A Associação Nacional de Produtores de Carne Bovina (NCBA) e o R-Calf USA, espécie de sindicato de pecuaristas dos Estados Unidos, elogiaram a decisão do Departamento de Agricultura norte-americano de suspender as importações de carne in natura brasileira. "Essa ação é resultado do protocolo de testes científicos para carne importada e prova que nosso sistema de segurança alimentar funciona", disse em nota o presidente da NCBA, Craig Uden. As informações são do Portal DBO.
O R-Calf aplaudiu a medida, mas acha que o país deveria ter ido além e também bloqueado as importações de carnes processadas. A associação também criticou a demora da ação. "Estamos alarmados que demorou mais de três meses [do início dos testes] para que o USDA desse passos em relação à proteção da segurança alimentar. Esse atraso reforça a necessidade da rotulagem obrigatória com especificação de país de origem.”
O USDA anunciou nesta quinta-feira, 22, a suspensão das importações de carne in natura brasileira até que ações corretivas sejam tomadas. De acordo com o órgão, "preocupações recorrentes sobre a segurança dos produtos" após 11% de recusa nos lotes brasileiros inspecionados foram a motivação para a decisão.
O Ministério da Agricultura disse que já está trabalhando em medidas corretivas e o ministro Blairo Maggi Maggi viajará para os Estados Unidos para negociar o fim do embargo ao produto brasileiro assim que a nova instrução normativa (IN) sobre a inspeção estiver pronta.
Na quinta, Maggi divulgou um áudio em que lembra a pressão dos produtores norte-americanos, desde a liberação das importações, para que não se permita a entrada de carne brasileira no país. "Há que se entender que estamos exportando carne para o maior concorrente que temos no mundo". (Do Portal DBO)
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