Criada em 18/02/2022 às 12h17 | Agronegócio

Faet cobra do governo agilidade em licenças ambientais para facilitar acesso ao crédito

“Para que os nossos produtores e os que estão vindo pro estado possam obter recursos nos bancos para os seus investimentos precisamos de mais agilidade do Naturatins (órgão ambiental do Estado) nas licenças ambientais”, destacou Paulo Carneiro, presidente da Faet.

Imagem
FAET quer que Estado agilize licenças ambientais para facilitar o acesso ao crédito. (Foto: Divulgação)

O Tocantins mais uma vez foi destaque como o Estado da região norte do Brasil que acessa o maior montante de recursos que o Banco da Amazônia destina ao incremento da atividade econômica na região. Por isso, a instituição deve liberar em 2022, cerca de R$ 2,4 bilhões para novos investimentos, sobretudo na área do agronegócio.

Para o presidente da FAET, Paulo Carneiro, a iniciativa reflete o cenário do setor no Tocantins, que está em pleno desenvolvimento, com a chegada constante de novos investidores. Porém, segundo ele, “pra que os nossos produtores e os que estão vindo pro estado possam obter recursos nos bancos para os seus investimentos precisamos de mais agilidade do Naturatins (órgão ambiental do Estado) nas licenças ambientais”.

O presidente Paulo Carneiro, o superintendente da FAET, Frederico Sodré e o presidente do Sindicato Rural de Gurupi, Rafael De Leon participaram de solenidade no gabinete do Governador Wanderlei Barbosa, que tratou da assinatura do Protocolo de Intenções com o Banco da Amazônia, representado pelo presidente da instituição, Valdecir Tose e o superintendente no Tocantins, Marivaldo Melo.

Na ocasião o banco informou que em breve abrirá nova agência em Lagoa da Confusão. O evento contou ainda com secretários, parlamentares e representantes das principais entidades do setor privado como Faciet, Fecomércio, Fieto e Sebrae, além da FAET.

ALTA DEMANDA

Acompanhando o presidente, Rafael De Leon, do SR de Gurupi e encarregado de tratar do assunto das licenças e outorgas, explicou que as exigências do órgão ambiental vão ser mais rigorosas e em vez do protocolo da documentação ambiental, os produtores terão em breve que ter a licença propriamente dita. Com isso, o volume de processos no Naturatins cresceu muito. “Se já era demorado conseguir um protocolo, a licença tá demorando mais ainda e a gente acredita que até o fim do ano, se continuar como está, a situação vai ficar insustentável!”, explicou, justificando que a demanda está acima da capacidade do órgão.

O governador Wanderlei Barbosa pediu atenção especial do Naturatins para o assunto. O presidente do órgão, Renato Jayme presente na reunião, garantiu que os processos estão mais ágeis e que pretende aproximar-se do setor rural para tirar as dúvidas do produtor rural. “Se toda a documentação for entregue corretamente e se ele tiver ciência de tudo que precisa, as licenças poderão ficar prontas em menos tempo”, disse.

TÉCNICOS A DISPOSIÇÃO

Durante o evento realizado no gabinete da Governadoria do Tocantins, Paulo Carneiro, também colocou o sistema FAET/Senar e os técnicos da entidade à disposição para auxiliar os produtores rurais nos projetos de obtenção de crédito junto ao Banco da Amazônia. “Podemos fazer um convênio e capacitar nossos técnicos que hoje já assistem 1.050 produtores rurais no estado pra ajudar principalmente os pequenos que desejam ter acesso ao crédito e não conseguem”, ressaltou. A iniciativa foi elogiada pelo presidente da instituição, Valdecir Tose, que destacou a importância da assistência técnica para o avanço das atividades no campo.

PECUÁRIA VERDE

Segundo o presidente do Basa, Valdecir Tose, neste ano o Banco vai continuar com foco nas linhas verdes como a pecuária verde, que é uma linha de crédito que vai contar com recursos próprios e do FNO. O presidente adiantou que o Banco vai flexibilizar as linhas de financiamento para produção de energia solar verde. “Vai ser possível financiar com o FNO de uma forma muito mais rápida e simples e até março, o financiamento poderá ser feito por meio de aplicativo”, informou.

O Banco da Amazônia deve destinar R$ 1,9 bilhão somente com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), sendo R$ 623 milhões para infraestrutura, R$ 232,47 milhões para o setor empresarial e R$ 1 bilhão para o agronegócio.

No caso da agricultura, o FNO Verde pode beneficiar aqueles que fazem plantio direto, rotação de cultura e outras iniciativas sustentáveis. De acordo com o superintendente rregional do Basa no Tocantins, Marivaldo Melo, o volume de negócios pode ainda crescer conforme a demanda no estado. (Da Faet)

Comentários


Deixe um comentário

Redes Sociais
2024 Norte Agropecuário