DANIEL MACHADO
DE BRASÍLIA (DF)
Com pancadas de chuvas escalonadas em outubro, o clima vem ajudando muito o produtor rural que já iniciou o plantio da safra de soja 2021/2022. Até agora, conforme estimativa do presidente da Aprosoja-TO (Associação de Produtores de Soja e Milho do Tocantins), Dari Fronza, cerca de 20% da safra já está semeada.
O tema foi destaque do Norte Agropecuário no Rádio de sexta-feira, 22 de outubro. O programa é veiculado de segunda a sexta-feira, às 7h55 e às 19h55, na Hits FM, 93.5 em Palmas.
“Estamos com a felicidade de receber bons volumes de chuva nos primeiros dias de outubro e desde o dia 9 o pessoal tem plantado. Não tenho um número exato, mas já temos em torno de 20% de nossas áreas semeadas no Estado”, destacou Fronza.
A soja é o principal ativo agropecuário do Tocantins. Apenas de janeiro a setembro, o Estado já exportou mais de R$ 6,2 bilhões de grãos da leguminosa, o que representa 73% de todas as vendas tocantinenses para o exterior.
Conforme Fronza, o plantio cedo da soja também deve ajudar o milho na segunda safra, pois não haverá a necessidade de sair da janela ideal no próximo ano como acabou sendo preciso fazer em 2021 com enorme perda de produtividade.
Em relação à soja, o dirigente ruralista ainda não escondeu o otimismo, ressaltando que há uma expectativa de aumento de área e produtividade. Conforme a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra 2020-2021 de soja ficou em 5,5 milhões de toneladas colhidas de uma área de 1,6 milhão de hectares.
Problemas com insumos
Porém, nem tudo são notícias positivas para os agricultores. Alguns produtores seguem com dificuldades para receber insumos, como adubo e outros, já contratados.
“Infelizmente temos recebido bastante ligação de produtores reclamando”, ressaltou Fronza ao explicar que essas grandes empresas e tradings se negam a entregar os insumos sem que o produtor pague um valor extra. Isso acontece porque os valores internacionais aumentaram muito e, agora, essas empresas, segundo Fronza, não querem cumprir o contrato. Nós ficamos chateados. É muito triste o produtor estar esperando para plantar e ainda não tem o insumo”, lamentou Fronza, ao ressaltar que a Aprosoja-TO está acompanhando o problema e, assim como a Aprosoja Brasil, poderá acionar a Justiça.
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