Elmiro de Deus e Mariah Soares
DE PALMAS (TO)
A colheita do milho safrinha no Tocantins já teve início e deve acontecer até final de julho. A expectativa da produção, nesta segunda safra, é alcançar um aumento considerável de 69%, em relação à safra passada, saltando de 532,8 mil toneladas para 903,5, mil toneladas, superando em mais de 370 mil toneladas. A estimativa é do 9° levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A expectativa do levantamento aponta um crescimento significativo na área de plantio, em relação à safra anterior, um crescimento de 28,5%, o que representa 45 mil hectares plantados a mais nesta safra. A área de cultivo cresceu de 157 mil hectares para 202 mil hectares.
Produtividade
Os avanços tecnológicos utilizados no manejo das culturas elevam também a produtividade da produção. A produtividade é projetada para ser superior a safra 2017/2018 em até 27%, passando de pouco mais de 3.378 quilos por hectares para 4.453 quilos por hectares, um aumento de 18 sacas de milho safrinha a mais por hectares.
A produtividade é projetada para ser superior a safra 2017/2018
em até 27%. (Foto Joatan Silva / Governo do Estado)
Segundo o engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Luan Bacin, esses avanços na produção e produtividade do milho safrinha são decorrentes dos investimentos dos produtores, aliados aos fatores climáticos favoráveis no Tocantins. “Além disso, os produtores possuem acesso às inovações tecnológicas, seleção de sementes e insumos de qualidade praticados nas lavouras”, ressaltou o engenheiro.
Pedro Afonso
Ao cumprir agenda em Pedro Afonso, nesta quarta-feira, 3, o secretário da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro) César Halum, com o diretor de Agrotecnologia, Tecnologias Sociais e Sociobiodiversidade da Seagro, Fernando Garcia, acompanhou parte da colheita do milho safrinha, na fazenda Júlio Maria, se reuniu com diretores e conselheiros da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa) e visitou as Unidades Armazenadoras de grãos da cooperativa.
Halum em visita à Unidade Armazenadora I da Coapa que
tem capacidade para 60 mil toneladas de grãos.
(Foto Mariah Soares/Governo do Tocantins)
Propriedade de Alberto Mazzola, vice-presidente da Coapa, a fazenda Júlio Maria está no final da colheita do milho safrinha, que já aponta bons sinais este ano. Numa área plantada de 200 hectares, o produtor colheu em média 1,4 mil toneladas, cerca de 120 sacas por hectare, uma produção superior da safra passada, quando foram 90 sacas por hectare. O milho tipo exportação, abastece os mercado interno e externo. Para recepcionar os grãos da região, a Coapa dispõe as Unidades Armazenadoras I e II da com capacidade estática de 60 mil toneladas e 16 mil toneladas de grãos, respectivamente.
Reunião
Ao defender a inclusão de atividades econômicas geradoras de emprego e renda, como a ovinocultura e a suinocultura, dentro de um projeto de desenvolvimento estratégico, Halum destacou a produção do milho safrinha no Tocantins. “Temos que aumentar a área plantada todos os anos e o Governo está atento. Todas as medidas que o governador Mauro Carlesse está tomando na área tributária beneficiam os produtores. A isenção do ICMS do milho no mercado interno, é exemplo que o governo é parceiro”, enfatizou.
O presidente da Coapa Ricardo Kloury também acredita no projeto estratégico. “A agroindustrialização não vai se consolidar no estado sem o aumento da produção de milho. A vinda do secretário aqui, pode ser um pontapé para a criação de políticas públicas de incentivo à produção do milho safrinha”, afirmou.
Coapa
Após contabilizar os resultados da safra de soja 2018/2019, a Coapa, uma das responsáveis pelo crescimento das exportações de grãos no Tocantins, registrou o recebimento de 109,6 mil toneladas de soja em suas unidades armazenadoras. Agora, os produtores da região apostam na safrinha com destaque para o cultivo do milho.
Municípios produtores
As áreas de maior produção no Estado ficam nos municípios de Campos Lindos, Porto Nacional, Pedro Afonso e Silvanópolis. Uma grande parte da produção fica no mercado interno e o restante é comercializado para outras regiões, principalmente, para os estados do Nordeste. Na região Norte do país, os estados do Tocantins e Rondônia são os principais produtos do grão. (Da Seagro)
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