O ex-prefeito de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, e ex-deputado federal e estadual Agripino de Oliveira Lima Filho, morreu, aos 86 anos, nessa quarta-feira, dia 7. Lima estava internado desde janeiro, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos. Ele havia passado por cirurgia no dia 22 de janeiro, em razão de uma úlcera gástrica hemorrágica causada por um tumor no estômago. Ele se recuperava, mas nos últimos dias sua saúde se agravou.
Ele se notabilizou nacionalmente no ano de 2002, quando usou máquinas e funcionários públicos para bloquear uma rodovia estadual e impedir que uma marcha estimada na época com cerca de mil pessoas, promovida pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), chegasse à cidade. Na época, chamou o então líder do MST, José Rainha Junior, para uma "contenda de mãos limpas" e disse que os sem-terra só entrariam em Presidente Prudente se passassem "por cima de seu cadáver". Depois do impasse, um dia depois, a marcha seguiu seu curso. O Ministério Público abriu inquérito para apurar a conduta do prefeito, mas o caso foi arquivado.
Agripino Lima foi prefeito de Presidente Prudente em três mandatos, além de deputado federal (participou da Assembleia Constituinte), em 1989, e estadual. Em 1997, seu nome chegou a ser cogitado pelo extinto PFL (hoje DEM) para disputar o cargo de governador de São Paulo, mas o partido acabou se coligando a Paulo Maluf (PPB) -derrotado por Mário Covas (PSDB). Em 2016, aos 85 anos, candidatou-se novamente à prefeitura de sua cidade, mas perdeu.
Agripino era chanceler da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Presidente Prudente, uma das maiores instituições privadas de ensino do Estado. A assessoria da universidade confirmou que o velório será no Santuário Morada de Deus, na cidade vizinha de Álvares Machado - local construído por Agripino. O velório ficará aberto para visitação pública das 9h até as 17h desta quinta-feira (8). O sepultamento, em seguida, será restrito para a família. A Prefeitura de Presidente Prudente decretou luto oficial de três dias. A Unoeste fez o mesmo e informou que suspenderá suas atividades acadêmicas e administrativas por três dias, a partir desta quinta. (Com informações da Folha de S.Paulo)
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