Atendendo a uma demanda da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), a agricultura sustentável vai receber atenção especial no Plano Agrícola e Pecuário para a Safra 2022/2023. O governo federal vai disponibilizar um total de R$ 340,8 bilhões para financiamento de custeio e investimento no Plano Agrícola e Pecuário para a Safra 2022/2023. Uma novidade deste Plano Safra é o financiamento de remineralizadores de solo (pó de rocha), que tem o potencial de reduzir a dependência dos fertilizantes importados. Os valores foram anunciados durante solenidade realizada nesta quarta-feira (29.6), no Palácio do Planalto, em Brasília.
Do total de recursos disponibilizados, R$ 246,28 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 39% em relação ao ano anterior. Outros R$ 94,6 bilhões serão para investimentos (+29%). Os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões (alta de 18%) e com juros livres R$ 145,18 bilhões (alta de 69%). O montante de recursos equalizados cresceu 31%, chegando a R$ 115,8 bilhões na próxima safra.
O Programa ABC, que financia a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, a implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas e a adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais, contará com R$ 6,19 bilhões. As taxas de juros serão de 7% ao ano para ações de recomposição de reserva legal e áreas de proteção permanente e de 8,5% para as demais.
Participaram do anúncio o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, além de parlamentares e representantes de entidades do setor produtivo.
“O Plano Safra atende prioritariamente os pequenos e médios, mas ainda é pouco para o que o agro como um todo devolve como benefício para toda a sociedade”, avaliou o presidente em exercício da Aprosoja Brasil, José Sismeiro, que acompanhou.
Os recursos para os pequenos produtores rurais tiveram um acréscimo de 36%. Serão destinados R$ 53,61 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 5% ao ano (para produção de alimentos e produtos da socio-biodiversidade) e 6% ao ano (para os demais produtos).
Para o médio produtor, no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), foram disponibilizados R$ 43,75 bilhões, um aumento de 28% em relação à safra passada, com juros de 8% ao ano.
As medidas anunciadas para a safra 2022/2023 seguem o direcionamento dos dois últimos planos, priorizando pequenos e médios produtores e crédito para investimentos nas finalidades previstas pelo Programa ABC, para irrigação (Moderinfra/Proirriga), construção e ampliação de armazéns (PCA), e investimentos necessários à incorporação de inovações tecnológicas nas propriedades rurais (Inovagro).
Assista ao lançamento na íntegra clicando aqui.
(Da Assessoria)
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