EDVÂNIA PEREGRINI
De Palmas (TO)
Com a finalidade de melhorar geneticamente, bem como aumentar o rebanho e obter maior produtividade em menor área de produção, o pecuarista de Ponte Alta do Tocantins, Izidório Pereira Pimenta, com apoio técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), está realizando Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em seu rebanho. O protocolo hormonal começou no início do mês, e nessa terça-feira, 10, foi feito o procedimento de inseminação em 200 novilhas da propriedade.
Distante cerca de 15 km do município, a propriedade Rancho Grande II possui uma área de 726 hectares, sendo 435,6 de pastagem para a cria e engorda de bovinos de corte. Já o rebanho é de aproximadamente 700 cabeças em sistema de produção a pasto.
Assistido pelo Ruraltins de Ponte Alta, por meio do Convênio Assistência Técnica para o Médio Produtor (Ater Médio), o produtor, que mantinha a reprodução por monta natural, foi orientado pela técnica Evilene Maria de Souza Dias a investir na tecnologia de IATF para melhorar sua produtividade. “No começo, ele relutou um pouco em virtude das dificuldades e dos investimentos a serem feitos, mas depois viu que era uma oportunidade de melhorar a produtividade do seu rebanho”, destacou a técnica, reforçando ainda que a ação conta com o acompanhamento mensal do médico veterinário do Ruraltins, Fabrício Adriano Pavan.
Para o procedimento, que se desponta como uma das tecnologias de baixo custo, quando o produtor investiu na estruturação do curral, na aquisição do sêmen e na contratação de médico veterinário que acompanha o produtor na realização dos protocolos hormonais, que visam oferecer um maior controle sobre a ovulação, e assim, inseminar um grande número de animais na menor janela de tempo possível.
Sobre a tecnologia aplicada, o produtor Izidório Pereira Pimenta destaca que a intenção é aperfeiçoar a qualidade do rebanho. “Esta ação partiu da técnica do Ruraltins, a Evilene [Maria de Souza Dias], que apresentou as vantagens desse procedimento. Mas confesso que no início eu fiquei desanimado, pela falta de equipamento, mesmo com todo o apoio, assistência e boa vontade, a gente não tinha equipamentos como ultrassom e tive que contratar por fora, tive que fazer alguns investimentos”, relatou.
Já a expectativa do produtor é aumentar o índice de prenhez: “Com a monta natural, talvez eu fosse ter em torno de 60% das vacas prenhas. Já com essa inseminação, eu espero ter em torno de 70 a 80%. É a primeira vez que faço e espero muito que o resultado seja satisfatório”, disse.
Convênio Ater Médio
A assistência técnica ao produtor é realizada por meio do Convênio Ater Médio nº 837123/2016, firmado entre o Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e o Governo do Tocantins, por meio do Ruraltins.
Este convênio tem como objetivo contribuir com o desenvolvimento econômico e social dos médios produtores rurais do Tocantins, de modo a estimular a diversificação da produção, melhorar a produtividade e consequentemente ampliar a renda. A iniciativa contempla três categorias, sendo pecuária de corte/mista (piscicultura), culturas anuais e fruticultura.
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