“A exportação de gado em pé é uma prática comum, uma atividade lícita e altamente rentável ao pecuarista, que trabalha nos campos com recursos próprios, sem incentivos governamentais, estando à sorte do mercado e suas desventuras”. Esse é um dos tópicos da manifestação da Associação Brasileira de Angus sobre o embargo judicial da exportação de gado vivo brasileiro à Turquia.
“A posição é um ataque às regras de livre mercado que permitem à pecuária nacional comercializar sua produção para os cinco continentes em igualdade de condições com outros países. A decisão ainda impõe desgaste extra aos animais, impasse logístico ao Porto de Santos e fortes prejuízos a importadores, empresas e produtores rurais envolvidos nas operações em andamento”, diz outro trecho da nota.
A nota diz ainda que “impõe-se a necessidade de revogação da liminar em vigor e de liberação da carga retida no Porto de Santos”. “A pecuária brasileira cumpre rigorosamente com as normas estabelecidas no país e é preciso que o Estado assegure à categoria os direitos que lhe cabem de igualdade de condições e livre comércio. É urgente que o Brasil tenha com sua produção o mesmo respeito que ela já conquistou no exterior”, finaliza a entidade.
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Confira a nota da Angus na íntegra:
A Associação Brasileira de Angus vem a público emitir posição de repúdio e indignação com as decisões judiciais que proibiram a continuidade dos embarques de gado em pé no Porto de Santos, determinaram o desembarque dos bovinos que estavam prestes a zarpar à Turquia, e a suspensão, em caráter liminar, das exportações de animais vivos por via marítima em todo território nacional. A posição é um ataque às regras de livre mercado que permitem à pecuária nacional comercializar sua produção para os cinco continentes em igualdade de condições com outros países. A decisão ainda impõe desgaste extra aos animais, impasse logístico ao Porto de Santos e fortes prejuízos a importadores, empresas e produtores rurais envolvidos nas operações em andamento.
A exportação de gado em pé é uma prática comum, uma atividade lícita e altamente rentável ao pecuarista, que trabalha nos campos com recursos próprios, sem incentivos governamentais, estando à sorte do mercado e suas desventuras. Desta forma, entende-se ser totalmente inadmissível que o Judiciário cerceie o direito de toda classe pecuarista de acessar mercados externos, mesmo estando ela cumprindo rigorosamente com as regras em vigor. É importante que se diga que o transporte rodoviário e hidroviário de animais em pé é regido e auditado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) tendo em vista a necessidade de se assegurar o bem-estar dos exemplares e a própria segurança da carga.
A Angus manifesta seu apoio às empresas que operam com remessas de gado em pé e vêm enfrentando críticas por parte de minorias que se valem da falta de conhecimento da sociedade sobre os processos de transporte animal para manipular a opinião pública e fazer valer seus interesses, que em nada estão alinhados com o desenvolvimento do país. Decisões equivocadas como essas revelam total desconhecimento das premissas relacionadas ao bem-estar animal e ao comportamento bovino e ainda contribuem para denegrir a imagem da pecuária nacional no mercado internacional e levantar suspeita sobre a seriedade das instituições brasileiras.
Desta forma, impõe-se a necessidade de revogação da liminar em vigor e de liberação da carga retida no Porto de Santos. A pecuária brasileira cumpre rigorosamente com as normas estabelecidas no país e é preciso que o Estado assegure à categoria os direitos que lhe cabem de igualdade de condições e livre comércio. É urgente que o Brasil tenha com sua produção o mesmo respeito que ela já conquistou no exterior.
Associação Brasileira de Angus
Porto Alegre, 3 de fevereiro de 2018
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