Criada em 27/07/2018 às 20h29 | Pesquisa

Com 202.883 pessoas, Tocantins é o 22º do ranking nacional de ocupação em estabelecimentos agropecuários, revela censo

A maior parte das pessoas com algum tipo de ocupação na zona rural do Estado é formada por homens com 14 anos ou mais que têm algum tipo de parentesco com o produtor: 87.682. Já as mulheres com 14 anos ou mais com algum parentesco com o produtor são 45.891.

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Bahia lidera o ranking com 2.078.469. Os demais Estados que formam a fronteira agrícola do Matopiba ocupam a nona colocação (Maranhão, com 692.051), e o décimo lugar, com Piauí (671.456) (foto: Tharson Lopes/SeagroTO)

Dados preliminares do Censo Agro 2017 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que o Tocantins tem 202.883 pessoas com algum tipo de ocupação no campo. Eles exercem atividades em 63 691 estabelecimentos agropecuários no território tocantinense. O resultado coloca o Tocantins na 22ª posição do ranking nacional das unidades da federação.

A liderança está com a Bahia, com 2.078.469 ocupados, seguido por Minas Gerais, com 1.825.141; em terceiro está o Rio Grande do Sul, com 983.751, seguido por Pará, com 975.426. Os demais Estados que formam a fronteira agrícola do Matopiba ocupam a nona colocação (Maranhão, com 692.051), Piauí, décimo lugar, com 671.456.

Conforme os dados do IBGE copilados pelo Norte Agropecuário, a maior parte das pessoas com algum tipo de ocupação na zona rural do Estado do Tocantins é formada por homens com 14 anos ou mais que têm algum tipo de parentesco com o produtor. Esses são 87.682.

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Já as mulheres com 14 anos ou mais com algum parentesco com o produtor são 45.891, aponta o IBGE. Ainda na categoria “parentesco com os produtores” há 5.711 homens de 14 anos ou menos que vivem no campo. E 5.263 mulheres com essa mesma faixa etária. O IBGE apurou ainda que há 25.974 homens com 14 anos ou mais que são trabalhadores permanentes. Há ainda 865 homens com 14 anos ou menos. Por outro lado, as mulheres com 14 anos ou mais são 5.884. Já mulheres menores de 14 anos são 688.

NÚMEROS NACIONAIS

Conforme o IBGE, foram visitados 7.533.289 endereços em todo o Brasil. “Desses, foram identificados 5.072.152 estabelecimentos agropecuários. Há ainda 7.795 estabelecimentos agropecuários nos quais os questionários ainda não haviam sido coletados. Tal contingente, estava constituído por 6.582 recusas de informações por parte do produtor e 1.213 estabelecimentos de coleta especial, referida às empresas ou aos grandes produtores”, aponta o levantamento. No Tocantins houve 362 recusas em fornecer as informações.

Ainda em nível nacional, conforme o IBGE, em 2017 havia 15.036.978 pessoas ocupadas nos estabelecimentos agropecuários no dia 30/09, uma média de 3 pessoas por estabelecimento, entre produtores e pessoas com laços de parentesco com eles, além de trabalhadores temporários e permanentes. Do total de pessoas ocupadas nesta data, os produtores e trabalhadores com laços de parentesco com eles representaram 73% (10.958.787).

Na comparação com o Censo Agropecuário 2006, houve redução de 1.530.566 pessoas no total de ocupados, que era de 16.567.544 no dia 31/12 daquele ano. A média de ocupados por estabelecimento também caiu, de 3,2 pessoas, em 2006, para 3, em 2017, assim como o percentual e o total de produtores e trabalhadores com laços de parentesco com eles, que foi de 77% (12.801.179 pessoas), em 2006, para 73% (10.958.787) em 2017.

Em contraponto com a queda no pessoal ocupado, o número de tratores aumentou 49,7% (407.916 unidades a mais) na comparação com o Censo Agropecuário de 2006, chegando a 1.228.634 unidades em 30 de setembro de 2017. Já o número de estabelecimentos que utilizavam este tipo de máquina aumentou em mais de 200 mil, alcançando um total de 733.997 produtores em 2017.

MULHERES E IDOSOS

Entre 2006 e 2017, o total de estabelecimentos nos quais o produtor é do sexo feminino elevou-se de 12,7% para 18,6% (945.490 pessoas), enquanto os homens passaram de 87,3% para 81,4% (4.100.900) do total.

Quanto à idade, houve redução na participação dos grupos de menores de 25 anos (3,30% para 2,03%), de 25 a menos de 35 (13,56% para 9,49%) e de 35 a menos de 45 (21,93% para 18,29%), enquanto os grupos mais velhos aumentaram sua fatia: de 45 a menos de 55 (23,34% para 24,77%), de 55 a menos de 65 (20,35% para 24,01%) e de 65 ou mais (17,52% para 21,41%).

Em números absolutos, o fenômeno se repete, com os grupos até 45 anos em queda e altas nas classes superiores. O maior efetivo se concentra no grupamento de 45 a 55 anos, que conta com 1.221.953 produtores, enquanto o maior crescimento ocorreu na classe de 55 a menos de 65, que ganhou 131.005 integrantes na comparação entre 2006 e 2017.

PRETOS E PARDOS

A cor ou raça do produtor que dirige o estabelecimento foi pesquisada pela primeira vez em um Censo Agropecuário. Isoladamente, a população branca é a maior entre os produtores, com 45% (2.291.153 pessoas), seguida de perto pela parda, com 44% (2.242.993), além de 8% da população preta (422.595). Completam os números os indígenas e os de cor amarela, com 1% (56.183) e 0,6% (33.463), respectivamente.

Na comparação com os números do módulo de Características Gerais dos Moradores e dos Domicílios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), de 2017, pode-se notar que a ¬, sendo apenas um pouco maior o percentual de brancos (45% entre produtores e 43,6% no total da população) e ligeiramente menor entre os pardos (44% entre produtores contra 46,8% no total). Já o número de pretos é semelhante, com 8,6% da população geral, contra 8% entre os produtores.

NA ESCOLA

Cerca de 15,5% dos produtores disseram nunca ter frequentado escola e 79,1% não foram além do nível fundamental. Já a participação de mulheres e idosos de 65 anos ou mais na direção dos estabelecimentos aumentou, chegando a, respectivamente, 18,6% e 21,41%.

HOMENS E MULHERES

Em 2006, as mulheres representavam 12,7% dos produtores e os idosos, 17,52%. Além disso, pela primeira vez, o Censo Agro investigou a cor ou raça dos produtores: 52% deles eram pretos ou pardos e 45% eram brancos, distribuição semelhante à da população do país, segundo a PNAD Contínua 2017.

Entre os endereços visitados, apenas 6.582 (ou 0,13%) não responderam ao Censo Agro 2017.

O estudo divulgado pelo IBGE não contempla essas comparações em relação ao Tocantins. (Da Redação do Norte Agropecuário, com informações do IBGE)

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