A Caravana ILPF, etapa Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul começou segunda-feira (8) por Maringá. A primeira atividade foi na sede da Cocamar e reuniu técnicos para a oficina Adopt, uma ferramenta de diagnóstico agropecuário que avalia, identifica melhorias e estima o tempo de adoção de tecnologias necessárias no campo, conduzida pelos pesquisadores da Embrapa, Inácio de Barros e Marcelo Muller.
A abertura oficial do evento foi marcada por uma mesa redonda com representantes das Associadas da Rede ILPF que teve os sistemas de integração no noroeste paranaense, como foco do debate.
“Entre os objetivos da Caravana temos o de ampliar a área de ILPF no país e levantar diagnósticos regionais, por isso ações como essas são tão relevantes para coleta de dados, com eles entendemos os desafios e aptidões de cada região,além da troca de experiência que momentos como esses proporcionam”, afirmou Renato Watanabe, Presidente do Conselho Gestor da Rede ILPF e gerente Executivo da Cocamar.
Na terça-feira (9) a equipe composta por pesquisadores da Embrapa, técnicos da Rede ILPF e Associadas, desembarcou em Jardim Olinda (PR), para o dia de campo na Fazenda Flor Roxa. O evento foi aberto ao público e teve mais de 80 participantes entre técnicos, produtores rurais e empresas do setor agropecuário.
O pesquisador Alvadi Antônio Balbinot Junior, da Embrapa Soja, ministrou uma palestra sobre Qualidade do solo em Sistema Integração Lavoura-Pecuária no arenito Caiuá e na sequência a família Vellini, proprietária da Flor Roxa falou sobre o caso de sucesso com ILPF na Fazenda. César Vellini produtor rural implantou o sistema em 1994 e disse que de lá para cá só colhe benefícios, a esposa dele, Márcia Vellini afirmou que a ILPF literalmente foi a salvação da lavoura.
A noite também teve ILPF como protagonista no 4 Encontro de ILPF realizado pela SOESP, em Presidente Prudente (SP). Itamar Junior, diretor comercial da empresa abriu a noite falando sobre o potencial e os avanços do estado na agropecuária. Na ocasião, também houve a assinatura do termo de intenção sobre a parceria da Rede ILPF e o governo de São Paulo, para um projeto futuro de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta no Estado.
“Nosso trabalho é o de difundir os sistemas nas diversas regiões produtoras do país, prospectar novos parceiros e apoiadores para promovermos cada vez mais uma agropecuária sustentável no Brasil”, afirmou Isabel Ferreira, Diretora Executiva da Rede ILPF.
O pesquisador da Embrapa, José Pezzopane, da Embrapa Pecuária Sudeste, falou sobre as potencialidades da ILPF para o oeste paulista o supervisor da Fazenda Campina, Juliano Roberto da Silva, falou sobre o caso de sucesso de ILPF na fazenda dele.
A quarta-feira (10) foi em Santa Rita do Rio Pardo na Fazenda Santa Vergenia, outra propriedade com caso de sucesso de IPF.
Em Nova Andradina os palestrantes Júlio César Salton, da Embrapa Agropecuária Oeste apresentou o tema: Integração Lavoura-pecuária em solos arenosos - Sistema São Mateus e a professora Rienne Queiroz (IFMS), falou sobre Sistema integração lavoura-pecuária-floresta: desafios para o MS.
Na quinta-feira (10) as atividades começaram em Dourados (MS), com a oficina Adopt para um grupo de técnicos. Além de entenderem sobre a ferramenta de diagnóstico agropecuário, os participantes também visitaram a fazenda experimental da Empraba Agropecuária Oeste, a ação foi conduzida pelo pesquisador Julio Salton.
Durante a noite será a vez do painel de debates sobre ILPF e o mercado de carbono, na sede do sindicato rural de Campo Grande (MS).
Pesquisadores e técnicos falam sobre o tema: Rogério Beretta - Superintendente de Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar de Campo Grande MS; Roberto Giolo de Almeida - Pesquisador da Embrapa Gado de Corte; Miguel Tadeu Goncalves Cadini - Gerente de Negócios Florestais da empresa Suzano Papel e Celulose; Renato Rodrigues - Diretor para América Latina da empresa Regrow e André Dobashi - presidente da Aprosoja/MS.
Caravana ILPF
A Caravana ILPF é uma realização da Rede ILPF e suas Associadas, com o objetivo de difundir e ampliar a área ILPF no Brasil, além de realizar diagnósticos regionais sobre os sistemas de Integração nas diversas regiões produtoras do país.
A expedição técnica e científica (Caravana ILPF), composta por pesquisadores da Embrapa e técnicos de diversas empresas ligadas ao Agronegócio, irá percorrer mais de 10 estados brasileiros, até 2023.
A passagem da Caravana ILPF pelos estados prevê: Dias de campo, palestras, visitas institucionais e técnicas a produtores rurais, cooperativas, universidades, centros de pesquisa e diversos segmentos do agronegócio, públicos e privados.
Representantes da Rede ILPF, Bradesco, Cocamar, John Deere, Soesp, Syngenta e Embrapa e empresas apoiadoras regionais e locais acompanham as atividades da Caravana ILPF, nas regiões onde o projeto é desenvolvido.
Etapa Piloto
A primeira etapa da Caravana ILPF, considerada piloto, aconteceu entre os dias 4 e 8 de abril e percorreu seis cidades: Linhares (ES), Pedro Canário (ES), Nova Venécia (ES), Teixeira de Freitas (BA), Itabela (BA) e Eunápolis (BA), entre o norte do Espírito Santo e Sul da Bahia.
Entre as atividades desenvolvidas foram dois dias de campo, três mesas redondas e diversas visitas técnicas e institucionais.
ILPF no Brasil
A ILPF é uma tecnologia de produção agropecuária com grande potencial de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono pelo solo e biomassa, além de uma série de outros benefícios socioambientais e econômicos. A implementação dos sistemas ILPF variam de acordo com as características de cada região. Metas Segundo estimativas da Rede ILPF para a safra 2020/2021, a área ocupada com os sistemas ILPF no Brasil corresponde a 17,4 milhões de hectares.
A Rede ILPF tem o propósito de ampliar essa área para 35 milhões de hectares até 2030, além de diversificar os sistemas de produção e aumentar a representatividade do componente florestal nesses sistemas.
Dessa forma, a ILPF irá contribuir para o alcance das metas apresentadas pelo Brasil em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) ao Acordo de Paris durante a COP-21 e reforçadas pelo Programa ABC+ do MAPA e os compromissos assumidos na COP-26.
A Rede ILPF atualmente apoia uma rede com 16 Unidades de Referência Tecnológica (URT) e 12 Unidades de Referência Tecnológica e de Pesquisa (URTP), distribuídas entre os biomas brasileiros e envolvendo a participação de 22 Unidades de Pesquisa da Embrapa. (Da Assessoria)
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