Clique no ícone acima e ouça a entrevista
Em entrevista ao Norte Agropecuário, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Roberto Pires, classificou de “problema grave” os reflexos para os frigoríficos da queda do rebanho bovino tocantinense. Segundo ele, há plantas que estão com ociosidade de 70% da capacidade. Outros, informou, trabalham em dias alternados. “A redução do rebanho provoca impacto direto na indústria, essa que é uma das principais indústrias aqui do nosso Estado, que é a indústria frigorífica”, declarou. “Algo precisa ser feito a fim de diminuir esse gargalo importante desse segmento, que é um grande gerador de emprego e um grande contribuinte para a economia do nosso Estado como um todo”, complementou Roberto Pires.
Uma das medidas, segundo ele, é a equiparação da pauta fiscal do Tocantins com índices dos Estados vizinhos. “Dessa forma daria mais força para o mercado interno e estimularia o aumento do rebanho bovino aqui do nosso Estado. Volto a frisar que isso depende exclusivamente de uma política pública e a gente acredita que o Estado tem sido sensível a essas demandas, a esses gargalos que vem surgindo, e acreditamos que não será diferente com essa questão também”, disse.
VEJA TAMBÉM
Rebanho bovino tocantinense registra perda de 362.924 animais em dois anos
CLIQUE AQUI E VEJA O LEVANTAMENTO COMPLETO DO REBANHO BOVINO DO ESTADO
LEIA O QUE FOI PUBLICADO SOBRE REBANHO BOVINO TOCANTINENSE
SAIBA MAIS SOBRE A PECUÁRIA NO ESTADO DO TOCANTINS
OS NÚMEROS
Conforme levantamento exclusivo do Norte Agropecuário, o rebanho bovino tocantinense registrou perda de 362.924 animais em pouco mais de dois anos. A perda, como não poderia deixar de ser, trouxe impactos negativos para a indústria frigorífica como ociosidade nos frigoríficos e redução de postos de trabalho.
Sobre esses impactos, o presidente da Fieto, Roberto Pires, falou da atual realidade vivida pela cadeia produtiva da carne e quais medidas a instituição têm tomado para amenizar o problema.
Veja a entrevista na íntegra:
Norte Agropecuário: Presidente, qual o prejuízo para o setor frente à redução o rebanho
Roberto Pires: A redução do rebanho provoca impacto direto na indústria, essa que é uma das principais indústrias aqui do nosso Estado, que é a indústria frigorífica. Vale dizer que essa indústria está operando com quase 70% da sua capacidade, algumas delas já estão trabalhando até em dias alternados. E também é importante falar, que esse movimento de diminuição do rebanho já vem acontecendo há muito tempo. Então algo precisa ser feito a fim de diminuir esse gargalo importante desse segmento, que é um grande gerador de emprego e um grande contribuinte para a economia do nosso Estado como um todo.
Norte Agropecuário: O que a Fieto tem feito para tentar reverter o quadro?
Roberto Pires: A Fieto no sentido de tentar contribuir na reversão desse quadro, que é preocupante, a gente tem procurado sensibilizar o Governo para que promova política pública que possa efetivamente mudar essa realidade que não contribui em nada com a economia do nosso Estado.
Norte Agropecuário: Qual seria o melhor caminho para solução do problema ou ao menos minimizar os impactos negativos?
Roberto Pires: Acredito que o melhor caminho para solucionar esse grave problema, esses impactos tão negativos, seria equiparar a pauta fiscal do rebanho tocantinense com a dos estados vizinhos. Dessa forma daria mais força para o mercado interno e estimularia o aumento do rebanho bovino aqui do nosso Estado. Volto a frisar que isso depende exclusivamente de uma política pública e a gente acredita que o Estado tem sido sensível a essas demandas, a esses gargalos que vem surgindo, e acreditamos que não será diferente com essa questão também.
Deixe um comentário