Criada em 28/06/2023 às 08h53 | Agronegócio

Jaime Café elogia Plano Safra e, na linha de integrantes do governo federal, pede redução de juros

Secretário diz esperar que apelo do ministro ao Senado para intervir junto ao Banco Central tenha sucesso: “esperamos que isso tenha ressonância para termos uma melhor condição de seguir desenvolvendo o Brasil”.

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Jaime Café elogia Plano Safra e, na linha de integrantes do governo federal, pede redução de juros. (Foto: Divulgação)

Daniel Machado
De Palmas (TO)

Presente na cerimônia de lançamento do Plano Safra no Palácio do Planalto, em Brasília, na manhã desta terça-feira, 27 de junho, o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Aquicultura, Jaime Café, elogiou o aumento do volume de recursos previstos para serem destinados pelo principal instrumento de financiamento do agronegócio e da agropecuária no país.

“O plano esse ano vem com um acréscimo de 27% no volume de recursos em relação ao ano passado. Isso tanto para custeio, quanto para investimento, mas especialmente em investimentos para reforma de áreas degradadas. Há muito recurso pra para calcário, por exemplo. É uma política acertada nesse sentido”, ressaltou o secretário.

Lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Plano Safra deste ano prevê recursos da ordem de R$ 364,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024. O dinheiro será destinado para o crédito rural para produtores enquadrados no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) e demais. O valor reflete um aumento de cerca de 27% em relação ao financiamento anterior (R$ 287,16 bilhões para Pronamp e demais produtores).

Café também se juntou aos esforços do governo federal para que haja uma redução na taxa básica de juros do Brasil, beneficiando também o setor produtivo. Na cerimônia, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, fez duras críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por causa da manutenção da taxa Selic de 13,75%.

O presidente Lula, vários ministros do governo, empresários e agentes do mercado têm criticado muito Campos Neto por causa da manutenção desses juros e cobrado uma redução imediata, tendo em vista que a inflação está controlada e a economia dá muitos sinais positivos. Para Jaime Café, também está na hora de o Brasil reduzir os juros e facilitar o crédito.

“Preocupante e foi colocado inclusive pelo próprio ministro do Fávaro é que as taxas de juros não são as adequadas para o setor. Eu espero que tenha ressonância o apelo feito por ele para o próprio Senado para que intervenha junto ao Banco Central para que as políticas de crédito junto ao setor agropecuário tenham uma diferenciação. As taxas da Selic estão sendo muito pesadas para os investimentos”, frisou Café.

Por fim, o secretário ressaltou que há um esforço muito grande por parte do governo federal para que as taxas de juros sejam equacionadas -as do Plano Safra são bem menores, variam entre 7% a 12,5% ao ano, mas poderiam ser ainda mais baixas se a Selic fosse diminuída. “Esperamos que essa ressonância chegue no senado e a gente possa ter uma política de juros em melhores condições para que o produtor siga promovendo o desenvolvimento agropecuário do país e do Tocantins”, finalizou. 

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