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DANIEL MACHADO
De Brasília (DF)
As exportações de milho do Tocantins em 2021 começam a registrar números relevantes. De janeiro a julho, o Estado já comercializou US$ 12,54 milhões (R$ 66 milhões) do cereal para o exterior. Em volume, foram 70,3 mil toneladas.
Quase todo esse milho embarcou para o exterior em julho. O cereal é uma cultura de segunda safra, cultivada após o período da soja. Por isso, a sua comercialização ocorre no segundo semestre.
O valor exportado até agora é 16% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. Os números foram apurados pelo Norte Agropecuário no Comex Stat, sistema oficial do governo federal para transações comerciais internacionais.
O produtor rural Maurício Buffon, vice-tesoureiro da Aprosoja-TO (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins), lembra que a safra de milho é a segunda do ciclo de cultivo e “agora que vai começar a sair milho do Estado”. Por isso, os números serão bem maiores no decorrer do ano. Em 2020, as exportações de milho tiveram o melhor registro da história, com quase US$ 121 milhões.
No entanto, em 2021 os números podem ser um pouco menores por problemas climáticos que dificultaram o cultivo. “Esse ano não foi uma safra satisfatória. Aqui no Estado tivemos muitas áreas com perdas, atrasos no plantio, e safra muito menor do que se esperava. O clima não foi favorável”, afirma Buffon.
Mesmo assim, Buffon destaca que o Tocantins terá exportações significativas, bem como vendas para o mercado interno. Ele reforça que esse dinheiro colabora diretamente com o desenvolvimento do Estado, ressaltando que cada hectare plantado de milho gera pelo menos R$ 100 em impostos sobre o óleo diesel para o governo do Estado.
Por fim, ele ressalta que o milho tem um grande potencial para crescer muito no Estado, pois pode ser implementado na mesma área da soja com mais investimentos em tecnologia.
Do total exportado em 2021, 57% teve como destino a Espanha, segunda maior parceira comercial do Tocantins.
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