Criada em 31/07/2018 às 15h55 | Pecuária

Com foco nos Estados que formam a fronteira agrícola do Matopiba, projeto pretende avançar no cruzamento de bovinos

Raças adaptadas ao Brasil, como Curraleiro Pé-Duro, Caracu e Crioulo Lageano, de origem Ibérica, serão cruzadas com os chamados animais comerciais Nelore e Senepol. O estudo será parte do projeto que trabalha a produção de carne com mais qualidade para a região.

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Bovinos Curraleiro Pé-Duro já instalados na fazenda Santa Luzia – (Foto: Geraldo Magela Côrtes Carvalho/Embrapa)

Fernando Sinimbu
DE TERESINA (PI)

O cruzamento de bovinos de raças adaptadas ao Brasil, como Curraleiro Pé-Duro, Caracu e Crioulo Lageano, de origem Ibérica, com animais comerciais – Nelore e Senepol, vai avançar a partir do próximo semestre. O trabalho será executado na fazenda Santa Luzia, no município de São Raimundo das Mangabeiras, no sul do Maranhão, com animais pertencentes à Embrapa.

A ação é uma cooperação técnica orçada em R$ 242.780,00. A Embrapa participa com a metade do orçamento e a fazenda Santa Luzia com a outra parte. Pela parceria, a fazenda vai disponibilizar espaço físico, equipamentos, máquinas, implementos, insumos, mão-de-obra e recursos técnicos e administrativos.

O estudo será parte do projeto Conservação, Caracterização e Uso de Raças Adaptadas, que trabalha a produção de carne com mais qualidade para a região do Matopiba, que compreende os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. “Será um trabalho do componente animal do sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), como estratégia de produção”, explica o pesquisador Geraldo Magela Côrtes Carvalho, da Embrapa Meio-Norte.

Além dos cruzamentos, a equipe vai trabalhar os manejos nutricional, sanitário e genético dos animais. Na ação de caracterização, segundo Carvalho, serão feitos estudos de genômica, crescimento, qualidade da carne e carcaça, “buscando resultados que possam oferecer ao mercado bovinos de qualidade comprovada”. (Da Embrapa Meio-Norte)

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