O portfólio de produtos do site Hortaliça não é só Salada ganhou novos conteúdos: as informações sobre pimenta biquinho e pimenta malagueta e suas diferentes formas de consumo aliam-se a receitas que mostram como é possível combinar hortaliças com feijão, hortaliças com fruta e hortaliças com pão. Outros títulos também fazem parte do programa, a exemplo do sistema de produção integrada e a questão da rastreabilidade.
Todos os textos contaram com parcerias de pesquisadores da Embrapa Hortaliças e de instituições parceiras. Os textos sobre as pimentas foram escritos com a pesquisadora Claudia Ribeiro e com a analista Sabrina Carvalho, ambas responsáveis pelo programa de melhoramento de pimenta da Unidade. Já o texto Produção Integrada contou com a colaboração do pesquisador Jorge Anderson, coordenador do programa de Produção Integrada desenvolvido em parceria pela Embrapa com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Na redação do texto Rastreabilidade, colaborou Fátima Chieppe Parizzi, fiscal agropecuária aposentada do Mapa, com grande experiência na formulação e implementação da Instrução Normativa Conjunta nº 02/2018, que define os procedimentos para a rastreabilidade de produtos vegetais frescos destinados à alimentação humana.
Todos os temas podem ser acessados na própria página do site ou nos folders disponibilizados para visualização e impressão.
Assim como as anteriores, as novas inserções foram baseadas, de acordo com a pesquisadora da área de Pós-Colheita da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) Milza Lana, idealizadora do programa, da sua percepção sobre temas de interesse da população geral, detectados durante as pesquisas de campo, que sejam alinhados aos objetivos do trabalho. “A exemplo do folder pão, fruta e feijão, a ideia central do Hortaliça não é só Salada é disponibilizar informações sobre as opções de consumo de hortaliças em pratos que tradicionalmente não são associados a esses vegetais”, explica Lana. A inserção no site de novas temáticas, como a rastreabilidade e a produção integrada, normalmente associadas ao produtor, são voltadas ao consumidor, haja vista, segundo ela, de tratarem de sistemas que visam, em última instância, a obtenção de um alimento mais seguro para a população.
“A ideia de ter folders de rastreabilidade e de produção integrada é fazer essa informação chegar também ao consumidor final, porque não adianta o agricultor investir em melhorias no cultivo se ele não tiver uma valorização do seu produto e isso é feito pelo consumidor que vai adquirir a hortaliça”, observa.
Lana sublinha que a rastreabilidade, por exemplo, permite identificar e rastrear todas as etapas seguidas pelo alimento, desde a produção até sua aquisição pelo consumidor final. Caso a hortaliça apresente alguma característica indesejável ou contaminação, a rastreabilidade permite a correta e rápida identificação dos problemas e de seus responsáveis. A rastreabilidade também é importante para que o poder público seja capaz de executar com mais eficiência as ações de vigilância da segurança do alimento.
A produção integrada por sua vez, é um sistema de produção de alimentos de origem vegetal, que se caracteriza pela aplicação de um conjunto de normas técnicas, de modo a garantir que esse alimento seja seguro e tenha alta qualidade. É importante que o consumidor seja capaz de reconhecer este produto no mercado, caso faça a opção por produtos com esta certificação.
Quanto à questão do acesso às informações do site de maneira geral, a pesquisadora chama a atenção para a seção “Divulgue”, onde é disponibilizado um selo com a logomarca do “Hortaliça não é só Salada”. O selo pode ser utilizado por produtores, atacadistas ou varejistas para estampar embalagens de hortaliças ou gôndolas de supermercados para que os clientes sejam direcionados para as informações do site da Embrapa a partir da leitura do QR-Code.
2021 - Ano Internacional de Frutas e Hortaliças
Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o propósito de divulgar a importância das frutas e hortaliças para uma alimentação saudável, assim como identificar e discutir os entraves para esse reconhecimento, o Ano Internacional de Frutas e Hortaliças alinha-se, conforme Lana, aos fundamentos que deram origem ao programa “Hortaliça não é só Salada”.
Nesse sentido, ela lembra que o Brasil, a lei de segurança alimentar e as políticas públicas derivadas, como a política da alimentação saudável, a de combate a doenças crônicas não contagiosas e a do guia alimentar, preconizam que é função do Estado informar a população sobre os hábitos saudáveis de alimentação.
Na mesma linha, o programa também contribui para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em especial os ODS 2 - Fome Zero e ODS 12 - Consumo e Produção Responsáveis. “Então, o programa é uma contribuição da Embrapa para a execução dessas políticas, questão detalhada no livro ‘Hortaliça não é só Salada – Alimentação sem Desperdício', lançado em 2021”. (Da Embrapa)
Deixe um comentário