiu na liderança, respondendo por 32,9% da piscicultura nacional com aumento de 4,8% na produção.
Desde 2016, o Paraná assumiu a liderança do ranking de estados (23,9%). Nova Aurora (PR) foi o principal município produtor, seguido por Morada Nova de Minas (MG), Ariquemes (RO) e Toledo (PR).
Com alta de 3,5% no ano, a Tilápia continuou sendo a principal espécie, totalizando 323,7 mil toneladas, ou 61,1% do total da piscicultura nacional. Sua criação está concentrada principalmente no Sul e no Sudeste. O Tambaqui, segunda espécie mais produzida (19,1%), predomina na região Norte, e totalizou 101,1 mil toneladas. São ainda coletadas informações sobre a criação de outras espécies, como tambacu e tambatinga, carpa, pacu e patinga, pintado, etc.
Produção de camarão cresce pelo segundo ano consecutivo
A produção de camarão criado em cativeiro cresceu 18,8%, totalizando 54,3 mil toneladas em 2019. O Nordeste é responsável por quase toda a produção do país, com 99,6% do total nacional. Na região, destacam-se o Rio Grande do Norte (38,2%) e o Ceará (30,8%). Pendências (RN) continua liderando o ranking dos 169 municípios que produziram camarão em 2019, seguido por Aracati (CE), Canguaretama (RN) e Arês (RN). (Da Agência IBGE)
Deixe um comentário