Criada em 08/03/2022 às 10h49 | Comunicação

Presença feminina no campo ganha espaço

O sistema FAET/SENAR apresenta diversas histórias de mulheres protagonistas no campo. As mulheres atuam nos treinamentos, cursos e programas da entidade, mas também como instrutoras, técnicas de campo e mobilizadoras.

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Histórias inspiradoras como da instrutora Rosa Cardoso, que há 21 anos trabalha no Sistema FAET/Senar. (Foto: Senar)

Cada dia que passa a mulher tem conquistado seu espaço, principalmente no campo, onde sua presença está cada vez mais forte e reconhecida. No sistema FAET/SENAR as mulheres brilham não só como alunas dos treinamentos, cursos e programas da entidade, mas também como instrutoras, técnicas de campo e mobilizadoras. Um time de mulheres que conquistou seu espaço e que se tornou referência nas profissões que escolheram.

Planejamento, gestão e paixão pelo trabalho são algumas das características da técnica de campo, Days Luz. Ela trabalha há 18 anos no agro e comenta que quando iniciou na profissão o cenário era bem diferente quanto à representação feminina no campo. “Assumir um papel no campo já é um enorme desafio para qualquer profissional, mas para nós mulheres se torna mais ainda desafiador por termos um rótulo de sexo frágil”. Days relembra que em vários momentos as próprias mulheres tinham grande dificuldade em aceitar, “muitas vezes, em atendimento ao campo, as esposas dos produtores me chamavam para a cozinha”.

Hoje em dia a engenheira agrônoma que atua na Assistência Técnica e Gerencial do Senar, já percebeu mudanças que apontam que a atuação da mulher no agro está em alta em todos os setores, mostrando profissionalismo com competência, criatividade e versatilidade. “Como profissional e mulher sei da minha responsabilidade nessa trajetória no campo”, destacou. Dayse diz ainda que “a vida no campo é apaixonante, mas também de grandes superações para enfrentar as adversidades do ambiente, das questões culturais e também da desafiadora logística para chegar dentro da porteira”, afirma.

As mulheres que atuam na ATeG representam 19% do total de técnicos de campo e são peças fundamentais da engrenagem do agro. Sugerir técnicas para o plantio de pastagens, indicar defensivos para as pragas e coletar dados de receitas e despesas são algumas das atividades da médica veterinária Karolline Sousa no Senar. Ela que também é técnica destaca que é uma honra ocupar esse espaço que há pouco tempo só existia para os homens. Na sua opinião, um dos motivos do aumento da presença feminina no setor é a atenção aos detalhes, a organização e bom relacionamento com os demais profissionais. “As mulheres do campo deixaram de ser as filhas ou esposas dos produtores, passaram a ser as proprietárias das terras e líderes no meio rural”, pontuou.

São vários exemplos que traduzem o protagonismo da mulher no campo. Histórias inspiradoras como da instrutora Rosa Cardoso, que há 21 anos trabalha no Sistema FAET/Senar. Ela começou como aluna do curso de “Embutidos e Defumados” em 1999, se apaixonou pela área, pela entidade, buscou capacitação e se tornou instrutora do SENAR. Dona Rosa conta que no início os próprios participantes levavam um susto quando chegavam no treinamento. Por ser um curso que tinha o manejo de suínos, habilidade e força, era mais realizado por homens, mas nem por isso ela deixou “a peteca cair”.

“Por estar muito tempo na área, vi muito preconceito contra a mulher sendo quebrado e aos poucos fomos conquistando nosso espaço. Foi por meio do sistema que consegui montar minha própria charcutaria (que produz alimentos defumados), que cresci como mulher e como profissional”, conta emocionada. Dona Rosa faz parte do grupo de instrutores do Sistema FAET/Senar. Atualmente 44% dos agentes de campo da entidade são mulheres. (Da Assessoria)

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