A Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) marcou recentemente presença em dois importantes eventos que têm a aquicultura como foco. Daniele Rosa, da Transferência de Tecnologia da instituição, esteve na 17ª edição da Feira Nacional do Camarão (Fenacam), ocorrida de 16 a 19 de novembro em Natal-RN. E Danielle Luiz, chefe-geral, e Lícia Lundstedt, chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, foram ao III International Fish Congress & Fish Expo Brasil, o IFC Brasil, que aconteceu em Foz do Iguaçu-PR entre 24 e 26 de novembro.
Daniele apresentou, na Fenacam, a Embrapa Pesca e Aquicultura, falando de sua missão, visão, o foco de atuação e as principais entregas recentes. “Na sequência, fiz uma relação entre as demandas tecnológicas apresentadas pela ABCC e pela Camarão BR para a Embrapa Pesca e Aquicultura, com os nossos ativos que atendem parcialmente às demandas apresentadas; e, por fim, apresentei brevemente o programa de inovação aberta da Embrapa”. As instituições citadas são, respectivamente, a Associação Brasileira de Criadores de Camarão e a Associação Nacional da Cadeia Produtiva do Camarão. A aproximação com ambas faz parte do esforço institucional e técnico da Embrapa em atender de maneira mais efetiva as demandas da carcinicultura brasileira.
Engenheira de aquicultura, Daniele fez também durante a feira uma prospecção junto às outras empresas e instituições presentes com o objetivo de “visitar os estandes na busca de contatos da cadeia de carcinicultura, lançando a sementinha da criação de uma 'rede de inovação em carcinicultura'”. Ela considera positiva a prospecção de contatos realizada: “tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas influentes na cadeia da carcinicultura e que serão parte fundamental da rede de inovação. Também pude observar algumas demandas e oportunidades”. A criação e o fortalecimento de uma futura rede, em contato e trabalho direto com os diferentes atores da cadeia produtiva, também integra essa nova maneira de a Embrapa estar mais próxima do mercado.
Além de Daniele, estiveram na Fenacam representando a Embrapa Alitiene Pereira, pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE) que trabalha principalmente com camarão marinho, e Valdemir Oliveira, analista da Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI) que também atua na aquicultura. De acordo com Daniele, a pesquisadora “visitou diversos estandes, conversou com seus inúmeros contatos da cadeia e conseguiu a atenção do pessoal para um outro momento ano que vem, da realização da rodada de negócios propriamente dita”. Daniele sugere que, antes dessa rodada, seja realizada uma ação efetiva divulgando o programa de inovação aberta da Embrapa e os ativos já disponíveis para um futuro desenvolvimento em conjunto com empresas do mercado.
IFC – Já no IFC, a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pesca e Aquicultura considera que o papel da Embrapa como um todo foi cumprido dentro do possível, considerando limitações causadas pela pandemia de Covid-19. “Nessa edição do IFC, houve uma participação presencial restrita da Embrapa por questões de contingenciamento de recursos e em relação à situação da Covid, pois a confirmação do evento presencial se deu em momento de incertezas internas e externas”, explica Lícia.
Já pensando na próxima edição do evento, marcado para o período entre 31 de agosto e 02 de setembro de 2022 também em Foz do Iguaçu, ela espera uma presença substancial da Embrapa. A ideia é levar profissionais de diversas Unidades da empresa e um dos projetos que deverão ter resultados apresentados é o BRS Aqua, liderado por Lícia e no qual estão envolvidos cerca de 270 empregados de mais de 20 Unidades da Embrapa. Focado em quatro espécies (tambaqui, tilápia, camarão marinho e garoupa), o projeto tem três fontes de financiamento: o Fundo Tecnológico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Funtec / BNDES); a Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAP / Mapa), recurso financeiro que está sendo executado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); e a própria Embrapa.
Além da participação no IFC, as duas chefes da Embrapa Pesca e Aquicultura visitaram atores da cadeia produtiva da aquicultura com sede no Paraná. Danielle de Bem relata a visita a “empresas do setor produtivo e processamento de pescado e instituição com ações de pesquisa na cadeia. Verificamos que, mesmo no estado com maior produção de tilápia do Brasil (Paraná) e apesar dessa cadeia estar bem posicionada no país, sendo a piscicultura e o processamento com o pacote tecnológico mais desenvolvido, ainda há oportunidades para incremento de produtividade e mercado nacional e internacional”. Em sua visão, “a Embrapa Pesca e Aquicultura pode ser parceira no codesenvolvimento dessas soluções”. (Da Embrapa)
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