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DANIEL MACHADO
DE BRASÍLIA (DF)
Em novo patamar de vendas para o exterior desde os últimos meses de 2019, as exportações de carne feitas pelo Tocantins caíram 16% em dinheiro e 13% em volume no primeiro bimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Mesmo assim, os registros são os segundos melhores da história, com boa vantagem sobre o terceiro colocado.
Ao todo, o Tocantins vendeu em janeiro e fevereiro 9.269 toneladas de carne por US$ 38,83 milhões (quase R$ 270 milhões). Os números foram analisados pelo Norte Agropecuário após coleta no Comex Stat, o sistema oficial do governo federal de transações comerciais internacionais.
Embora um pouco mais acentuada, a queda das exportações do Estado acompanhou o que ocorreu no Brasil. O país exportou no primeiro bimestre 985 mil toneladas de carne por US$ 2,22 bilhões. O valor é 10% menor do que nos primeiros dois meses do ano passado e o volume é 5% inferior.
PATAMAR E CHINA
A mudança de patamar nas exportações de carne do Tocantins ocorreu principalmente por causa dos negócios com a China, a partir dos últimos meses de 2019. O país que já é disparado o maior comprador de soja do Estado, passou a ser com muita folga o líder na aquisição de carne do Tocantins. Dos mais de US$ 38 milhões vendidos ao exterior entre janeiro e fevereiro de 2021, US$ 24,31 milhões (63%) foram para a China.
NÚMEROS NACIONAIS
Com uma movimentação de 124.488 toneladas, a exportação total de carne bovina (in natura + processada) apresentou queda de 5% em volume em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano passado. Na receita, onde há renegociações em curso e preços melhorando, a queda foi de apenas 1%, obtendo-se US$ 552 milhões.
Em fevereiro de 2020, o Brasil exportou 131.227 toneladas com receita de US$ 560 milhões. Em relação ao mês de janeiro deste ano também houve queda pois naquele mês a movimentação foi de 127.139 toneladas e a receita US$ 549 milhões.
As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados do Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Decex). No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o volume alcançou 251.627 toneladas (-6%) e a receita US$ 1,1 bilhões (-7%). Em 2020, no mesmo período, a movimentação foi de 266.602 e a receita US$ 1,17 bilhões.
Através do continente e da cidade estado de Hong Kong, a China se manteve como o principal comprador do produto brasileiro, adquirindo nos dois primeiros meses de 2021, o total de 153.602 toneladas, ou 61% do volume exportado. No ano passado, no mesmo período, as aquisições foram de 139.916 toneladas ou 52,5% das exportações brasileiras. Segundo a ABRAFRIGO, em janeiro deste ano a China importou 74.707 toneladas e em fevereiro 79.895 toneladas.
Entre os 20 maiores clientes da carne bovina brasileira, o Chile ficou em segundo lugar nas importações, com 10.623 toneladas (-33% em relação aos dois primeiros meses de 2020); na terceira posição veio o Egito, com 8.241 toneladas (-30%); na quarta os Estados Unidos, com movimentação de 7.616 toneladas (+ 156% em relação a 2020); as Filipinas ficaram em quinto lugar, com 7.079 toneladas (+22,7%); Israel em sexto, com 6.359 toneladas(- 2,4%) e em sétimo os Emirados Árabes, com 6.349 toneladas (+ 2,9%). No total, 50 países aumentaram suas importações enquanto outros 74 diminuíram.
Confira, abaixo, os valores em dólares de exportação de carne do Tocantins no primeiro bimestre nos últimos 11 anos:
2021 - 38.832.719
2020 - 46.500.689
2019 - 24.245.063
2018 - 19.142.604
2017 - 21.545.109
2016 - 22.317.142
2015 - 19.497.911
2014 - 34.849.139
2013 - 28.633.010
2012 - 25.619.542
2011 - 12.561.104
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