De Palmas (TO)
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis, acompanhado do gestor de Agricultura e Pecuária, Jaime Café, se reuniu com entidades do setor produtivo, na sede do Sistema OCB-TO/Sescoop, na tarde desta quarta-feira, 07, com o objetivo de entender e debater dados sobre o desmatamento ilegal no Tocantins para buscar a união de esforços entre o setor produtivo e o Governo do Estado em prol de uma produção cada vez mais sustentável.
O secretário Marcello Lelis reiterou que a política de enfrentamento contra o desmatamento ilegal segue a pauta do governo federal e do mercado, tanto nacional como internacional, e que por isso o Governo do Tocantins está empreendendo todos os esforços em conjunto com o setor produtivo para enfrentar o problema.
Na reunião, foi reforçado ainda o compromisso firmado por meio do Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero, assinado em novembro do ano passado, cujo objetivo é acabar, até 2030, com as práticas que prejudicam o meio ambiente.
Marcello Lelis pontuou que o Pacto é um importante instrumento de avanço para a política ambiental do Estado, já que nele o Governo do Tocantins assume responsabilidades como implementar o Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (Cigma) para aprimorar o monitoramento e a fiscalização de propriedades. Além disso, será possível promover incentivos à regularização ambiental, por meios que facilitem o processo de regularização ambiental das propriedades rurais; análise acelerada do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e, consequentemente, a adesão ao Programa Regularidade Ambiental.
O secretário citou ainda que parte dos recursos oriundos do pré-investimento da venda de crédito de carbono florestal jurisdicional já estão sendo investidos para implantar um novo sistema para a análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR). “O sistema será um grande passo para enfrentarmos o problema, mas ainda não é o que desejamos”, afirmou.
O secretário Jaime Café enalteceu a importância do debate e reiterou o papel do produtor rural como guardião de grande parte da vegetação nativa do estado, como assegura o Código Florestal. “A gente sabe que quem preserva é o produtor rural, é o homem e a mulher que estão no campo produzindo alimentos e fazendo a economia do Tocantins girar,” ressaltou.
Presenças
A reunião contou com a presença do presidente da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest), Wagno Milhomem, da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins (Aprosoja), Caroline Schneider Barcellos, da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), Maurício Buffon, presidente da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), que também preside o Sistema OCB/Sescoop-TO, Ricardo Khouri e do presidente do Sindicato Rural de Araguaína, Wagner Martins Borges, além de diversos produtores rurais que acompanharam e contribuíram com o debate.
“A nossa preocupação é trazer uma orientação clara e justa para o nosso produtor, para o nosso cooperado, aquele que é cliente do banco, para que sim, a gente seja um produtor sustentável e produtivo”, destacou a presidente da Aprosoja.
“A maioria do desmatamento ilegal no estado não se encontra dentro da agricultura empresarial. Tenho certeza que não está dentro do nosso setor”, afirmou o presidente da Aprosoja Brasil, Maurício Buffon.
Para o presidente da Aproest, a reunião atingiu seu objetivo pelo entendimento que foi firmado entre as duas partes. “A gente sai daqui satisfeito porque vamos construir e melhorar ainda mais o diálogo entre produtor e governo através do que foi proposto e acertado entre as duas partes”, avaliou Wagno Milhomem.
Ao final, ficou definida a criação de uma comissão técnica formada por representantes das entidades para colaborar no levantamento e apuração de dados da área ambiental. Ficou agendado, também, que no dia 20 deste mês, os membros da respectiva comissão e líderes das entidades produtivas irão visitar o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) para conhecer o sistema de monitoramento e fiscalização realizado pelo órgão.
“Foi uma reunião extraordinária, com pautas definidas em que vamos aprofundar os números da área ambiental com o acompanhamento da evolução dos órgão ambientais nesta questão. Foi um encontro que unificou ainda mais estas duas áreas com disponibilidade total de trabalhar em conjunto”, avaliou o secretário Marcello Lelis.
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