Criada em 18/10/2021 às 07h17 | Exportações

Exportação de soja chega a R$ 6,2 bilhões em 2021; Aprosoja destaca importância dos grãos para o desenvolvimento do Tocantins

Maurício Buffon explica que área plantada de soja dobrou em dez anos, contribuindo para que o governo do Estado pudesse triplicar arrecadação com ICMS no período.

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Em volume, foram exportadas 2,62 milhões de toneladas da leguminosa, 8% a mais que nos três primeiros trimestres do ano passado. (Foto: Divulgação)

DANIEL MACHADO
De Brasília (DF)

Com US$ 1,13 bilhão em vendas para o exterior (R$ 6,2 bilhões), as exportações de soja do Tocantins de janeiro a setembro de 2021 alcançaram números sem qualquer precedentes, suplantando o recorde do mesmo período do ano passado em 39%. Em volume, foram exportadas 2,62 milhões de toneladas da leguminosa, 8% a mais que nos três primeiros trimestres do ano passado.

Os dados são do Comex Stat, sistema oficial de informações sobre transações comerciais internacionais administrado pelo governo federal e foram analisados pelo Norte Agropecuário.

Como ocorre historicamente no Estado, a China é disparada a maior compradora da soja tocantinense, com 65%.

Para o segundo-tesoureiro da Aprosoja-TO (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins), os números são muito importantes e mostram tudo que essa produção agrega na economia do Estado.

Ele também destacou o impacto que a sojicultura traz para as finanças do estado. Embora as exportações não sejam tributadas diretamente, de 2011 o Tocantins tinha um total de 600 mil hectares cultivados de soja. Agora, o número saltou para 1,2 milhão de hectares. Nesse período, a arrecadação estadual de ICMS passou de cerca de R$ 1 bilhão para R$ 3 bilhões.

“Não há tributação direta na soja, mas o dinheiro que vem de fora faz o Estado ter arrecadação indireta. Cada vez que o Tocantins exporta mais, mais dinheiro circula no Tocantins, e o governo do Estado arrecada muito mais com essa questão. Esses números comprovam. Os nossos governantes precisam reconhecer e têm que deixar o produtor trabalhar. O agro é o carro-chefe dessa arrecadação”, salientou, ao lembrar que nesses dez anos poucas indústrias se instalaram no Estado e, quase todas elas, são ligadas ao agronegócio.

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