Fim da reeleição, renúncia da direção em caso de o membro da entidade parta para a disputa de cargos eletivos e mandato único a presidentes “impossibilitando o compadrio”. Essas são algumas das propostas de reforma estatutária na Faet (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins) definidas pela chapa “Casa dos Produtores”, que disputará a presidência da entidade.
A chapa tem como pré-candidato o agropecuarista Nasser Iunes, ex-presidente e atual diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Araguaína (SRA). “Pessoal, nossa chapa está formada e temos uma proposta coerente para a nossa federação, sindicatos rurais e classe produtora. Após muita discussão e contribuições de todos chegamos a uma proposta comum que atende inclusive à sociedade”, divulgou em seu perfil numa rede social.
A chapa deve ser registrada na segunda-feira, 31, quando se encerra o prazo definido em edital publicado pela presidente atual da Faet, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). A eleição está marcada para o dia 20 de outubro. Os nomes das pessoas que integrarão a chapa não foram divulgados.
22ª EMENDA
No caso da reforma estatutária, chama a atenção a proposta dos integrantes da chapa de mandato único a presidentes sem direito a reeleição. O objetivo é propiciar à entidade alternância de poder. A medida é inspirada na 22ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos. Porém, mais rígida que a norma norte-americana aprovada em 1947, que prega: nenhuma pessoa poderá ser eleita mais de duas vezes para o cargo de presidente. No caso da chapa de Nasser, a ideia, caso seja aprovada, permitirá que cada gestor tenha apenas um mandato.
AS DEMAIS PROPOSTAS
Em termos de gestão, a “Casa dos Produtores” anunciou que pretende capacitar os dirigentes sindicais através da realização de cursos, quer aproximar o produtor dos sindicatos, realizar encontros regionais e fortalecer criação de feiras de negócios em polos regionais de agricultura e pecuária do Estado.
No campo político, o grupo pretende desenvolver melhoria “da interlocução com parlamentares, instituições e governo deixando interesses políticos partidários fora da FAET” e promover o que chama de “desaparelhamento político partidário da federação”.
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Os produtores defendem ainda “retirar do papel a criação de comissões de áreas fundamentais de interesse do agronegócio, facilitando e municiando as verdadeiras demandas dos produtores”. A “Casa dos Produtores” quer melhorar a interlocução com entidades como CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e a Frente Parlamentar da Agricultura sobre a demandas da classe.
CANDIDATO ÚNICO?
Na segunda-feira será decidido se a chapa “Casa dos Produtores” será a única a disputar o pleito. A senadora Kátia Abreu, atual presidente da Faet, se manifestou recentemente em entrevista ao Norte Agropecuário sobre a disputa. Ela afirmou que não tentará a reeleição. Nome citado no meio rural como provável candidato apoiado pela parlamentar, o vice-presidente da Faet, Paulo Carneiro, não respondeu questionamento do Norte Agropecuário sobre suas intenções.
O espaço está aberto à direção atual da entidade para divulgação de suas propostas e outras informações.
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