Responsável pela demarcação de terras indígenas e quilombolas no Brasil, o secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Antonio Nabhan Garcia, em entrevista à Folha de S.Paulo, garantiu que será feito um pente-fino nos processos referentes ao tema pelo fato de, segundo ele, ter havido falhas no processo.
“O que puder ser revisto e passado a limpo, será passado a limpo”, declarou , na entrevista feita pela jornalista Maeli Prado publicada neste domingo, dia 13. “Existem muitos indícios de [irregularidades] de toda a ordem nas demarcações. Onde há indício, você abre procedimento investigativo”, complementou.
Conforme a Folha, Nabhan avalia que é necessário identificar a situação do índio e que há caciques que estão milionários. “Se vê muito cacique para pouco índio. Há situações que serão investigadas, pois há caciques que são milionários, enquanto índios vivem em situação de miséria.”
“O argumento é que as áreas indígenas representam quase 14% do território nacional, abrigando 517 mil índios, que representam menos de 0,3% da população”, informou o jornal. A Folha informou ainda que o governo, segundo ele, não descarta apoio a um eventual projeto de lei que preveja a exploração de recursos em terras indígenas com pagamento de direitos de exploração a esses povos. “Dependendo do projeto, nós apoiaríamos”, declarou Nabhan. O secretário também relata que o novo governo já está realizando um pente-fino na Funai. “Existem posições de muitas irregularidades na Funai, que vocês ficarão sabendo”.
RAPOSA NO GALINHEIRO
Ex-presidente da UDR (União Democrática Ruralista), Nabhan Garcia refutou a tese de ser “uma raposa cuidando do galinheiro”. “Por que eu sou uma raposa tomando conta do galinheiro? Nunca cometi improbidade administrativa, nunca cometi fraude, nunca desviei recursos. Como servidor, vou exercer meu papel com isenção”, disse. (Com informações da Folha de S.Paulo)
Deixe um comentário