Em reunião com governadores da Amazônia Oriental e colegas ministros, em Belém (PA), a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou nesta segunda-feira (2) que somente com o desenvolvimento da região será possível garantir a preservação da Amazônia.
"Se não tivermos desenvolvimento, vamos ficar repetindo isso [o problema das queimadas] todos os anos, não só nesta região, mas em outras regiões", disse.
A ministra afirmou que trabalha para implantação de projetos relacionados à bioeconomia na região, que tem o objetivo de inserir pequenos produtores rurais, povos e comunidades tradicionais no sistema produtivo a partir do uso sustentável de recursos da biodiversidade e do extrativismo.
"Isso leva um tempo, mas estamos caminhando para colocarmos a bioeconomia para que esses pequenos produtores possam ter renda, viver de forma melhor e entender que precisam preservar".
A ministra lembrou que 20 milhões de pessoas vivem no Norte do país e necessitam de trabalho, renda e viver com dignidade. "Precisamos achar caminhos e soluções para que os pequenos produtores entrem no setor produtivo, produzindo para as cidades que estão ao seu redor", disse aos governadores.
Participam da reunião os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Jorge Antônio Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa). O encontro, determinado pelo presidente Jair Bolsonaro, visa ouvir as demandas dos governadores dos estados da região e buscar soluções para preservação da floresta.
Sala de situação
Tereza Cristina também solicitou uma ação conjunta e unificação de informações sobre a região. A ministra citou a inauguração da sala de situação na sede do ministério, em Brasília, no próximo dia 5, que irá monitorar dados sobre índices agronômicos, zootécnicos, de cadastros de terras, e também números ambientais, em parceria com a Embrapa Territorial, de Campinas (SP), e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Segundo a ministra, as informações coletadas pela sala de situação poderão ser usadas pelos estados que desejarem.
Imagem do Brasil
Tereza Cristina ainda ressaltou que é preciso cautela com declarações sobre a Amazônia para não afetar a imagem do país e da agropecuária no exterior.
"Estamos à disposição da imprensa internacional e todos que queiram vir ao Brasil e tomar informações. E vamos colocar as informações corretas, transparentes e o que vamos fazer daqui para frente. Não há como esconder nada. Os satélites estão aí vasculhando todos os dias o que acontece no mundo todo, mas existe a manipulação de dados. É isso que temos que ficar atentos. O que é real, real; o que é problema, é problema; o que é montagem, é montagem. E o que temos de bom também está aqui e o que tem sido feito em todo o nosso país", afirmou. (Do Mapa)
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