O preço médio negociado para a exportação total da carne bovina brasileira em agosto (US$ 4.188) continuou muito abaixo dos valores obtidos em 2022 (US$ 5.909). Com isso, as exportações totais de carne bovina em agosto (in natura mais processados) apresentaram redução de 29% na receita e praticamente empataram no volume movimentado. A informação é da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), a partir dos dados compilados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Em agosto de 2022, a receita foi de US$ 1,359 bilhão, com a comercialização de 230.144 toneladas de carne bovina in natura e processada. Em agosto de 2023, a receita foi de US$ 962,2 milhões e o volume de 229.774 toneladas.
No acumulado do ano, até agosto, o Brasil obteve receita de US$ 6,772 bilhões (-23%) com a movimentação de 1.511.789 toneladas. Na comparação com o ano passado, até agosto, a receita das exportações foi de US$ 8,820 bilhões e o volume exportado de 1.519.332 toneladas, segundo a ABRAFRIGO, praticamente empatando na movimentação total do produto no período. Em 2022, até agosto, a China, o maior importador da carne bovina brasileira, comprou 786.543 toneladas, proporcionando uma receita de US$ 5,317 bilhões. Neste ano, até agosto, as aquisições foram de 727.565 toneladas, com receita de US$ 3,571 bilhões. Com esta redução, a participação chinesa no total das receitas com as exportações brasileiras caiu de 60,3% em 2022 para 52,7% em 2023.
A expressiva queda de 32,84% nas receitas com as exportações para a China é explicada em grande medida pelos menores preços médios praticados este ano com o país asiático, que apontam queda de 27,4% no acumulado dos primeiros 8 meses do ano. No comparativo entre os meses de agosto de 2023 e 2022, os preços médios das vendas para a China passaram de US$ 6.485 por tonelada para US$ 4.435/ton. (queda de 31,6%).
Consolidando sua posição de segundo maior comprador da carne bovina brasileira neste ano, até agosto, os Estados Unidos elevaram suas importações de 122.760 toneladas em 2022 para 164.382 toneladas em 2023, com crescimento de 33,9% no volume. Já a receita caiu 8,8 %: de US$ 691,9 milhões no acumulado de 2022 foi a US$ 631 milhões em 2023.
O Chile foi o terceiro maior importador: em 2022 adquiriu 51.064 toneladas com receita de US$ 260,3 milhões. Em 2023, movimentou 70.126 toneladas (+37,3%), com receita de US$ 343,7 milhões (+32%).
A cidade estado chinesa de Hong Kong, neste ano, vem ampliando suas aquisições ocupando a quarta posição entre os 20 maiores importadores. Em 2022, adquiriu 65.027 toneladas com receita de US$ 232,1 milhões. Em 2023, elevou as importações para 74.180 toneladas (+14,8%) com receita de US$ 229 milhões (-1,3%).
O Egito ocupa a quinta posição com redução nas importações: em 2022 elas foram de 81.316 toneladas e em 2023 de 52.280 toneladas (- 35,7%), com receita de US$ 311,3 milhões no ano passado e de US$ 185,3 milhões neste ano (-40,5%). No total, 67 países apresentaram evolução nas suas importações enquanto que outros 95 reduziram as compras. (Da Abrafrigo)
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