O Tocantins mais uma vez foi destaque como o Estado da região norte do Brasil que acessa o maior montante de recursos que o Banco da Amazônia destina ao incremento da atividade econômica na região. Por isso, a instituição deve liberar em 2022, cerca de R$ 2,4 bilhões para novos investimentos, sobretudo na área do agronegócio.
Para o presidente da FAET, Paulo Carneiro, a iniciativa reflete o cenário do setor no Tocantins, que está em pleno desenvolvimento, com a chegada constante de novos investidores. Porém, segundo ele, “pra que os nossos produtores e os que estão vindo pro estado possam obter recursos nos bancos para os seus investimentos precisamos de mais agilidade do Naturatins (órgão ambiental do Estado) nas licenças ambientais”.
O presidente Paulo Carneiro, o superintendente da FAET, Frederico Sodré e o presidente do Sindicato Rural de Gurupi, Rafael De Leon participaram de solenidade no gabinete do Governador Wanderlei Barbosa, que tratou da assinatura do Protocolo de Intenções com o Banco da Amazônia, representado pelo presidente da instituição, Valdecir Tose e o superintendente no Tocantins, Marivaldo Melo.
Na ocasião o banco informou que em breve abrirá nova agência em Lagoa da Confusão. O evento contou ainda com secretários, parlamentares e representantes das principais entidades do setor privado como Faciet, Fecomércio, Fieto e Sebrae, além da FAET.
ALTA DEMANDA
Acompanhando o presidente, Rafael De Leon, do SR de Gurupi e encarregado de tratar do assunto das licenças e outorgas, explicou que as exigências do órgão ambiental vão ser mais rigorosas e em vez do protocolo da documentação ambiental, os produtores terão em breve que ter a licença propriamente dita. Com isso, o volume de processos no Naturatins cresceu muito. “Se já era demorado conseguir um protocolo, a licença tá demorando mais ainda e a gente acredita que até o fim do ano, se continuar como está, a situação vai ficar insustentável!”, explicou, justificando que a demanda está acima da capacidade do órgão.
O governador Wanderlei Barbosa pediu atenção especial do Naturatins para o assunto. O presidente do órgão, Renato Jayme presente na reunião, garantiu que os processos estão mais ágeis e que pretende aproximar-se do setor rural para tirar as dúvidas do produtor rural. “Se toda a documentação for entregue corretamente e se ele tiver ciência de tudo que precisa, as licenças poderão ficar prontas em menos tempo”, disse.
TÉCNICOS A DISPOSIÇÃO
Durante o evento realizado no gabinete da Governadoria do Tocantins, Paulo Carneiro, também colocou o sistema FAET/Senar e os técnicos da entidade à disposição para auxiliar os produtores rurais nos projetos de obtenção de crédito junto ao Banco da Amazônia. “Podemos fazer um convênio e capacitar nossos técnicos que hoje já assistem 1.050 produtores rurais no estado pra ajudar principalmente os pequenos que desejam ter acesso ao crédito e não conseguem”, ressaltou. A iniciativa foi elogiada pelo presidente da instituição, Valdecir Tose, que destacou a importância da assistência técnica para o avanço das atividades no campo.
PECUÁRIA VERDE
Segundo o presidente do Basa, Valdecir Tose, neste ano o Banco vai continuar com foco nas linhas verdes como a pecuária verde, que é uma linha de crédito que vai contar com recursos próprios e do FNO. O presidente adiantou que o Banco vai flexibilizar as linhas de financiamento para produção de energia solar verde. “Vai ser possível financiar com o FNO de uma forma muito mais rápida e simples e até março, o financiamento poderá ser feito por meio de aplicativo”, informou.
O Banco da Amazônia deve destinar R$ 1,9 bilhão somente com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), sendo R$ 623 milhões para infraestrutura, R$ 232,47 milhões para o setor empresarial e R$ 1 bilhão para o agronegócio.
No caso da agricultura, o FNO Verde pode beneficiar aqueles que fazem plantio direto, rotação de cultura e outras iniciativas sustentáveis. De acordo com o superintendente rregional do Basa no Tocantins, Marivaldo Melo, o volume de negócios pode ainda crescer conforme a demanda no estado. (Da Faet)
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