Criada em 11/07/2023 às 20h50 | Agronegócio

Reforma Tributária: presidente da Aprosoja e economista comentam aprovação; ouça

Dari Fronza mostra muita preocupação e diz temer crise no Brasil; Paulo Antenor ressalta pontos da reforma e afirma que ela foi positiva para o agro. A proposta foi aprovada com ampla margem em dois turnos pela Câmara na semana passada.

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O economista e ex-secretário da Fazendo do Tocantins, Paulo Antenor, ressaltou vários pontos positivos para o agro. (Foto: Divulgação)

Daniel Machado
De Palmas (TO)

A repercussão para o agro da aprovação da Reforma Tributária pela Câmara dos Deputados foi um dos destaques do Norte Agropecuário no Rádio do último sábado, 8 de julho. A proposta foi aprovada com ampla margem em dois turnos pela Câmara na semana passada, em uma grande vitória política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Do Tocantins, dos oito deputados federais, seis votaram a favor – 75% de apoio. Além disso, na Câmara, os deputados da FPA (frente parlamentar da Agropecuária) votaram em peso pela aprovação da Reforma que teve 382 votos pró no primeiro turno e 375 no segundo turno – eram necessários 308 votos.

Para o presidente da Aprosoja-TO (Associação de Produtores de Soja e Milho do Tocantins), Dari Fronza, ressaltou ter questões da reforma que deixam os agricultores aflitos e precisam ser melhor esclarecidas. “Nós somos produtores e estamos bastante aflitos. Estamos preocupados que venham novas taxações em cima do agro. Nós que somos o setor primário setor que detém as matérias primas, que produz o que vai para a mesa do consumidor o dia-a-dia. Outro ponto também dentro da reforma que vem chamando atenção é a questão patrimonial. Parece que estão querendo mexer no patrimônio e nós estamos muito preocupados nesse sentido”, salientou.

O líder ruralista afirmou que a classe vai procurar os congressistas para ter todos os detalhes do tema. Por fim, destacou ter receio que o Brasil possa ter crises semelhantes às da Venezuela ou Argentina.

Por sua vez, o economista e ex-secretário da Fazendo do Tocantins, Paulo Antenor, ressaltou vários pontos positivos para o agro. “Primeiro ponto que eu destaco é a criação da cesta básica nacional isenta de imposto. A cesta básica é muito forte na questão dos alimentos e é um impacto (positivo) para setor agrícola”, frisou.

Segundo ele, a reforma ainda prevê alíquota zero para produtores rurais pessoas físicas e diminuição de 60% na carga tributária para os demais. A mudança no local de cobrança do imposto, que passa a ser o destino e não a origem, também tende a beneficiar o setor. “De uma maneira geral a reforma tributária traz boas notícias para o agronegócio”, assegurou, ao citar a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional como outro ponto que pode ser favorável para o setor no Tocantins.

Clique aqui e ouça as opiniões de Dari Fronza e Paulo Antenor na íntegra.

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