Criada em 06/03/2024 às 09h03 | Agronegócio

Condições climáticas causam impactos na colheita da soja e plantio do milho segunda da safra no Tocantins

A partir de abril às condições climáticas devem normalizar, trazendo mais tranquilidade aos produtores. De maneira geral, a safra 2023/2024 para a produção de grãos deve ser menor que a anterior, quebrando um ciclo de crescimento dos últimos anos.

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Atualmente a soja está com 45% da área colhida. (Foto: Manuel Júnior)

Elmiro de Deus
De Palmas (TO)

As condições climáticas causaram impactos significativos na produção de grãos no Tocantins. Conforme dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Metereologia (INMET), o fenômeno El Niño está perdendo a força, a tendência é que no mês de abril devemos atingir uma condição de normalidade, trazendo, com isso, mais tranquilidade aos produtores quanto à condição climática.

A soja nesta safra teve ampliação significativa de área plantada, saindo de 1,32 milhão de hectares na safra 2022/2023 para mais de 1,47 milhão de hectares na safra 2023/2024, entretanto, de acordo com os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção deve ser menor, muito influenciada pela ampliação da janela de plantio, pois à medida que se retardou a semeadura, tende-se a ter menores rendimentos.

Segundo o engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura e Pecuária ( Seagro), Thadeu Teixeira Júnior, as previsões de armazenamento de água no solo, considerando uma capacidade de 100mm, permanecem em bons níveis pensando em plantio da segunda safra, contudo, a dilação da janela de soja deve proporcionar ampliação do cultivo de culturas como gergelim e sorgo, diminuindo, assim, a área de milho segunda safra. 

“A previsão para os próximos dez dias mostram que para a região central sul do Tocantins, os volumes de chuvas deverão ser pequenos, permitindo ampliação da colheita da soja, que se encontra bem abaixo (45% da área colhida) se comparando com ano anterior (90% da área colhida), conforme informações levantadas pela Secretaria da Agricultura”, explica o engenheiro. 

Já para a região Norte do Estado os volumes devem ser maiores, com isso, os produtores devem ficar atentos às condições de solo e fitossanitária para a colheita da soja e plantio da segunda safra.

De maneira geral, a safra 2023/2024 para a produção de grãos deve ser menor que a anterior, quebrando um ciclo de crescimento dos últimos anos. “Essa diminuição aliada aos preços aplicados no momento devem impactar a balança comercial do Estado, que tem forte dependência das exportações de soja, carne bovina e milho, todas as commodities com preço abaixo do ano anterior”, finaliza Thadeu Teixeira Júnior. 

(Com informações do professor e engenheiro agrônomo Thadeu Teixeira Júnior). 

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